O lucro líquido foi de R$ 3,1 bilhões e a receita líquida alcançou a cifra de R$ 14,6 bilhões, aumento de 3,47% na comparação com 2012.
Sindieletro denuncia que Cemig pediu 29,74% de aumento da tarifa energética, a partir de 8 de abril.
Agência Minas - A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) apresentou, nesta segunda-feira, 24.03.14, os resultados financeiros apurados, em 2013. No período, o lucro líquido da empresa atingiu R$ 3,1 bilhões. Por sua vez, a receita líquida alcançou a cifra de R$ 14,6 bilhões, aumento de 3,47% na comparação com 2012.
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que a estratégia de crescimento sustentável para agregar valor aos negócios da Companhia se traduziu, ao longo do ano, em diversas operações cujo foco foi proporcionar aos acionistas retornos atrativos de seus investimentos.
“Entre essas, podemos citar a entrada no bloco de controle da Renova e a aquisição da Brasil PCH, a estruturação da Aliança Geração de Energia com a Vale, para ser um novo veículo de crescimento da Cemig, e a transferência da TBE para a Taesa, como forma de ampliar a capacidade dessa empresa de enfrentar os atuais desafios do setor elétrico”, destaca.
Perfil da Companhia
A Cemig é hoje a maior empresa integrada do setor de energia elétrica do país, sendo o maior grupo distribuidor, responsável por aproximadamente 12% do mercado nacional. É ainda o segundo maior grupo transmissor e o terceiro maior grupo gerador, com um parque formado por 72 usinas hidrelétricas, térmicas e eólicas, com uma capacidade instalada de 7.142MW.
A Companhia está presente em 23 Estados brasileiros e opera uma linha de transmissão no Chile. Conta com mais de 115 mil acionistas em 44 países e ações negociadas nas Bolsas de Valores de Nova York, Madri e São Paulo.
Consumidores da Cemig não são prioridade da empresa
Na divulgação dos resultados, em nenhum momento a CEMIG citou a qualidade dos serviços, a satisfação dos clientes e a prática de baixa tarifa como determina a politica pública do governo federal e as orientações da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica.
Os objetivos da CEMIG são de atendimento aos 115 mil acionistas, rentistas ( gente que vive só de renda, de dividendos de empresas lucrativas), espalhados pelo mundo todo, e não aos 20 milhões de mineiros ou aos seus 7 milhões de consumidores em 23 Estados brasileiros.
Consumidores da Cemig não são prioridade da empresa
Na divulgação dos resultados, em nenhum momento a CEMIG citou a qualidade dos serviços, a satisfação dos clientes e a prática de baixa tarifa como determina a politica pública do governo federal e as orientações da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica.
Os objetivos da CEMIG são de atendimento aos 115 mil acionistas, rentistas ( gente que vive só de renda, de dividendos de empresas lucrativas), espalhados pelo mundo todo, e não aos 20 milhões de mineiros ou aos seus 7 milhões de consumidores em 23 Estados brasileiros.
Energia mais cara do Brasil
A conta de energia dos mineiros já é a mais alta do Brasil e ainda poderá aumentar 29,74%, a partir de 8 de abril. Esta é uma denúncia do Sindieletro - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais. Esse foi o percentual de reajuste pleiteado nessa terça-feira, 25.03, pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se aceito pelo órgão regulador, sozinha, a correção na conta de luz poderá representar uma elevação de 0,8 ponto percentual na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Grande BH, em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A conta de energia dos mineiros já é a mais alta do Brasil e ainda poderá aumentar 29,74%, a partir de 8 de abril. Esta é uma denúncia do Sindieletro - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais. Esse foi o percentual de reajuste pleiteado nessa terça-feira, 25.03, pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se aceito pelo órgão regulador, sozinha, a correção na conta de luz poderá representar uma elevação de 0,8 ponto percentual na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Grande BH, em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só para comparar, em 2012, data do último reajuste pleiteado pela Cemig à Aneel, o índice apresentado pela concessionária mineira foi dez vezes menor do que pedido ontem. Naquele ano, a agência autorizou uma reajuste de 3,88% para os consumidores residenciais e de 3,79% para os industriais. Em 2013 houve uma revisão tarifária, que ocorre de quatro em quatro anos, com o objetivo de preservar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. Nesse caso, a proposta de correção é feita pela própria Aneel e submetida a audiência pública. Assim, a conta de luz dos consumidores residenciais subiu 4,99% e a dos industriais caiu, em média, 4,83%.
Cemig e CESP cobram 25 vezes mais caro que outras concessionárias.
Especialistas explicam que o aumento da energia não acontecerá por falta de chuvas, mas sim por uma questão política. Para eles, os empresários, juntos ao PSDB, estão organizando uma ofensiva ao governo federal e esperam dois resultados: desgastar a imagem da presidenta Dilma e lucrar.
O engenheiro elétrico Dorival Gonçalves, professor da Universidade Federal do Mato Grosso, explica que o aumento na conta de luz não é derivado de escassez de chuvas, nem pela geração de energia mais cara, como a térmica. “As hidrelétricas controladas pelos governos do PSDB (Minas Gerais, São Paulo e Paraná) estão cobrando o mesmo valor cobrado pelas térmicas”, declara Dorival. O professor explica que a geração de energia por hidrelétricas é a mais barata do mundo, enquanto as térmicas requerem um custo maior de produção. “Enquanto outras geradoras vendem o megawatt a R$ 33, a Cemig, Copel e Cesp estão vendendo por R$ 822. É um absurdo”, reforça.
Para Gilberto Cervinski, coordenador nacional do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), essa postura é um recado dos empresários ao governo federal. “O que eles querem dizer é: nós queremos liberdade para cobrar o preço que quisermos”, afirmou Gilberto.
A Cemig, perguntada sobre o aumento da conta, declarou que seguirá o reajuste anual feito pela Aneel. Mas ela confirma que está vendendo o megawatt por R$822,83, conforme relatório de Preço de Liquidação das Diferenças, da CCEE.
Entenda o porquê do aumento e controle de hidrelétricas.
As usinas hidrelétricas são propriedade da União. Elas são controladas por empresas ou consórcios, públicos ou privados, que recebem do governo um contrato de concessão, geralmente de 30 anos. Governo renova concessões.
Em 2012, o governo federal renovou os contratos das hidrelétricas antigas, porém, colocou uma regra: o preço máximo de venda da energia tinha que ser R$ 32,89 por megawatt.
Cemig não aceitou acordo.
As empresas estatais de energia de Minas Gerais, São Paulo e Paraná não quiseram abaixar o preço e não aceitaram o contrato do governo federal.
Preço alto da energia
Por não aceitarem a renovação, essas empresas (CEMIG, COPEL e CESP) estão vendendo sua energia livremente, chegando a cobrar 25 vezes mais caro que as outras.
Quem paga é o consumidor.
Para amenizar o custo para os consumidores, o governo federal está pagando parte desse gasto. Mas a previsão é que a conta de luz tenha aumento de 18 a 30% a partir de 2014.
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