Povo não entra na festa de JK
Fonte: Jornal O Tempo – Veridiane Marcondes – 13/09/2011
Diamantina. A capital mineira foi simbolicamente transferida ontem para Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Pelo 16º ano consecutivo, a cidade natal de Juscelino Kubitschek foi sede da entrega das medalhas que levam o nome do ex-presidente.
As comendas Grande Medalha e Medalha de Honra foram oferecidas a 186 personalidades da política, da economia e das áreas social e cultural de Minas e do país. A entrega das condecorações foi realizada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) e pelo vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP).
A festa, no entanto, foi restrita aos convidados. A população foi impedida de prestigiar a solenidade porque não teve acesso ao local. O zelo pode ser devido ao momento de tensão que Anastasia vive com alguns setores do funcionalismo estadual, especialmente os servidores da educação.
Professores e alunos da rede estadual aproveitaram a cerimônia para fazer uma nova manifestação. Eles reivindicam o cumprimento da lei nacional que institui o piso nacional aos educadores. O grupo foi contido pelos seguranças e não entrou no espaço em que as medalhas eram entregues.
Os manifestantes soltaram balões pretos com faixas que diziam "queremos é o piso e a carreira integral". Os educadores do Estado estão em greve há 90 dias, e não existe previsão para que retornem às aulas.
O governador comentou as manifestações recorrentemente promovidas pelos servidores e afirmou que não vê qualquer proveito prático em atos do tipo.
Exemplo. A homenagem a JK é realizada anualmente no dia do aniversário do ex-presidente, nascido em Diamantina em 12 de setembro de 1902. Por se tratar de um dos maiores estadistas da história do país, as comendas são das mais importantes do Estado. A festa serve de oportunidade para que as autoridades do presente enalteçam as virtudes de Juscelino, principalmente sua conduta democrática.
Em seu discurso, o governador enalteceu a importância de JK para o crescimento e desenvolvimento do Brasil. "Juscelino morreu em plena ação política, em busca da restauração pacífica do processo democrático nacional. (...) Ele nos faltou no difícil processo da transição democrática", afirmou.
Um comentário:
Bituca canta:"Todo artista deve ir onde o povo está". Lendo a postagem, fico refletindo a que ponto chegou a Minas Gerais (Terra da liberdade?) e seus conservadores políticos.Só para ilustrar meu descontentamento: "Eu era bem jovem com meus "puros" dezoito anos e viajava de trem para Vitória(ES). O que me chamava atenção era os milhares de vagões carregados de minério de ferro que eram transportados para o porto em Vitória e de lá para o exterior. Meus amigos mineiros, quarenta anos depois(não é quarenta dias) quarenta anos depois os vagões continuam correndo os trilhos e mandando minério para o exterior e engordando os cofres públicos governamentais. Agora pergunto ao povo da nossa Minas Gerais: Como pode um governador e sua equipe dizer que não pode pagar um salário melhor para o funcionalismo público e em especial para os professores? Enquanto isso os bolsos dos políticos em sua maioria estão cada dia mais gordos e a mesa do trabalhador cada dia mais vazia. Para não esquecer eu pergunto ao povo do Vale do Jequitinhonha: Onde está o Deputado que vocês elegeram? Fica ai mais uma vez um alerta: Vamos votar no candidato de nossa terra pois é " na minha, na sua cidade que começamos a ser feliz".
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