Sim. "A UFVJM é nossa!”
No olhar desses últimos 10 anos, parece visível que o Brasil enveredou para a dimensão do desenvolvimento.Se irreversível, seguirá por vereda tortuosa e longa,em face, sobretudo, da dimensão continental do nosso País e das significativas assimetrias regionais e intra-regionais enraizadas, dentre outros, por fatores relacionados à nossa
colonização e seus desdobramentos, sem esquecermos de aspectos físicos do território.
O primeiro oportuniza a ida de mais de 100 mil brasileiros ao exterior, incluindo estudantes de graduação, pós-graduação e docentes, oportunidade de viver novas experiências, estabelecer convênios de cooperação e absorver conhecimentos técnicos e científicos. Esse pressuposto não carrega nenhum sentimento de inferioridade em relação a países ricos do hemisfério norte, mas sim o fato de propiciar a realidade de viver novas experiências pela concretude presencial, inclusive na relação de ensino e aprendizado em toda sua dimensão.
O segundo integra os estudantes recém ingressantes à realidade das atividades de pesquisa da Academia na perspectiva de que a vocação para o trabalho científico seja identificada ainda no limiar da vida acadêmica dos universitários.Como não podia deixar de ser, o engajamento da UFVJM junto aos programas Ciência Sem Fronteiras e Jovens Talentos foi prontamente providenciado, tão bem como a disponibilização de instrumentos necessários para maximizar a adesão dos nossos estudantes a esses programas.
Por outro lado, um programa do Governo de Minas - Projeto Universitário Cidadão – acolheu 70 estudantes e 10 professores da UFVJM. No contexto das ações de Interação Social desse programa no Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas nossos acadêmicos têm a oportunidadede atuar junto aos municípios de Grão Mogol, Buenópolis, Berilo e Corinto. O programa valoriza a formação profissional e cidadã dos estudantes, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento econômico e social das comunidades abordadas, fortalecendo a extensão universitária da Instituição.
Nessa visão do século XXI, o Conselho Universitário aprovou a inclusão das cidades de Almenara, Araçuaí, Capelinha e Nanuque no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2012-2016) como sedes de futuras expansões da universidade para a implantação de campus universitário. Com essa postura, a UFVJM renova, no contexto da sua vocação multi-campi, o apoio à interiorização do ensino superior público e valoriza o movimento “A UFVJM é Nossa”, deflagrado por organizações e comunidades de municípios do Vale do Jequitinhonha, desde a divulgação, pelo Governo Federal, da criação de mais 47 campi universitários em diferentes municípios do país sem incluir cidades da região do Jequitinhonha e Mucuri.
O PDI, em si, não cria ou estabelece nenhum novo campus. No entanto, fundamenta a expansão orgânica da Instituição que, por sua vez, concede a sustentação necessária às gestões políticas para a viabilização desses novos campi, gestões essas de responsabilidade das organizações e associações dos municípios em conjunto com os políticos da região que integram as diferentes esferas do poder constituído.O impacto social com a inserção de campus universitário e os seus efeitos econômicos em regiões tradicionalmente excluídas do processo de desenvolvimento são do conhecimento geral e,por isso, apresenta-se como uma causa de todos.
Se essa luta não se deu antes, não se deve atribuir a um desinteresse mútuo, mas, certamente, a diferentes fatores, sendo o mais importante a baixa escolaridade da população em geral. O círculo vicioso da baixa escolarização, que gera e perpetua as desigualdades sociais, é alimentado pela alienação aos direitos à cidadania plena, incluindo o de acesso ao ensino superior público de qualidade.
Sim.A UFVJM é Nossa.
Pedro Ângelo Almeida Abreu.
Reitor
Fonte : Jornal da ufvjm /// publicação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri /// Ano IV /// edição 37 /// jan./fev./mar. de 2012
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