soluções para problemas de energia Problemas de mais de 20 anos dão prejuízos para a população. Em Audiência Pública, povo desconfia de soluções apresentadas, pois promessas anteriores já haviam sido feitas
O anúncio das melhorias não convenceu a platéia, nem as autoridades presentes, que relataram já ter ouvido promessas semelhantes da concessionária
A Cemig afirmou que vai investir, ainda este ano, cerca de R$ 750 milhões para melhorar a qualidade da rede e evitar as constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica em Itamarandiba no Alto Jequitinhonha.
O anúncio foi feito por representantes da concessionária em audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada na manhã desta sexta-feira (13/4/12), na Câmara do município.
Entre as medidas previstas pela companhia energética estão o aumento da frequência de inspeções na rede, a reforma de oito circuitos de baixa tensão, a conversão de 15 km de rede monofásica para trifásica na zona rural e o alargamento da faixa para a instalação de novas linhas de transmissão.
Concessionária vai construir uma subestação no município
O técnico do Sistema Elétrico da Cemig, Tiago Ferreira da Cunha, também informou que a concessionária vai construir, até 2016, uma subestação no município, com capacidade para atender 50 mil consumidores. Segundo ele, o projeto já foi aprovado e se encontra em fase de estudo de viabilidade técnica.
No entanto, o anúncio das melhorias não convenceu a plateia, nem as autoridades presentes, que relataram já ter ouvido promessas semelhantes da concessionária. O prazo para instalação da subestação também não agradou. Na audiência, moradores, produtores rurais e comerciantes cobraram ações imediatas para a solução dos apagões, que segundo relatos, têm sido diários, principalmente no horário de pico, por volta de 19 horas.
O técnico do Sistema Elétrico da Cemig, Tiago Ferreira da Cunha, também informou que a concessionária vai construir, até 2016, uma subestação no município, com capacidade para atender 50 mil consumidores. Segundo ele, o projeto já foi aprovado e se encontra em fase de estudo de viabilidade técnica.
No entanto, o anúncio das melhorias não convenceu a plateia, nem as autoridades presentes, que relataram já ter ouvido promessas semelhantes da concessionária. O prazo para instalação da subestação também não agradou. Na audiência, moradores, produtores rurais e comerciantes cobraram ações imediatas para a solução dos apagões, que segundo relatos, têm sido diários, principalmente no horário de pico, por volta de 19 horas.
A cidade vem sofrendo há mais de 20 anos com o problema
Segundo o autor do requerimento, deputado Délio Malheiros (PV), a cidade vem sofrendo há mais de 20 anos com o problema. Conforme destacou o parlamentar, a instabilidade no fornecimento e a má qualidade da energia têm afastado investimentos de empresários na região, prejudicando o desenvolvimento local.
Prejuízos – Os prejuízos vão desde a queima de computadores, máquinas de xerox, carregadores de celulares até equipamentos necessários para a produção agropecuária, como destacou o presidente do Sindicado dos Produtores Rurais de Itamarandiba, Paulo José Silva. “Os produtores têm investido na pecuária do leite, mas o produto está estragando porque os tanques de resfriamento ficam sem funcionar, já que dependemos da energia”, afirmou.
Conforme o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária do município, Betllen Belo Lopes Carneiro, uma pesquisa com 140 associados revelou que todos têm reclamações a fazer quanto à prestação de serviço por parte da Cemig ou já tiveram algum tipo de prejuízo em virtude das interrupções. “Não estamos exigindo favores, nós pagamos por esse serviço”, pontuou. O problema também provocou a perda de quatro mil doses de vacinas, segundo informou a funcionária de Secretaria de Saúde, Clara Gusmão.
Conforme o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária do município, Betllen Belo Lopes Carneiro, uma pesquisa com 140 associados revelou que todos têm reclamações a fazer quanto à prestação de serviço por parte da Cemig ou já tiveram algum tipo de prejuízo em virtude das interrupções. “Não estamos exigindo favores, nós pagamos por esse serviço”, pontuou. O problema também provocou a perda de quatro mil doses de vacinas, segundo informou a funcionária de Secretaria de Saúde, Clara Gusmão.
Interferências – O líder de negócios da área Leste da Cemig, Claudemiro Dantas da Cunha, justificou que as interrupções são provocadas, na maioria dos casos, pela interferência dos eucaliptos na rede, árvore que é plantada em larga escala na região e cuja produção é uma das principais atividades econômicas de Itamarandiba. Segundo ele, hoje mais de 40% das linhas de transmissão da concessionária estariam em áreas destinadas à plantação da espécie.
