O galpão foi construído em 2011 e nunca foi utilizado
Foto: jornal Gazeta
A interdição do espaço foi feita pelo secretário municipal Renato Assunção
Alegando riscos de desabamento, a prefeitura municipal de Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha (MG) interditou um galpão destinado a eventos para idosos, construído em 2011 e que nunca foi utilizado.
O salão, anexo ao prédio da Secretaria Municipal de Assistência Social, localizado na praça do CRAS no centro da cidade, custou R$ 126.850,00 aos cofres públicos. A obra foi executada pela Construtora Altitel Ltda, com sede no Taquaral, distrito do município de Itinga.
O pedido de interdição foi feito pelo atual secretário municipal de Assistência Social, Renato Assunção. “ Percebi deficiências na estrutura e vi que isso poderia comprometer a segurança dos usuários e dos funcionários. Comuniquei o fato ao prefeito. Solicitamos um laudo técnico para avaliar a situação”, disse ele.
No final de maio, a engenheira civil Maria Lúcia Ferreira de Sousa entregou o laudo de vistoria das condições físicas do salão.
De acordo com o documento, a estrutura da cobertura foi mal executada em sua totalidade, provavelmente sem qualquer orientação técnica e as peças de madeira apresentam deformações que comprometem a estrutura do salão, oferecendo riscos de desabamento.
“ Queremos agora que a empresa faça a correção das falhas. Encaminhamos o caso para o setor jurídico da prefeitura”, diz Renato Assunção.
O responsável pela empresa não foi localizado para falar sobre o assunto. Vereadores da oposição querem que o Corpo de Bombeiros também faça uma avaliação da obra para comprovar se ela realmente oferece riscos.
Ainda segundo Renato Assunção o local tem como objetivo oferecer um espaço de convivência para o público alvo da Secretaria de Assistência Social.
“Não queremos que ele seja usado apenas por idosos, mas, por crianças, jovens , adolescentes e mulheres. É um espaço para oferecer oficinas de cultura, seminários, apresentações culturais, reuniões e outras atividades”, explica o secretário.
Ele garante que a interdição do galpão não comprometeu a execução dos programas sociais e o atendimento ao público. “ Estamos utilizando outros espaços existentes”, afirmou Renato Asunção.
Sérgio Vasconcelos
Repórter , na Gazeta de Araçuaí
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