O passo mais significativo da nacionalização do vestibular
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) vai acabar com seu vestibular e preencher 100% de suas vagas por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) que seleciona candidatos a partir da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).No último vestibular, a instituição ofereceu 9.060 vagas, sendo que 40% delas foram destinadas ao Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Na visão do reitor Aloísio Teixeira, a adesão da UFRJ consolida a visão de que o conjunto das universidades públicas se constituam num sistema com as outras instituições federais. Do total de vagas, 30% serão destinadas a alunos oriundos de escola pública. Além disso, os candidatos precisam atender um critério salarial, ou seja, a renda familiar não pode ultrapassar um salário mínimo por integrante da família.
Caminhamos, assim, com passos largos para a nacionalização do processo de acesso à universidade brasileira. Um grande passo. Não há motivos para a privatização do conteúdo que um país acredita ser essencial para os jovens adquirirem.
Não há motivos pedagógicos e nem políticos para que cada universidade dite o que é essencial se saber, desmontando qualquer projeto pedagógico pelo ensino médio, que fica refém ao interesse de cada universidade.
Agora, temos que abrir um importante debate se o currículo que o ENEM sugere e se necessita adequações e melhoras.
Postado pelo professor da PUC MG Rudá Ricci em seu blog De esquerda em Esquerda.
Comentário:
É fundamental que as famílias, gestores e escolas do Vale do Jequitinhonha, principalmente as de Ensino Médio, preparem os estudantes, incentivando-os a lerem mais, pesquisar e se esforçarem no aprofundamento dos estudos.
Em todos os municípios e suas pequenas comunidades descobrimos talentos em várias áreas. Com o advento da internet e o acesso a um mundo de informações há possibilidade de centenas ou até milhares de jovens da nossa região ingressarem em uma escola de ensino superior, pública, gratuita e de boa qualidade.
Falo isso de cadeira. Estudei na UFMG, prestando três vestibulares para entrar em uma das maiores universidades do país. Entrei em 1976 e formei-me como Psicólogo em julho de 1981.
Conheci poucos conterrâneos do Vale lá. Alguns gatos pingados contavam suas histórias de lutas e sacrifícios para ingressar naquela grande universidade.
Temos que deixar o complexo de vira-lata e acreditar que nós podemos, e nossos filhos também.
Como escreve e fala pelos palcos da vida nosso grande poeta Gonzaga Medeiros:
"Nós somos o Vale,
nós valemos mais pelo que somos,
menos pelo que temos.
Valendo assim, e assim sendo,
sempre valeremos".
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