domingo, 16 de maio de 2021

Neste domingo, Minas celebra o Dia dos Queijos Artesanais

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Vale do Jequitinhonha tem duas regiões produtivas: a tradicional região do Serro, no Alto Jequitinhonha,  e o queijo Cabacinha na região do Baixo Jequitinhonha.

Segundo a Emater-MG, 85 mil toneladas do produto são fabricadas artesanalmente em Minas, sendo principal fonte de renda 30 mil famílias.

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Fresco ou maturado, os queijos são amados entre os mineiros
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Foto: Paulo Márcio/divulgação

Um dos produtos agropecuários mais característicos do Estado, seja pelo seu 

valor econômico, social, alimentar, histórico, cultural e tradicional, o queijo 

artesanal mineiro tem, merecidamente, uma data pra chamar de sua.

16 de maio é o Dia dos Queijos Artesanais de Minas.

No macarrão, no sanduíche, no omelete, com doce caseiro, como aperitivo 

ou como um lanchinho saudável. O queijo está presente em praticamente 

todas as refeições do mineiro e se tornou uma das opções proteicas mais 

importantes nos lares do Estado.

Tão importante que 85 mil toneladas do produto são fabricadas artesanalmente 

em Minas, sendo principal fonte de renda 30 mil famílias, de acordo com a 

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais 

(Emater-MG).

Neste domingo, 16 de maio, celebra-se Dia dos Queijos Artesanais de 

Minas Gerais. A data foi instituída há quatro anos pela Lei Estadual 22.506/2017,

reconhecendo a importância de tipos de queijos feitos de leite cru, que não 

passaram por processo de pasteurização.

O dia e o mês escolhidos para essa homenagem remetem ao registro, em 2008, 

do Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro, da Serra da 

Canastra e do Salitre ou Alto Paranaíba. Naquele momento, o jeito de produzir o 

produto foi registrado no Livro de Registro dos Saberes, pelo Conselho 

Consultivo do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Queijo Minas Artesanal pode ser produzido legalmente em todo o estado 

de Minas Gerais, mas somente os alimentos feitos nas oito microrregiões 

caracterizadas (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serras de 

Ibitipoca, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro) são autorizados a 

usarem a nomenclatura na embalagem.

O Queijo Minas Artesanal é um das muitas variedades de queijo artesanal 

produzido em Minas Gerais. Como outros tipos artesanais ele é feito de leite

de vaca cru, sem pasteurização e costuma seguir processos tradicionais de 

confecção, em pequenas propriedades.

“Foi o primeiro queijo a ser caracterizado no Estado. O leite cru tem de ser 

produzido exclusivamente na propriedade produtora. Utiliza pingo, coalho, 

salga a seco e passa por processo de maturação, adquirindo uma casca lisa 

e amarelada”, explica a coordenadora técnica estadual da Emater-MG, Maria 

Edinice Soares.

Estudos apontam que produtores de QMA produzem 50 mil toneladas por ano.  

“A média é de 15,3 quilos por produtor ao dia. O número nos mostra que 

a grande maioria dos produtores é da agricultura familiar e que eles geram 

cerca R$ 1,1 milhão por ano (preços pagos aos produtores)”, informa o também 

coordenador técnico estadual da Emater-MG, o engenheiro agrônomo Milton  

Nunes.

Tipos artesanais 

– Além das oito microrregiões produtoras do Queijo Minas Artesanal, 

Minas tem mais outras seis regiões caracterizadas, ou seja, passaram por 

estudo que identificou e definiu o tipo de queijo. Essas regiões produzem os 

seguintes queijos artesanais: Cabacinha, Serra Geral, Vale do Suaçuí, Alagoa, 

Mantiqueira de Minas e Requeijão Moreno. 

Hoje já se sabe que cada um deles tem características, como o sabor, por 

exemplo, que sofre a influência do clima e pastagem predominantes. A origem e 

manejo do rebanho e até o perfil do produtor também são determinantes no 

tipo de queijo da cada lugar.

O queijo artesanal Cabacinha é produzido na região do Vale do Jequitinhonha. 

É feito de leite cru de vaca, mas a massa é aquecida, sem chegar a 

pasteurizar. Recebe soro fermento, retirado no final da mexedura da 

massa e reservado em temperatura ambiente para ser usado no dia seguinte 

na fabricação do queijo. É moldado manualmente em forma de cabacinha.

Já o queijo artesanal da Serra Geral, produzido em 17 municípios da região Norte de Minas 

Gerais, não tem um processo definido quanto à forma de fazer, segundo a coordenadora Maria 

Edinice.

Por outro lado, os artesanais queijo do Vale do Suaçuí, queijo de Alagoa e queijo da Mantiqueira de 

Minas têm praticamente o mesmo modo de fazer com pequenas diferenças: leite cru de vaca, soro 

fermento e coalho. A massa passa por um processo de cozimento, enformagem e salga salmoura. 

Fontes: Diário do Comércio e informações da Emater MG .

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