FESTIVAL DE INVERNO EM DIAMANTINA SERÁ DIFERENTE ESTE ANO
Inscrições para oficinas abrem na semana que vemPROGRAMAÇÃO CULTURAL TERÁ SHOWS E DEBATES |
O interior de Minas Gerais assiste, de longe, na maior parte do ano, à diversidade de atrações agendadas para Belo Horizonte. A oferta da capital é grande: das artes plásticas aos eventos internacionais, passando pela música, teatro, cinema, debates e palestras. A situação só se inverte em algumas cidades do estado no mês de julho, com os festivais de inverno, quando universidades e municípios se unem na promoção da ação cultural mais significativa de seus calendários culturais. A contagem para as próximas edições dos festivais já começou e, nos próximos dias, serão abertas as inscrições das oficinas. A maioria é gratuita ou a preços populares e as vagas são limitadas.
A timidez das políticas públicas de interiorização da cultura, pelo menos nessa época do ano, tem sido minimizada pela ação provocativa de extensão de instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Desde que iniciou a promoção do festival em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, a 285 quilômetros de BH, tem sido palco de intervenções contemporâneas, provocando a regionalização de ações artísticas e deixando um legado importante no entorno da cidade. A experiência deve voltar a ocorrer entre 15 a 26 de julho, quando a UFMG promove a 44ª edição do evento, com o tema Bem comum. A proposta é assegurar a troca de experiências entre diferentes saberes (acadêmicos e tradicionais) e práticas (materiais e imateriais), acolhendo outros sujeitos e outras formas de conhecimento das culturas indígenas, afro-brasileira e popular.
O método de trabalho em Diamantina será diferente nesta edição. Além da busca de maior aproximação com artistas da própria cidade, a tentativa será a de tornar mais coletivo o processo e a difusão do conhecimento cultural. Para isso, a UFMG mudou a estrutura de funcionamento do festival. Em lugar de grandes áreas de conhecimento ligadas às artes, a programação será distribuída em segmentos batizados de “casas”. Seguindo essa lógica, haverá uma casa para a cidade, outra para os cantos e a escuta, uma casa para a memória, uma para o corpo e, por fim, uma casa para abrigar a palavra. A intenção é que o próprio processo de diálogo entre os participantes seja considerado um dos resultados.
Entre os dias 15 e 26 de julho, o Festival de Inverno da UFMG terá participação dos cineastas Andrea Tonacci e Ariel Ortega e do Coletivo Alumbramento, da Filmes de Quintal. Também está prevista a vinda dos arquitetos equatorianos do grupo Al borde, da artista urbana Graziela Kunsch, da Usina Cooperativa de Arquitetos (responsável pelos assentamentos do MST) e do grupo Coloco, coletivo de paisagismo francês. O início das inscrições para as oficinas deverá ocorrer a partir do dia 15 e serão gratuitas.
Informações: www.ufmg.br
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