segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cruzeiro perdeu o título por ter ataque ruim

Cruzeiro perdeu o título por ter ataque ruim No campeonato brasileiro, que terminou neste domingo, o time do Cruzeiro mostrou ser um dos mais consistentes na defesa e no meio de campo. Porém, o ataque é uma lástima. Por falta de um ou dois atacantes para concluirem as jogadas o Cruzeiro perdeu o campeonato. A atuação das arbitragens atrapalhou, mas era o esperado. Este é um fator que está sempre presente.

O time terminou o Brasileirão como vice-campeão, com 69 pontos, 20 vitórias, 9 empates, 9 derrotas, 53 gols marcados contra 38 sofridos, com saldo de 15 gols. Teve um aproveitamento de 61% dos pontos em 38 jogos.

É a segunda defesa menos vazada, com 38 gols, perdendo apenas para o Fluminense que levou 36. Porém, é o 7º ataque mais positivo, com 53 gols, com 1,4 gol por partida, ficando atrás de todos os times no topo da tabela.

Nas estatísticas, mostra-se este principal defeito. É o time que marcou 15 gols de cabeça, estando em primeiro lugar. É também o primeiro em cruzamentos, com 24,9 por jogo, em média. Mas, temos poucos atacantes cabeceadores. Só de escanteio foram 9 gols, sendo a maioria de cabeça, porém muitos foram de zagueiros ou meiocampistas.

O Cruzeiro perdeu muitos gols, pois é o 3º em assistência, com 3,9 por jogo. Ocupa o 2º lugar em impedimentos por jogo 2,6. Isso mostra que cria-se muitas oportunidades de gols mas os atacantes pouco convertem.

Tem o Montillo como principal garçom com 1,3 por jogo. Como também é o argentino que mais cruza bolas na área. São 11,7 chuveirinhos por jogo. Quando Montillo cai de rendimento a equipe celeste tem dificuldades em marcar.

Os atacantes são ruins para marcar gols. São 13,2 finalizações por jogo. Mas a grande maioria dos resultados dos jogos foi de diferença mínima. De 20 vitórias, 14 foram por uma diferença de 1 gol; 5 por diferença de 2 gols; e apenas uma vitória por diferença de 3 gols.
Somente em um jogo, contra o Guarani, marcou 4 gols; em quatro jogos marcou 3 gols; em 12 jogos marcou 2 gols; em 13 jogos marcou 1 gol apenas; e em 8 jogos não marcou nada.

Os principais artilheiros foram: Tiago Ribeiro com 8 gols: Montillo e Welington Paulista com 7; Henrique e Roger, com 4; Wallison, Farias e Robert, com 3. Os outros 14 gols foram de zagueiros ou jogadores do meiocampo.

O time do Cruzeiro teve pouca consistência em toda a disputa. Ficou poucas vezes na liderança. Quando a alcançou, caiu de rendimento, tendo perdido 3 partidas em 4 disputadas.

Não adianta dizer que perdeu-se o campeonato por perda do jogo contra o Corinthians ou Atlético Mineiro. Se merecia ganhar do Galo no segundo turno, porque foi melhor, poderia não ter ganhado no primeiro turno, porque foi muito pior que o adversário.

O Cruzeiro perdeu pontos preciosos para times rebaixados ou quase isso. Em casa, perdeu para o Vitória, em Ipatinga, e empatou com o Grêmio Prudente e Avaí.

Portanto, o Cruzeiro deixou de ser campeão porque não tem atacante nem mais ou menos. Tiago Ribeiro é mais criador de jogadas de gol do que artilheiro, mas cumpriu um papel de marcar gols que era tarefa principal de outros atacantes.

Para entrar na Libertadores com condições de ganhá-la o Cruzeiro precisa manter a maioria de jogadores do elenco e contratar um ou dois goleadores. Senão, será mais uma sonho em vão.

Informações extraídas da Folha de S.Paulo e do site de estatísticas em futebol Infobola.

Um comentário:

Álbano Silveira Machado disse...

Amigos,
este artigo foi publicado no maior portal da torcida cruzeirense, na sessão Voz da Arquibancada, neste 09 de dezembro.
Quem quiser acompanhar as notícias e comentários da torcida azul de Minas, vá até lá, clicando em
www.cruzeiro.org
Álbano

Postar um comentário