terça-feira, 12 de julho de 2011

Oficina debate implantação do SAMU no Jequitinhonhae e Mucuri

Oficina debate implantação do SAMU no Vale e Mucuri A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Coordenação de Urgência e Emergência iniciou, nessa quinta, 07.07, e sexta-feira, 08.07, na cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, a 1ª oficina para implantação da Rede de Urgência e Emergência, o SAMU, da macrorregião Nordeste de Minas Gerais.

O evento contou com a participação de representantes das Regionais de Saúde de Diamantina, Pedra Azul e Teófilo Otoni, dos hospitais de grande e médio porte das macrorregiões e dos municípios sede das microrregiões. Também participaram da oficina os coordenadores regionais do Colegiado dos Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG) e representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec/MG), Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.

O coordenador de Urgência e Emergência da SES-MG, Rasível dos Reis, explicou que o primeiro passo para implantar a rede na região é a realização das oficinas centrais, microrregionais e municipais que irão oferecer a metodologia necessária para que os profissionais possam entender a lógica de implantação da rede.



“Simultaneamente a essas oficinas estarão sendo desenvolvidos, também, outros projetos como a implantação do complexo regulador e do Samu macrorregional, do acolhimento e classificação de risco com o Protocolo de Manchester e do Alert Edis nos hospitais de referência da rede.



Também teremos a implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que serão muito importantes porque são eles que conferem resolutividade para os hospitais, e do incentivo financeiro para os hospitais que irão compor a Rede de Urgência e Emergência”.

A médica do hospital Vale do Jequitinhonha de Itaobim, Jalvanice Neves, acredita que é necessário que os hospitais se adequem à proposta de implantação da rede.



“O que a Rede de Urgência e Emergência, o SAMU precisa é bem diferente do que atualmente se tem na rede hospitalar, pois estamos muito aquém do ideal. E para mudar essa realidade, não tem outro jeito que não seja o investimento do Estado em políticas que impliquem um financiamento dos profissionais médicos para atender aos hospitais, visto que a interiorização até tem ocorrido com os do Programa Saúde da Família (PSF), onde a remuneração é satisfatória”.

Já o coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Norte de Minas, Enius Versiani, fez um relato de como a implantação da Rede de Urgência de Emergência na macrorregião Norte de Minas foi fundamental para reduzir o número de mortes de pacientes e resolver um antigo problema existente nas grandes cidades: a superlotação dos hospitais.



“Quando a coordenação de Urgência e Emergência apresentou a proposta da rede na nossa região, pensamos que não daria certo e que não havia como mudar a nossa realidade. Contudo, após dois anos da rede implantada na nossa região, temos percebido que a rede deu tão certo que nós temos transferido pacientes do polo macro para serem atendidos nos hospitais microrregionais, desafogando os hospitais macrorregionais, que são responsáveis por atender aqueles casos mais graves”, referiu.

Segundo Rasível dos Reis, para que a rede possa funcionar na macrorregião Nordeste do Estado será necessário que os hospitais microrregionais sejam capazes de atender aqueles pacientes com um grau menor de gravidade.



“Temos que estruturar os hospitais periféricos e fazer com que eles tenham resolutividade para que os hospitais de Teófilo Otoni e Diamantina possam focar o seu atendimento nos pacientes mais graves”, defendeu.

Os superintendentes regionais de Saúde de Diamantina, Wandeir Botelho, de Teófilo Otoni, Ivan Santana, e o gerente regional de Saúde de Pedra Azul, Gregory Fortunato, disseram que a partir do momento em que a rede começar a funcionar, os 86 municípios da macrorregião Nordeste irão ser beneficiados, tanto em relação aos investimentos que irão receber, quanto à organização do serviço, que irá possibilitar que o paciente seja encaminhado para o ponto de atenção correto, capaz de prestar um cuidado efetivo e resolver o problema, no menor tempo possível.

“Sabemos que quando uma pessoa sofre um acidente grave, cada segundo é precioso. Se nos organizarmos e assumirmos essa responsabilidade de implantar a Rede de Urgência e Emergência e fazermos com que ela funcione de forma efetiva, iremos possibilitar que a nossa população possa ser atendida aqui mesmo na nossa região, com muito mais rapidez, para que possamos salvar a vida dessas pessoas”, disse Gregory Fortunato.

Por Allan Campos/GRS Pedra Azul

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