Carnaval do Pernil de Minas Novas
Carlos Mota
Baile do Pernil era o Baile de carnaval que era realizado no Mercado Municipal de Minas Novas. Como a feira acontece aos sábados, a limpeza do local era realizada horas antes do baile.
O cheiro forte e pútrido de carne era a sua marca. Inicialmente, o baile era freqüentado pelos que não podiam pular no baile do CRAM – Clube Recreativo da Amizade Minasnovense.
Com a equivocada derrubada do antigo teatro, onde o CRAM funcionava, e a criminosa construção de uma caixotão de concreto em pleno centro histórico, pobres e ricos de pena e bico foram dançar no mesmo salão.
Quando o local era exclusivo dos pobres, jamais a Prefeitura se preocupou em, por exemplo, dar um demão de tinta no local.
Mas, naquele ano, com a derrubada do teatro, o meu querido tio e prefeito Tião Barbosa, mandou que Mozart Martins desse uma geral no local.
Mozart caprichou e , por sua conta, resolveu fazer um letreiro na entrada daquele fedorento banheiro.
Tendo passado por casas de saúde mental, Mozart se traiu e escreveu, sobre a porta do mictório, em letras garrafais, a palavra SANATÓRIO.
Quando Tião, todo satisfeito, alisando a barriga e dizendo não tem problema, chegou ao mercado deparou com aquilo, deu uma bela bronca no Mozart, determinando a troca do letreiro.
Mozart cumpriu a ordem e disse a Tião:
- Num vou trocar não! Carnaval é coisa de doido, e então, o nome não está errado!
Pulamos aquele carnaval e esvaziávamos a cerveja não no SANITÁRIO, mas no SANATÓRIO de Mozart.
Quem não pôde faze-lo foi Mário Sena, vestido numa fantasia de borboleta que lhe emprestei, anosantes usada por minha irmã Santina Mota.
Mário simplesmente tinha que faze xixi nela própria. Com o fechecler estragado, o jeito foi costurá-la de cima a baixo, o que impedia Mário de fazer o serviço corretamente.
Texto do livro Dicionário de Fanadês, Jequitinhonhês, Mineirês, de Carlos Mota, à pág. 67.
Carlos Mota é advogado, servidor público do INSS, Procurador Federal. Foi deputado Federal ( PSB, 2003-2007). Natural de Minas Novas, estudou e morou em Belo Horizonte por 15 anos. Desde 1989, mora em Brasília.
Baile do Pernil era o Baile de carnaval que era realizado no Mercado Municipal de Minas Novas. Como a feira acontece aos sábados, a limpeza do local era realizada horas antes do baile.
O cheiro forte e pútrido de carne era a sua marca. Inicialmente, o baile era freqüentado pelos que não podiam pular no baile do CRAM – Clube Recreativo da Amizade Minasnovense.
Com a equivocada derrubada do antigo teatro, onde o CRAM funcionava, e a criminosa construção de uma caixotão de concreto em pleno centro histórico, pobres e ricos de pena e bico foram dançar no mesmo salão.
Quando o local era exclusivo dos pobres, jamais a Prefeitura se preocupou em, por exemplo, dar um demão de tinta no local.
Mas, naquele ano, com a derrubada do teatro, o meu querido tio e prefeito Tião Barbosa, mandou que Mozart Martins desse uma geral no local.
Mozart caprichou e , por sua conta, resolveu fazer um letreiro na entrada daquele fedorento banheiro.
Tendo passado por casas de saúde mental, Mozart se traiu e escreveu, sobre a porta do mictório, em letras garrafais, a palavra SANATÓRIO.
Quando Tião, todo satisfeito, alisando a barriga e dizendo não tem problema, chegou ao mercado deparou com aquilo, deu uma bela bronca no Mozart, determinando a troca do letreiro.
Mozart cumpriu a ordem e disse a Tião:
- Num vou trocar não! Carnaval é coisa de doido, e então, o nome não está errado!
Pulamos aquele carnaval e esvaziávamos a cerveja não no SANITÁRIO, mas no SANATÓRIO de Mozart.
Quem não pôde faze-lo foi Mário Sena, vestido numa fantasia de borboleta que lhe emprestei, anosantes usada por minha irmã Santina Mota.
Mário simplesmente tinha que faze xixi nela própria. Com o fechecler estragado, o jeito foi costurá-la de cima a baixo, o que impedia Mário de fazer o serviço corretamente.
Texto do livro Dicionário de Fanadês, Jequitinhonhês, Mineirês, de Carlos Mota, à pág. 67.
Carlos Mota é advogado, servidor público do INSS, Procurador Federal. Foi deputado Federal ( PSB, 2003-2007). Natural de Minas Novas, estudou e morou em Belo Horizonte por 15 anos. Desde 1989, mora em Brasília.
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