A crise do PT mineiro
Rudá Ricci
Vou dar minha contribuição para o debate a respeito da crise do PT de Minas Gerais, talvez a mais grave de toda sua existência.
1) A disputa entre Fernando Pimentel e Patrus Ananias dividiu o partido e bloqueou a emergência de novas lideranças. O partido está esclerosado, sem espaço para representação a partir das diversas regiões do Estado;
1) A disputa entre Fernando Pimentel e Patrus Ananias dividiu o partido e bloqueou a emergência de novas lideranças. O partido está esclerosado, sem espaço para representação a partir das diversas regiões do Estado;
2) A disputa criou um falso dilema entre os dois estilos: o pragmático e o comunitarista. Assim, esvaziou a capacidade de formulação do partido em MG. O partido, hoje, mais reage ou faz somatória de problemas/reivindicações sociais;
3) Não há organicidade da militância. O partido gira ao redor de parlamentares. E os parlamentares adotaram lógica de feudo, esquadrinhando todo o Estado em áreas de reserva eleitoral;
4) Esta lógica acabou por polarizar e interferir nas disputas internas do movimento sindical. Lembremos que é o sindicalismo de funcionalismo público que mais cresce e se fortalece no país. As disputas entre chapas para conquista da direção desses sindicatos estão diretamente associadas às disputas no interior do partido.
Enfim, o método político é o mais equivocado possível. E nenhum petista chama para si a responsabilidade de alterar tal lógica.
Enfim, o método político é o mais equivocado possível. E nenhum petista chama para si a responsabilidade de alterar tal lógica.
Meu comentário:
A distribuição de feudos políticos em torno de parlamentares é real. Mas não é só em Minas. E isso engessa o partido. Poucos deputados, prefeitos ou vereadores se colocam partidariamente além dos seus mandatos e suas bases eleitorais.
Mas, há excessões. O próprio Patrus Ananias, deputados André Quintão e Gilmar Machado mais alguns poucos são lideranças que pensam e militam no partido, incentivando diálogo com as bases sociais e partidárias mais diversificadas.
Uma saída para o PT é a retomada de Núcleos de Base, a partir de 9 militantes, com reuniões periódicas, com participação de não filiados convidados a oxigenar a estrutura partidária e sua inserção na sociedade.
O PT, para ser diferente dos outros partidos como se propôs, deverá retomar alguns ideários, fazendo auto-crítica permanente das suas teses e práticas, indo muito além dos governos que comanda ou que participa como aliado, e não temer criticá-los, transformando suas políticas.
A distribuição de feudos políticos em torno de parlamentares é real. Mas não é só em Minas. E isso engessa o partido. Poucos deputados, prefeitos ou vereadores se colocam partidariamente além dos seus mandatos e suas bases eleitorais.
Mas, há excessões. O próprio Patrus Ananias, deputados André Quintão e Gilmar Machado mais alguns poucos são lideranças que pensam e militam no partido, incentivando diálogo com as bases sociais e partidárias mais diversificadas.
Uma saída para o PT é a retomada de Núcleos de Base, a partir de 9 militantes, com reuniões periódicas, com participação de não filiados convidados a oxigenar a estrutura partidária e sua inserção na sociedade.
O PT, para ser diferente dos outros partidos como se propôs, deverá retomar alguns ideários, fazendo auto-crítica permanente das suas teses e práticas, indo muito além dos governos que comanda ou que participa como aliado, e não temer criticá-los, transformando suas políticas.
Publicado no Blog do Rudá
Um comentário:
PT mineiro, quem te viu e te conheceu e agora quem te vê? Lamentável...
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