quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Rio Araçuaí é poesia

Rio Araçuaí
Olho d’água, que brota do solo.
Fonte natural, perene.
Água pura, cristalina
Água potável.
Águinha de nada... que vem da nascente.
Barulhinho gostoso...
Faz carinho no ouvido da gente.

Agraciado município de Rio Vermelho,
Terra onde Deus colocou a mão.
Preservar com amor e zelo,
Essa imensa riqueza,
dádiva da região,
É de todos, necessária e urgente obrigação.

Água que desce da serra,
Serra do Gavião,
Percorre planícies e faz grotão.
Tornou-se um riozão aqui.
Segredos do Rio Araçuaí

Águas que correm mansas, serenas,
Às vezes, bravias, ligeiras,
Formando quedas, corredeiras,
Cachoeirinha, cachoeirão,
Ou brandas cachoeiras.

Rio Capivari, Ribeirão das Gangorras,
E o Ribeirão do Altar,
Afluentes permanentes,
Sobreviventes,
que insistem a terra fertilizar.

Em linguagem indígena: “Ouro é só aí”.
Hoje, Rio Araçuaí.
Percurso de difícil e longa trajetória
Banhando terras,
Formava as vilas de outrora.

Entre tantas voltas
Numa bela acentuada curva
No município de Berilo,
Incorporas a foz do riacho Água Suja,
Deixando a vista toda riqueza,
Toda a tua beleza,
Todo o teu brilho.

Trazendo lindas mensagens,
Formaste encantadora paisagem,
Propícia a formação da Vila,
Uma das mais antigas
do VALE.

Rio Araçuaí!
Atraídos pelo teu ouro,
Tua riqueza, beleza,
pelo teu Mito,
muita gente
veio morar aqui.

No século XVIII,
saciaste a sede, as curiosidades,
de altas personalidades.
Visionários inconfidentes:
Abreu Vieira,
Padre Rolim,
e Tiradentes.
paisagistas, pesquisadores, escritores,
Patrões , escravos,
e homens mineradores.

Tua belíssima praia
de brancas e, redondas pedrinhas,
outras pedras grandes, irregulares,
polidas brilhantes e bem pretinhas.
Das lavadeiras, o alento,
deixam toda roupa bem clarinha.

Recebendo águas do Calhauzinho
Te tornas o Rio das Araras
De majestade sem igual
Afluente do Jequitinhonha
Na lindíssima Barra do Pontal

Intrépido Rio Araçuaí ,
Onde estão as embarcações de outrora :
Jangadas, balsas, canoas
Tuas armadilhas ou jequis ?
Pescador acelera o barco,
Leva peixes grandes, curimbatãs e lambaris.

Cavaram teu leito,
Roubaram teu ouro.
Ainda hoje, quebram tuas pedras,
sem nenhum respeito.
Provocando abominável assoreamento.
Causas do teu grande desalento.
.Ó MÁTER, Ó CÉUS! Perdoai – nos
Pelos males que causamos,
Pelos peixes que pescamos,
Pela poluição que provocamos,
Pela ganância sem medida,
Pela riqueza perdida.

Ò Deus, Protetor das águas!
Ensinai-nos o não poluir,
Para que a Vida possa SURGIR....

O VALE SONHAR...
AGIR ....e PROSPERAR...
Berilo, 05/07/2006
HAYDÉE ALMEIDA MURTA é agente cultural, poetisa, professora aposentada, 81 anos, participa de movimentos de Terceira Idade, mora em Berilo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário