terça-feira, 15 de março de 2011

Oposição quer minar força de Anastasia

Oposição quer minar força de Anastasia

Intenção dos deputados é fortalecer aliança entre partidos da oposição (PT, PMDB, PCdoB e PRB) e ver como fica a pauta da Casa.
Jornal Hoje em Dia - Lucca Figueiredo

Na tentativa de minar a força do governador Antonio Anastasia (PSDB), já de olho nas eleições de 2012 e de 2014, o bloco de oposição na Assembleia Legislativa vai colocar em prática uma estratégia que passa por duas frentes: o fortalecimento da relação com o Governo federal e a defesa dos interesses do servidor público estadual.

De Brasília, os deputados esperam recursos para obras emblemáticas no Estado, como por exemplo a questão do metrô de Belo Horizonte, o Anel Rodoviário e a BR-381, até Governador Valadares. Os temas fizeram parte das promessas de campanha de Dilma Rousseff (PT).


Já a aproximação com o funcionalismo se dará na defesa da criação do salário mínimo regional e no combate da criação de mais de 8.361 cargos comissionados. Hoje, a bancada de oposição terá uma reunião para acertar o calendário das ações.

A intenção dos deputados é tentar fortalecer a aliança entre os partidos da oposição (PT, PMDB, PCdoB e PRB) e ver como vai ficar a pauta da Casa. Depois disso, eles vão trabalhar em cima de temas polêmicos, principalmente aqueles que forem propostos pelo governador Antonio Anastasia (PSDB).

"A situação ainda está parada na Assembleia, mas vamos ver como o Governo vai se posicionar e depois definir nossas estratégias", afirmou o deputado Antônio Júlio (PMDB).

Líder do bloco na Casa, o petista Rogério Correia garante que vai travar a pauta sempre que for necessário.

"Vamos demonstrar a nossa força. O bloco é uma sinalização de que pode ser criado um grupo para fortalecer as ações da presidente Dilma Rousseff (PT) em Minas e também para pensar um projeto alternativo para as eleições até 2014. Essa foi a grande novidade desta legislatura na Assembleia".

Uma das estratégias é confrontar ideias e assuntos polêmicos. Entre os temas, está a questão do salário mínimo proposto pelo PSDB em nível nacional, de R$ 600. A proposta não teve sucesso em Brasília, mas os integrantes do bloco querem que os tucanos implantem o valor em nível regional. Um projeto de Lei neste sentido já foi protocolado na Assembleia.

Além disso, outros dois assuntos são alvos certos para os próximos dias. O primeiro deles é a nomeação do ex-vereador de Belo Horizonte Wellington Magalhães (PMN) como vice-diretor geral da Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg). Ele foi cassado por compra de votos e agora pode ocupar uma vaga no Governo. A intenção do bloco, conforme antecipou o Hoje em Dia, é convocar Anastasia para justificar a escolha.


Um exemplo claro da ação do bloco foi a presença da secretária Renata Vilhena na Casa, para explicar a Lei Delegada. Ela foi questionada pelo número de cargos criados no Governo estadual. A reunião aconteceu depois da pressão feita pelo bloco de oposição. Os governistas também marcaram presença e tentaram blindar a secretária. Após o encontro, os dois lados saíram trocando farpas.

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