Produção mineral não gera riquezas na região
As riquezas incrustadas no subsolo do Vale do Jequitinhonha vão muito além de pedras preciosas, grafite, feldspato e granitos. Recentemente foi descoberta uma grande jazida de minério de ferro que se estende entre os Vales do Jequitinhonha e norte de Minas. Infelizmente a maior parte destas riquezas é exportada, ficando no Vale somente a degradação ambiental.
As riquezas incrustadas no subsolo do Vale do Jequitinhonha vão muito além de pedras preciosas, grafite, feldspato e granitos. Recentemente foi descoberta uma grande jazida de minério de ferro que se estende entre os Vales do Jequitinhonha e norte de Minas. Infelizmente a maior parte destas riquezas é exportada, ficando no Vale somente a degradação ambiental.
Uma das maiores vocações do Vale do Jequitinhonha é a mineração, principal causa, inclusive, de sua ocupação, quando milhares de pessoas lá pelos idos do sec. XVIII e XVI vieram para região em busca de ouro, diamante e pedras preciosas.
Passados mais de 200 anos não há ouro nem diamante, mas existem inúmeras riquezas no subsolo, que não possuem uma produção sustentável, como o granito. Toneladas e toneladas destas pedras ornamentais de grande valor são retiradas do vale e beneficiadas em outras regiões, enriquecendo pouquíssimas pessoas, em detrimento de toda uma região.
O Jequitinhonha também é um grande exportador de pedras preciosas. O problema é que a maioria delas é vendida in natura, sem lapidação, sem agregação de valor.
A cadeia produtiva nesta área precisa de investimentos e capacitação para gerar emprego e renda.
Lapidação de gemas
Nos últimos anos algumas iniciativas positivas começaram a mudar este cenário. O curso de lapidação de gemas do Sesi/Senai de Araçuaí é uma delas, capacitando pessoas para atuarem nesta área.
O Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha são consideradas como as novas regiões de fronteira de mineração no estado, principalmente com a descoberta da super jazida de minério de ferro, avaliada em 10 bilhões de toneladas nos municípios de Rio Pardo de Minas, Salinas e Grão Mogol. Grandes empresas já estão estudando a forma de explora-lo.
Há duas possibilidades: levar o minério de ferro até o sul da Bahia para a exportação ou então beneficiá-lo aqui mesmo na região com a instalação de siderurgias.
Vamos ver se mais uma vez o Vale vai ser dilapidado nesta questão.
Repórter André Sá da TV ARAÇUAÍ
Um comentário:
vale do jequitinhonha cidade rica em artesanatos
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