Para o deputado Sargento Rodrigues (PDT), os consumidores estão exigindo o que especifica a lei de prestação de serviço de energia, ou seja, regularidade, continuidade, eficiência, segurança, cortesia e preços adequados das tarifas. “Portanto, quando essas pessoas aqui bradam pela qualidade dos serviços, estão fazendo isso amparadas por uma lei”, destacou.
Para o deputado Sargento Rodrigues (PDT), os consumidores estão exigindo o que especifica a lei de prestação de serviço de energia, ou seja, regularidade, continuidade, eficiência, segurança, cortesia e preços adequados das tarifas. “Portanto, quando essas pessoas aqui bradam pela qualidade dos serviços, estão fazendo isso amparadas por uma lei”, destacou.
Délio Malheiros afirmou que solicitará audiência com o governador para ele tome conhecimento do problema em Itamarandiba. Os deputados disseram ainda que vão acionar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério Público, para que seja ajuízada ação civil pública contra a Cemig, se necessário. Requerimento sobre essas questões serão aprovados em próxima reunião da Comissão.
Entenda o Caso
A requerimento do deputado estadual Délio Malheiros, a Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais-ALMG, foi a Itamarandiba, para debater as constantes interrupções no fornecimento de energia na cidade.
A população reclama das inúmeras interrupções no fornecimento de energia que tem trazido transtornos e perdas materiais como a queima de eletro-eletrônicos e de aparelhos clínico hospitalares. O problema é antigo e já foi objeto de matéria em 2008 no Jornal Tribuna do Vale, sediado na cidade, que apontou a época para a deficiência energética na cidade. Irresignada, a população itamarandibana se coloca descontente com a sequência de quedas no fornecimento de energia e requer melhorias:
A população reclama das inúmeras interrupções no fornecimento de energia que tem trazido transtornos e perdas materiais como a queima de eletro-eletrônicos e de aparelhos clínico hospitalares. O problema é antigo e já foi objeto de matéria em 2008 no Jornal Tribuna do Vale, sediado na cidade, que apontou a época para a deficiência energética na cidade. Irresignada, a população itamarandibana se coloca descontente com a sequência de quedas no fornecimento de energia e requer melhorias:
" No último natal, por exemplo, quando nossos amigos de fora estavam aqui na cidade foi uma situação desconfortável, pois faltou energia e de lá pra cá virou um pisca pisca, e não é raro quase todo mês a energia cai. A cidade não tem subestação da CEMIG, a energia que aqui chega não atende a demanda local, já que a empresa não acompanha o desenvolvimento da cidade e sua crescente demanda por força" disse o estudante de engenharia florestal Herbert Ferreira.
Entre a população é certo o consenso da urgência de uma subestação de energia, vez que além da insuficiência do atendimento do consumo doméstico, a cada dia novos empreendimentos se fixam na cidade e encontram dificuldades na sua operacionalização. Este é o caso, por exemplo, de uma recém inaugurada clínica de especialidade médica localizada na Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade, que já teve de reparar seus equipamentos por cerca de 20 (vinte) vezes, além de suportar um maior ônus na atividade com a implantação de transformadores, relatou o proprietário ao Diário do Jequi.
A situação insustentável já gerou várias reclamações, como esta feita por um cidadão da cidade e encontrada no portal reclame aqui:
" A cidade de Itamarandiba MG, uma das econômias mais pujantes do nordeste mineiro, estava vivendo a cada dia um apagão. A CEMIG espande o número de ligações, a demanda da cidade é alta e a empresa ainda leva energia até a cidade em uma linha de transmissão com postes de madeira antigos, pouca capacidade de transmissão. Comerciantes e moradores estão sofrendo com perdas materiais decorrentes de queimas de aparelhos, sendo que até a agência dos Correios já perdeu computadores. É quase todo dia um apagão, já é até esperado pela população, que já marca compromissos com os amigos, dizendo se é antes ou depois do apagão. Tá caótico, abusivo, indo na contramão do que diz o marketing da CEMIG, que prega ser a melhor energia do Brasil. Será? Quando uma empresa não consegue ter padrão de qualidade em uma cidade de 33.000 habitantes. Providências já CEMIG."
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