sexta-feira, 21 de março de 2014

Servidores da educação são desrespeitados e audiência pública é suspensa na Assembléia Legislativa.


A audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) desta quarta-feira (19/3/14) foi encerrada sem que fossem discutidas as reivindicações de diretores e professores da rede estadual de educação. Programada para as 16 horas, no Plenarinho IV, a reunião ficou por quase uma hora suspensa em meio às discussões sobre a mudança de local, já que cerca de 200 trabalhadores da educação, que vieram inclusive em caravanas do interior, lotaram o espaço reservado ao público do Plenarinho IV e o Salão de Chá. O requerimento para a reunião é de autoria do deputado Rogério Correia e da deputada Maria Tereza Lara, ambos do PT.
 
 
 
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Audiência da Comissão de Educação é encerrada por tumulto
O impasse sobre o local gerou momentos de tensão, quando manifestantes tentaram invadir o Plenarinho IV e foram contidos pelos policiais legislativos. O incidente levou o presidente da Comissão de Educação, deputado Duarte Bechir (PSD), a encerrar a reunião momentos depois.
Professores e diretores da rede estadual de Minas Gerais que foram à Assembleia Legislativa de Minas Gerais para participar da audiência pública passaram por momentos de desconforto e indignação na casa. A audiência, que seria realizada pela Comissão de Educação, tinha como objetivo ouvir as revindicações do Sindicato Único dos profissionais em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e da Associação de Diretores das Escolas Oficiais de Minas Gerais (ADEOMG), mas precisou ser suspensa após a intransigência de deputados da base do governo estadual.
A confusão teve início quando deputados da base tucana, que presidiam a Comissão de Educação, se recusaram a mudar o local da audiência, de forma a acomodar os cerca de 300 participantes presentes. A reunião originalmente havia sido marcada para o Plenarinho IV da ALMG, mas, diante  da superlotação do espaço, foi solicitada a transferência para o Plenário principal da casa legislativa, pedido este que foi negado pela presidência da comissão. A recusa causou revolta nos professores e diretores presentes no local, que chegaram a viajar até 10 horas para participar da audiência pública.
O deputado Rogério Correia, na tentativa de resolver o impasse, ligou para o presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro, que autorizou de pronto a transferência da reunião para o Plenário. Contudo, a presidência da Comissão insistiu em permanecer no local original e, em meio aos protestos, a audiência pública foi suspensa.
“Lamentamos o ocorrido. Não é a primeira vez que servidores públicos, em especial diretores que trabalham há tantos anos para garantir a educação de nossos jovens e crianças, são recebidos de maneira indigna na ALMG”, afirmou Rogério Correia. Os deputados Elismar Prado e Liza Prado também se solidarizaram com as entidades presentes e acompanharam o processo de intermediação com a casa legislativa.
Indignados com o tratamento recebido, os servidores estaduais ocuparam os corredores da Assembleia Legislativa. 
Ao final da tarde, já sem qualquer possibilidade de retomada da audiência pública, o deputado Rogério Correia organizou uma reunião de emergência com os representantes do movimento, na qual os professores colocaram as reivindicações que seriam expostas durante a comissão, bem como fizeram o lançamento do Caderno Pedagógico do Sind-UTE/MG.
Em acordo firmado entre os deputados Rogério Correia, Elismar Prado e Liza Prado com o presidente da ALMG, o Sind-UTE/MG e a ADEOMG, foi acertado o indicativo de um debate público, a ser realizado no dia 11 de abril, das 14h às 18h, no Plenário da ALMG.

Fonte: ALMG e gabinete deputado Rogério Correia.

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