Carnavais do Vale movimentam mais de 70 mil turistas
Diamantina, Minas Novas, Berilo e Jequitinhonha batem recorde de visitantes
Os carnavais do Vale do Jequitinhonha farão grande movimentação em algumas cidades da região.Diamantina é a mais concorrida pois receberá cerca de 35 mil turistas durante os 4 dias de folia.
Os cálculos dos organizadores é que a festa carnavalesca movimentará R$ 17,5 milhões na cidade. Então, moçada, preparem-se para os gastos momescos. A cidade aproveita da festa para fazer poupança e ganhar uns trocados extras.
Os restaurantes e bares trabalham 24 horas por dia, gerando milhares de empregos temporários.
Casas e galpões são transformados em pousadas, barracas de bebidas e comidas surgem do dia pra noite, carros particulares são alugados, guias turísticos improvisados, professores de línguas estrangeiras viram tradutores. E por aí vai. Todo mundo engorda um pouco a sua receita doméstica.
Minas Novas sempre se agitou no carnaval. Cada vez mais sua festa momesca vem sendo descoberta por foliões que gostam do carnaval mais popular. Espera-se a visita de 15 mil pessoas durante os dias de festa. Porém, não há estrutura hoteleira, nem restaurante para atender a tantos turistas. Muitos brincam carnaval na cidade e dormem em hotéis e pousadas de Turmalina e Capelinha.Durante o dia tem a Barragem das Almas, no rio Fanado, a 3 km da cidade. À noite, trio elétrico.
É o carnaval mais comunitário, mais hospitaleiro. Os convidados para a festa ficam nas casas de quem os convidou. Quem entra nas casas da cidade durante o carnaval, principalmente na parte da manhã, terá que saltar corpos espalhados nos colchonetes espalhados pelo chão.
O trio elétrico não cobra abadá ou outra taxa que segrega. "Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu.." os foliões do frevo lembam a música de Caetano Veloso.
Aliás, o carnaval de rua começou contra os bailes de elite. O Bloco A Patota, em 1977, formado por estudantes da cidade e região, pungava na Caminhoneta do Embrava, batendo latas e alguns instrumentos improvisados, tirando os foliões do antingo Clube, trazendo-os para a rua.
Agora, ressurge o Camarote Fanadeiros, com 800 lugares. Quem tem R$ 200,00 ou mais para gastar e não quer mistura, pode ir pra lá. Talvez seja quem mais fatura no carnaval popular.
Mas o povão continua no chão, dançando frevo, axé, samba, arrocha e outros ritmos alucinantes.
E toma suas biritas nos bares e barraqunhas.
Em Berilo, o carnaval também acontece na rua, na praça e nas praias do rio Araçuaí. A organização espera mais de 8 mil pessoas nos quatro dias de folia.Folionas Rosinhas do Bloco da Ressaca, de Berilo
A Polícia Militar calcula que o número de visitantes será maior nesse ano devido ao asfalto de acesso a Francisco Badaró, Jenipapo de Minas e Araçuaí.
A grande maioria dos foliões vem das cidades vizinhas e berilenses ausentes, moradoras de outras cidades do país.
Não é preciso pagar nada para participar das grandes concentrações da Praça Dr Antônio Carlos.
O trio elétrico Sarapinga anuncia que sairá no sábado e segunda-feira, cobrando R$ 30,00 por abadá.
As pousadas e hotéis existentes estão todos lotados. As casas de amigos e conhecidos se abrem para receber os convidados.
Restaurantes, bares e barracas de comidas e bebidas faturam. Porém, ninguém quer divulgar a estimativa de ganhos com a festa.
Jequitinhonha espera receber mais de mil 10 visitantes na festa carnavalesca, no ano em que comemora 200 anos.
Seus mais de 20 blocos saem pelas ruas e avenidas da cidade, criando muita animação. Há blocos para todos os gostos e valores. Uns cobram o simbólico R$ 10,00 para as despesas de bebida e tropeirão. Mas, há camarotes chiques que oscilam em torno de R$ 400.
Há muitos grupos de batuques que racham despesas, pela periferia da cidade ou à beira do rio Jequitinhonha.
Outras cidades com carnavais com pouca tradição também recebem centenas de visitantes de cidades vizinhas: Itinga, Itamarandiba, Coronel Murta, Medina, Pedra Azul, Almenara e outras mais.
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