Vale do Jequitinhonha: Poder das mulheres e mulheres no poder
Chica da Silva e Luciana Teixeira marcaram a história
Poucas mulheres ocuparam cargos de poder ou espaços de mando na vida do Vale do Jequitinhonha. Na história, duas marcaram os registros dos homens. A mais conhecida: Francisca da Silva Oliveira, a Chica da Silva. Poderosa, bonita, negra, escrava alforriada, mulher do português João Fernandes de Oliveira, mais afortunado que o rei de Portugal. Sua união de 15 anos gerou de 13 a 19 filhos. O Arraial do Tejuco a viu rainha, na Diamantina colonial, do século XVIII, no Alto Jequitinhonha. Seus 4 filhos homens exerceram altos cargos no Império português.
Criou-se diversos mitos em torno dessa mulher sensual, inteligente e de forte personalidade. Mulher do passado, há mais de 200 anos presente em nossas vidas.
Luciana Teixeira e Cacá
Luciana Teixeira, fazendeira da Barra do Pontal, no encontro do rio Araçuaí com o Jequitinhonha, em Itira, foi expulsa pelo padre e moradores moralistas. No século XIX, Luciana e suas meninas, colo e afago dos tropeiros e canoeiros, subiram o rio, fundaram o Arraial do Calhau, mais tarde Araçuaí, cidade pólo do Médio Jequitinhonha.
Prefeitas
Esta mesma cidade revelou Maria do Carmo Ferreira da Silva, a Cacá, mulher, negra e pobre. Militante das causas populares. Foi prefeita eleita e reeleita de Araçuaí (1997-2004), na virada do século XX e início do XXI, transformando-se na maior liderança regional feminina dos tempos atuais.
Somente ela se atreveu a vôos mais altos: candidatou-se a deputada estadual, em 1994. É Diretora da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, em Brasília, no Governo Lula. Minas Novas dos coronéis, mãe de quase todos os municípios do Vale, elegeu a Irmã Telma, prefeita, e a vice, Dasdores, de 2001 a 2004. Fizeram uma administração criativa e inovadora, com barraginhas e valorização de pobres e mulheres. 
Dona Vina e Alípia comandaram Rubelita de 97 a 2008, sendo o mais longo reinado feminino na região. Aliás, de 97 a 2000, foi estendido um tapete rosa no Médio Jequitinhonha: Vânia Murta, em Coronel Murta; Nana, em Itaobim; Cacá, em Araçuaí; e Sônia em Medina.
Hoje, Fabiany comanda Almenara, e Irone Bento, Mata Verde, dois municípios do Baixo Jequitinhonha.
Atualmente, o poder feminino é pouco presente nas prefeituras e Câmaras Municipais do Vale. As mulheres marcam posição nas políticas públicas sociais, nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento social. Como co-gestoras ou em atividades profissionais.
Chica da Silva e Luciana Teixeira marcaram a história
Poucas mulheres ocuparam cargos de poder ou espaços de mando na vida do Vale do Jequitinhonha. Na história, duas marcaram os registros dos homens. A mais conhecida: Francisca da Silva Oliveira, a Chica da Silva. Poderosa, bonita, negra, escrava alforriada, mulher do português João Fernandes de Oliveira, mais afortunado que o rei de Portugal. Sua união de 15 anos gerou de 13 a 19 filhos. O Arraial do Tejuco a viu rainha, na Diamantina colonial, do século XVIII, no Alto Jequitinhonha. Seus 4 filhos homens exerceram altos cargos no Império português.
Criou-se diversos mitos em torno dessa mulher sensual, inteligente e de forte personalidade. Mulher do passado, há mais de 200 anos presente em nossas vidas.Luciana Teixeira e Cacá
Luciana Teixeira, fazendeira da Barra do Pontal, no encontro do rio Araçuaí com o Jequitinhonha, em Itira, foi expulsa pelo padre e moradores moralistas. No século XIX, Luciana e suas meninas, colo e afago dos tropeiros e canoeiros, subiram o rio, fundaram o Arraial do Calhau, mais tarde Araçuaí, cidade pólo do Médio Jequitinhonha.
Prefeitas
Esta mesma cidade revelou Maria do Carmo Ferreira da Silva, a Cacá, mulher, negra e pobre. Militante das causas populares. Foi prefeita eleita e reeleita de Araçuaí (1997-2004), na virada do século XX e início do XXI, transformando-se na maior liderança regional feminina dos tempos atuais.
Somente ela se atreveu a vôos mais altos: candidatou-se a deputada estadual, em 1994. É Diretora da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, em Brasília, no Governo Lula. Minas Novas dos coronéis, mãe de quase todos os municípios do Vale, elegeu a Irmã Telma, prefeita, e a vice, Dasdores, de 2001 a 2004. Fizeram uma administração criativa e inovadora, com barraginhas e valorização de pobres e mulheres. Dona Vina e Alípia comandaram Rubelita de 97 a 2008, sendo o mais longo reinado feminino na região. Aliás, de 97 a 2000, foi estendido um tapete rosa no Médio Jequitinhonha: Vânia Murta, em Coronel Murta; Nana, em Itaobim; Cacá, em Araçuaí; e Sônia em Medina.Hoje, Fabiany comanda Almenara, e Irone Bento, Mata Verde, dois municípios do Baixo Jequitinhonha.
Atualmente, o poder feminino é pouco presente nas prefeituras e Câmaras Municipais do Vale. As mulheres marcam posição nas políticas públicas sociais, nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento social. Como co-gestoras ou em atividades profissionais. 
Um comentário:
Prezados , a cidade de Angelândia , é Governada , pela atuante Prefeita Zélia Cardoso , que vem fazendo mudanças significativas na cidade , e realizando o sonho da população , com obras e adquirindo uma frota de veiculos e maquinas , que a cidade sempre sonhou . Na camara municipal , a Vereadora Anisia , faz a diferença entre os colegas homens . Fica o meu abraço e carinho á todas as mulheres , especialmente as de Angelândia .
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