A Força Feminina no Artesanato
Conversa com artesãs da 11ª Feira da UFMG
Por Bruna Acácio
A 11ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG traz representantes de 21 municípios do Vale e 65 artesãos. Um rápido passeio pelos corredores da feira basta para perceber que o número de mulheres excede consideravelmente o de homens. Das 33 associações presentes, foram enviadas 50 mulheres como representantes.
Segundo as artesãs entrevistadas, essa diferença não é exclusividade da feira. "A maioria é mulher. Elas aprendem com as mães ou amigas e depois começam a vender para complementar a renda.", diz Geralda Azevedo, de Veredinha. Em grande parte dos casos, o artesanato é a principal fonte de renda das mulheres.
A Feira de Artesanato promovida pela UFMG - através do Programa Polo Jequitinhonha e da Diretoria de Ações Culturais (DAC) - abre espaço para que os artesãos do nordeste mineiro possam expor seus produtos e comercializá-los sem intermediários. "Aqui na Feira a gente pode vender com um preço melhor e também fazer contatos para futuras encomendas.", conta Elza Fagundes de Jesus, de Itinga. Outro objetivo da feira é a formação de uma rede social entre os artesãos do Vale. "Nas feiras, a gente conhece várias pessoas e faz amizades", comenta Terezinha dos Santos Cruz, de Padre Paraíso.
Encontro de gerações Foto: A jovem artesã Ednéia Santos, de Araçuaí
A maioria das mulheres entrevistadas começou cedo no artesanato, a partir do que aprenderam com suas mães e avós. Esse é o caso de Idalina Quadros, de Palmópolis, que começou a bordar aos 7 anos e 60 anos depois continua com o ofício. Para ela, a juventude não está muito interessada em aprender o artesanato. Se depender da jovem Ednéia Santos, de Araçuaí, a tradição familiar não será quebrada: "Quero ensinar a meus filhos, mesmo que eles não queiram seguir minha carreira".
Associações: trabalho conjunto gera renda e união
O papel das associações é essencial para que o trabalho de cada artesão se fortaleça. Nelas, os associados compartilham conhecimentos. "Uma colega nos ensinou o patchwork. Hoje essa é a principal técnica da associação", diz Cleonice Alves Santos, de Almenara. E como confirma a artesã, os benefícios advindos do artesanato superam o campo econômico: "Além de ser fonte de ganho, é uma terapia. Toda vez que eu termino um trabalho eu fico impressionada com o que as mãos humanas são capazes de fazer".
Grande parte das associações possui oficinas para o trabalho conjunto dos artesãos. Isso promove, além da troca de experiências, a socialização das pessoas que participam. "Muitos dos meus amigos são da associação, conheci muita gente lá", comenta Sandra Paulino, de Datas.
Conversa com artesãs da 11ª Feira da UFMG
Por Bruna Acácio
A 11ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG traz representantes de 21 municípios do Vale e 65 artesãos. Um rápido passeio pelos corredores da feira basta para perceber que o número de mulheres excede consideravelmente o de homens. Das 33 associações presentes, foram enviadas 50 mulheres como representantes.
Segundo as artesãs entrevistadas, essa diferença não é exclusividade da feira. "A maioria é mulher. Elas aprendem com as mães ou amigas e depois começam a vender para complementar a renda.", diz Geralda Azevedo, de Veredinha. Em grande parte dos casos, o artesanato é a principal fonte de renda das mulheres.
A Feira de Artesanato promovida pela UFMG - através do Programa Polo Jequitinhonha e da Diretoria de Ações Culturais (DAC) - abre espaço para que os artesãos do nordeste mineiro possam expor seus produtos e comercializá-los sem intermediários. "Aqui na Feira a gente pode vender com um preço melhor e também fazer contatos para futuras encomendas.", conta Elza Fagundes de Jesus, de Itinga. Outro objetivo da feira é a formação de uma rede social entre os artesãos do Vale. "Nas feiras, a gente conhece várias pessoas e faz amizades", comenta Terezinha dos Santos Cruz, de Padre Paraíso.
Encontro de gerações Foto: A jovem artesã Ednéia Santos, de Araçuaí
A maioria das mulheres entrevistadas começou cedo no artesanato, a partir do que aprenderam com suas mães e avós. Esse é o caso de Idalina Quadros, de Palmópolis, que começou a bordar aos 7 anos e 60 anos depois continua com o ofício. Para ela, a juventude não está muito interessada em aprender o artesanato. Se depender da jovem Ednéia Santos, de Araçuaí, a tradição familiar não será quebrada: "Quero ensinar a meus filhos, mesmo que eles não queiram seguir minha carreira".
Associações: trabalho conjunto gera renda e união
O papel das associações é essencial para que o trabalho de cada artesão se fortaleça. Nelas, os associados compartilham conhecimentos. "Uma colega nos ensinou o patchwork. Hoje essa é a principal técnica da associação", diz Cleonice Alves Santos, de Almenara. E como confirma a artesã, os benefícios advindos do artesanato superam o campo econômico: "Além de ser fonte de ganho, é uma terapia. Toda vez que eu termino um trabalho eu fico impressionada com o que as mãos humanas são capazes de fazer".
Grande parte das associações possui oficinas para o trabalho conjunto dos artesãos. Isso promove, além da troca de experiências, a socialização das pessoas que participam. "Muitos dos meus amigos são da associação, conheci muita gente lá", comenta Sandra Paulino, de Datas.
Fonte: Polo Jequitinhonha/UFMG
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