Eles aguardam que o Brasil se transforme num Egito?
Não entendi até agora por qual motivo alguns afirmam que a crise se deve a um ou outro partido, a um ou outro governante. A crise é do modelo de representação política e as ruas deram todos os sinais neste sentido. O que repõe a tese de Francisco Weffort sobre a sociedade dual, onde os eleitores apenas participam com o voto, ficando o andar de cima, da elite política, totalmente desgarrada do restante da sociedade.
O que mais chama a atenção é a falta de sintonia dos políticos profissionais com as ruas. As manifestações, até agora, foram absolutamente educados, a despeito da violência de final de feira em algumas capitais.
Rapidamente, tentam desmontar todas propostas capazes de canalizar este desejo difuso das ruas para campo institucional. Como se a participação do cidadão fosse um risco a um modelo equilibrado de representação formal. Qual outro sinal que esperam? Alguma nova mobilização, mais direta e aguda, tal como os levantes no Egito?
O que mais chama a atenção é a falta de sintonia dos políticos profissionais com as ruas. As manifestações, até agora, foram absolutamente educados, a despeito da violência de final de feira em algumas capitais.
Rapidamente, tentam desmontar todas propostas capazes de canalizar este desejo difuso das ruas para campo institucional. Como se a participação do cidadão fosse um risco a um modelo equilibrado de representação formal. Qual outro sinal que esperam? Alguma nova mobilização, mais direta e aguda, tal como os levantes no Egito?
Análise do cientista político Rudá Ricci, em seu Blog
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