segunda-feira, 1 de julho de 2013

Popularidade de governadores também desaba

Popularidade de Alckmin cai 14%. Sérgio Cabral despencou 30%.

E Anastasia caiu quanto? A pesquisa não incluiu seu nome para não prejudicar Aécio.

Após protestos, aprovação de Alckmin cai

Não foi apenas a popularidade da presidente Dilma Rousseff que acabou corroída pela onda de protestos que tomou o país.

O movimento abalou os índices de aprovação dos governadores dos dois maiores Estados do país: Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio.

Todos os dados são da pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira passada.

A aprovação de Alckmin caiu 14 pontos no intervalo de três semanas. Os 52% de avaliação positiva do tucano em 7 de junho, pouco antes do início dos protestos, foram reduzidos para 38% na pesquisa recente.

Na semana do auge dos protestos, Alckmin foi criticado pelo comportamento da Polícia Militar, que num primeiro momento agiu com violência durante passeatas e depois, diante das críticas, teria reduzido o rigor no combate ao vandalismo.

O Estado também administra tarifas dos trens e do metrô, que também subiram, mas, mediante a pressão das ruas, acabaram tendo o reajuste cancelado.

Em 18 de junho, 51% avaliavam o desempenho de Alckmin diante dos protestos como ruim ou péssimo. Esse índice caiu para 39% dia 21 de junho. E voltou a cair na última pesquisa, para 33%.

RIO

Depois de atingir o pico de sua popularidade na série do Datafolha no Estado do Rio, em novembro de 2010, o governador Sérgio Cabral despencou 30 pontos.

No levantamento de sexta-feira, após seis anos e meio de mandato, ele obteve 25% de ótimo e bom, a menor pontuação da série. A soma de ruim e péssimo é maior, 36%.

Cabral foi alvo dos manifestantes, que acamparam na frente de seu apartamento.

(RICARDO MENDONÇA)

Minas
Vários analistas criticam o Datafolha, da Folha de S.Paulo, em não incluir nas pesquisas o governador de Minas, Anastasia. Aécio Neves é colunista do jornal, escrevendo todas as segunda-feiras. E seu candidato preferencial.
Então, está explicado

O que dizem as pesquisas pós-manifestações

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Algumas considerações sobre a pesquisa Datafolha registrando queda de popularidade de Dilma Rousseff.
Foi uma bela queda, mas Inês não é morta.
O que ocorreria se o Datafolha incluísse em sua pesquisa a avaliação sobre outros personagens da política: Geraldo Alckmin, Antônio Anastasia, Sergio Cabral, PT, PSDB, Aécio Neves, Congresso, STF? Todos registrariam queda similar. Foi o mundo político que desabou, não apenas um personagem ou outro. Obviamente, o personagem maior - a presidente - está exposta a desgaste maior.
Esta semana, pesquisa similar ao da Datafolha – contratado por um grupo de empreiteiras – revelou o seguinte:
  1. Queda de Dilma e Alckmin, Dilma um pouco mais, Alckmin um pouco menos.
  2. Queda expressiva tanto do PT quanto do PSDB. Incluindo aí o presidenciável Aécio Neves.
  3. Quem ganha são apenas Marina Silva, que sobe um pouco e Lula, que sobe mais – tanto na avaliação pessoal quanto do seu governo.
Chama atenção, no entanto alguns aspectos da pesquisa Datafolha:
  1. Mesmo tendo desabado, os índices de Dilma ainda são positivos. A maior parte dos que saíram do campo do ÓTIMO e BOM migrou para REGULAR. Agora, são 25% de RUIM e PÉSSIMO – um salto expressivo, ante os 9% da última pesquisa. Mas são 43% de REGULAR e 30% de ÓTIMO e BOM.
  2. O Datafolha omitiu a aprovação pessoal de Dilma. Como existe proporcionalidade entre a nota e a aprovação, analistas estimam que possa estar entre 55% e 58%.
  3. Em relação aos passos pós-crise, dois pontos a favor de Dilma. Em relação ao comportamento de Dilma frente aos protestos, 26% avaliaram como RUIM e PÉSSIMA contra 32% de ÓTIMA ou BOA e 36% de REGULAR. E 68% aprovaram a ideia do plebiscito.
Em suma, a bola continua com Dilma. Passado o impacto emocional das passeatas, sua maior ou menor aprovação dependerá de seus próximos passos. Se conseguir reestruturar seu governo e dar provas maiúsculas de melhoria de gestão e de interlocução, supera o momento. Se não conseguir, seu governo irá se arrastar até as eleições.
Luis Nassif
No Advivo

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