quinta-feira, 16 de julho de 2009

Agricultura Familiar
Vale do Jequitinhonha terá projeto de produção de queijo e farinha

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais - Emater-MG lança os Projetos de Melhoria de Qualidade do Queijo Cabacinha e da Farinha do Vale do Jequitinhonha, no no nordeste de Minas, nesta sexta-feira, dia 17 de junho, em Pedra Azul, e no sábado, dia 18, em Almenara. A iniciativa faz parte das ações do Agregaminas, programa estruturador da Emater-MG.
A proposta consiste em agregar valor aos produtos da agricultura familiar, por meio de práticas de produção corretas, garantia de qualidade e origem dos produtos.O Projeto de Melhoria de Qualidade do Queijo Cabacinha pretende viabilizar adequações necessárias para a legalização do queijo em órgãos de defesa sanitária, fortalecendo a cultura e a tradição desse importante produto do Vale do Jequitinhonha.

O projeto vai agregar maior valor ao produto, o que vai colaborar com o desenvolvimento econômico e social da região. Com a implementação do Projeto de Melhoria de Qualidade do Queijo Cabacinha, o pequeno e médio produtor também terão linhas de crédito para auxiliar na produção.
De acordo com o extensionista da Emater-MG de Pedra Azul, José Geraldo Lisboa de Matos, o projeto vai implementar, inicialmente, três unidades modelos de fabricação do queijo cabacinha nos municípios de Medina, Cachoeira do Pajeú e Pedra Azul. Na região, existem dez municípios fabricantes do cabacinha. Só no município de Pedra Azul, cerca de 120 produtores, entre pequenos e grandes, fabricam o queijo.
Para a implantação do projeto de melhoria do queijo, a Emater-MG já capacitou aproximadamente dez extensionistas em boas práticas de fabricação. “A proposta é trabalhar da porteira prá dentro até a porteira prá fora, com ações que vão da alimentação adequada do rebanho, cuidados na ordenha, no meio ambiente, e nas boas práticas de produção”, salienta José Geraldo.
O outro gargalo da cadeia do cabacinha, que é a comercialização do produto em locais adequados, será trabalhado no processo de implantação do projeto, pois depende de legislação estadual específica, segundo o técnico.
Atualmente, o produto, que é encontrado no Mercado Central de Belo Horizonte e até no estado da Bahia, é muito comercializado nas margens da BR-116. “Mas vamos trabalhar para legalizar essa comercialização, por meio de legislação. E através de ações do projeto, serão estabelecidos locais corretos de venda do produto, próximos a postos de gasolina na própria BR 116”, informa.
Projeto da Farinha
Já o Projeto de Melhoria da Qualidade da Farinha, que será lançado no próximo sábado, dia 18 de junho, propõe apoiar a cadeia produtiva da mandioca do Baixo Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas, com foco na agroindústria familiar.
De acordo com a engenheira de alimentos da Emater-MG, Laura de Castro, as unidades de processamento de mandioca, matéria-prima da farinha da região, ainda carecem de adequações para ficar conforme as legislações sanitária e ambiental vigentes, no âmbito federal e estadual. “Devido a isso, o projeto pretende fomentar a eficácia da cadeia produtiva da mandioca na região”, segundo Castro.
O objetivo é viabilizar condições para a produção e processamento da mandioca de forma independente, para permitir a contínua geração de renda das populações rurais no Jequitinhonha. Além disso, a iniciativa pretende garantir a segurança alimentar dos agricultores familiares e dos consumidores dos alimentos produzidos por esse segmento.
Inicialmente, o projeto vai abranger os municípios de Almenara, Bandeira, Jacinto e Jordânia. Posteriormente, ele será estendido aos municípios de Ponto dos Volantes, Itinga, Itaobim, Comercinho, Medina, Jequitinhonha, Pedra Azul, Santa Maria do Salto, Santo Antônio do Jacinto e Rubim.
Fonte: http://www.emater.mg.gov.br/

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