Um Obama, no Rio: pela autodeterminação dos povos
Outro Obama, na África: autoriza início de guerra contra Líbia
Em viagem ao Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu sinal verde à agressão contra a Líbia. Ao mesmo tempo, foi bajulado de forma vergonhosa pela mídia brasileira, que se derramou em elogios ao chefe da Casa Branca.
A política norte-americana segue um provérbio africano: falar macio, mas com um grande porrete na mão.
Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, afirmou que a hipocrisia do imperialismo se manifestou na visita de Obama, quando o estadunidense declarou no Rio de Janeiro ser a favor da autodeterminação dos povos, ao mesmo tempo que seu aparelho de guerra disparava contra civis na distante Líbia.
"A hipocrisia do imperialismo é enorme. Ao mesmo tempo que prega a autodeterminação para os povos, agride o norte da África para intimidar e aterrorizar aqueles que desejam escolher seu próprio caminho", diz Socorro.
"Na essência, a administração Obama é diferente da anterior apenas na retórica. Essa administração conserva o mesmo interesse mesquinho que as outras, ao investir e perpetuar as ocupações do Iraque, do Afeganistão, que agora se espalha para o Paquistão, e agora na Líbia", protesta.
Socorro disse que a manifestação dos movimentos sociais, no domingo, no Rio de Janeiro, contra a visita de Obama, foi cercada por forte aparato repressivo e alvo de intimidações e ameaças. "Havia cavalaria, tropas do Exército, blindados, helicópteros e atiradores de elite por todos os lados. Na antevéspera, em outro protesto, inclusive 13 militantes foram presos", conta. "O imperialismo não deseja manter a paz. Quer apenas controlar os recursos energéticos, deixando-os ao dispor de seus interesses. Condenamos com veemência a agressão desses países contra a Líbia, um verdadeiro atentado à paz e ao Direito Internacional", finaliza.
Fonte: www.vermelho.org.br
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