Parceria do SEBRAE com Governo de Minas vai atender 7.500 micro empresas até 2014
Micro empreendedor tem pouco apoio no Vale do Jequitinhonha e norte de Minas
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, e o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barreto, assinaram protocolo de intenções para a execução do Programa ALI (Agentes Locais de Inovação) em Minas Gerais.
O ALI faz um atendimento personalizado às pequenas empresas, por meio de um diagnóstico que aponta as principais necessidades de intervenção para a melhoria dos processos e produtos. A meta do Governo de Minas é oferecer esta consultoria e assistência técnica a 7,5 mil empresas até 2014, em cerca de 70 segmentos definidos pela Secretaria do Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e o Sebrae, que coordenarão juntos a implementação do ALI no Estado.
Ao todo, serão recrutados 150 agentes na categoria de bolsistas do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa). Cada agente será responsável pelo diálogo com 50 empresas nos próximos dois anos. Os primeiros agentes serão selecionados em abril e capacitados nos meses de maio e junho. A previsão de início das atividades, com os agentes já em campo, é a partir do segundo semestre.
“Este projeto terá uma repercussão extraordinária no interior de Minas Gerais. Os agentes locais de inovação permitirão potencializar áreas em que temos condições de promover o surgimento de pequenas indústrias e empresas importantes ao desenvolvimento do Estado, como na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)”, afirmou o secretário Narcio Rodrigues.
O semiárido mineiro também será atendido pelo ALI, ampliando a motivação para inovação e empreendedorismo na região. “Vamos multiplicar as ações do ALI, que irão atuar em sintonia com os oito Polos de Inovação da Sectes, presentes no norte de Minas e vales do Jequitinhonha e Mucuri”, explicou o secretário Narcio Rodrigues.
“Essa parceria com a Sectes é mais um passo no enfretamento de uma agenda fundamental para o Brasil, que envolve a inovação, a ciência e a tecnologia. O último Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cageb), do Ministério do Trabalho e Emprego, revelou que as micro e pequenas empresas são responsáveis por 71% dos empregos formais gerados em fevereiro. Este é um setor fundamental do país, que nem sempre é atendido por políticas públicas condizentes com a sua importância. Para que o desenvolvimento brasileiro não deixe de fora as micro e pequenas empresas, precisamos de parcerias como essas, que atendem um segmento muitas vezes desprovido de um departamento de P&D para acompanhar as rápidas mudanças tecnológicas”, esclareceu o diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barreto.
As ações do ALI também contarão com o apoio do Sistema Mineiro de Inovação (Simi), projeto desenvolvido pela Sectes, desde 2007, com o objetivo de promover a interação entre agentes de inovação diversos, vinculados à instituições de ensino e pesquisa, do setor empresarial e governamental. Por meio do portal www.simi.org.br mais de seis mil estudantes, pesquisadores e empresários – de aproximadamente 1.200 instituições – podem participar de uma rede social e trabalhar juntos em propostas de inovação tecnológica.
Nesta rede, as empresas podem publicar desafios tecnológicos que estimulem a produção de soluções por parte de pesquisadores e estudantes, e estes, por sua vez, passam a contar com um espaço para divulgar suas pesquisas. Com o projeto ALI, a interação virtual entre os agentes vai estimular e facilitar ainda mais a criação de novos produtos que impulsionam o desempenho das empresas no mercado e asseguram o desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais.
Comentário:
Este projeto é muito importante para o desenvolvimento da nossa região. Porém, é preciso centrar fogo no atendimento e fomento ao Empreendedorismo Individual. O Micro Empreendedor Individual em Minas Gerais tem pouca assistência. Até agosto de 2011, havia 153 mil inscrições no programa.
Pelo tamanho do Estado é um número muito pequeno. Enquanto a região central concentra 45% das inscrições, na região norte e do Vale do Jequitinhonha, apenas 8% se cadastraram.
Os números demonstram que é preciso uma ação concentrada na região do semi-árido mineiro. Porém, os governos, tanto o estadual quanto o federal, só imprimem serviços em nossa região quando não há mais nada a fazer nas outras. É justamente neste setor do micro empreendedor individual que o Vale precisa se formalizar, pois aqui se encontram poucas empresas e as atividades de trabalho por conta própria é majoritário na área de trabalho e geração de renda.
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