domingo, 7 de abril de 2013

Boca de urna gera prisões na disputa pela prefeitura de Diamantina


Panfleto da campanha petista afirma que o candidato tucano foi cassado pela Justiça EleitoralJuiz Eleitoral afirma que tucano está apto, manda recolher panfletos e prender manifestantes 
Panfleto afirma que Paulo Célio, do PSDB, está cassado e a disputa se dá entre Marcos Tibães, do PT, e Ragosino, do PTC. Polícia recolhe panfletos e prendeu militantes políticos

Elaine Pereira - Felipe Canêdo, no jornal Estado de Minas
Publicação: 07/04/2013 13:47 
Os ânimos continuam acirrados na disputa pela Prefeitura de Diamantina, na Região Central de Minas. O clima tenso da campanha se estendeu pela madrugada deste domingo e três pessoas foram detidas por distribuição ilegal de panfletos na Praça Dom Joaquim, no Bairro Consolação. Segundo a Polícia Militar, o material afirmava que o candidato tucano Paulo Célio, da Coligação 'Diamantina Unida Mais Ainda' estaria cassado e não poderia ser eleito. Um dos detidos estava com um cheque assinado pela campanha do candidato do PT, Marcos Tibães, da Coligação Acorda Diamantina.

O panfleto apresenta os textos "mais uma vez ele mentiu e está cassado" e "agora a disputa está entre Márcio Tibães X Ragosino" e reproduz imagem do site do TRE com informação inverídica, como se a candidatura estivesse mesmo indeferida. Segundo o cartório eleitoral do município, a coligação oponente já entrou com representação pedindo direito de resposta por causa do panfleto, mas o juiz de plantão determinou que hoje não é dia de fazer propaganda e não deferiu o pedido. Entretanto, o Ministério Público Eleitoral deve tomar providências sobre o caso, já que a imagem falseia o site do TRE.

Segundo o cartório eleitoral, os três candidatos estão aptos para a disputa. Se ficar comprovada a autoria do panfleto e Marcos Tibães (PT) vencer a disputa, ele pode ser punido até mesmo com a perda do mandato, se assim a Justiça Eleitoral decidir.

Durante a manhã deste domingo, outras duas pessoas foram conduzidas à delegacia porque faziam boca de urna para o candidato do PT com uma identidade não autorizada. Com o crachá de fiscal e roupas caracterizando o partido estas pessoas podiam circular dentro dos locais de votação, o que é proibido pela legislação eleitoral. Segundo o cartório da cidade, a Coligação Acorda Diamantina não credenciou a pessoa que  expediria as credenciais de fiscal e colocou muitos destes falsos fiscais nas ruas com um crachá que não é reconhecido. A justiça eleitoral chegou a retirar os crachás e solicitou que o grupo de dispersasse, mas eles continuaram atuando. Na delegacia foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e uma audiência marcada para que o juiz defina uma punição caso a caso.

Em Minas, quase 58 mil eleitores voltam às urnas neste domingo em mais três cidades além de Diamantina: Cachoeira Dourada, no Triângulo Mineiro; Biquinhas, na Região Central; e São João do Paraíso, no Norte. O resultado da eleição em Diamantina deve ser divulgado no começo da noite, por volta de 19h30.

Fonte: Estado de Minas

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