segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vale do Jequitinhonha terá Museu da Cachaça

Salinas, no Vale do Jequitinhonha, no norte do Estado, vai ganhar um Museu da Cachaça. A cidade é conhecida em todo o mundo pela qualidade na produção de cachaça de alambique. Os recursos para a construção do prédio chegam a três milhões e meio de reais e já foram liberados pelo Governo de Minas. Em Minas Gerais são produzidos 200 milhões de litros de cachaça por safra, 50% da produção nacional. O Estado tem mais de oito mil alambiques. Salinas é a maior produtora de cachaça do Brasil e do mundo. A boa qualidade da cachaça produzida na região é por causa do clima quente e seco, proporcionando uma cana com alto teor de açúcar. Na cidade existem pelo menos 150 fabricantes de cachaça.
CAPITAL DA CACHAÇA
Salinas é considerada a capital mundial da cachaça. Atualmente, 50 marcas produzem cerca de cinco milhões de litros por ano, que são comercializados no país e no exterior. A apreciada cachaça artesanal é elaborada em alambiques de cobre e envelhecida nos mais diversos tipos de tonéis, como os de bálsamo. A colheita é manual e o processo de fermentação leva até quinze horas. As cachaças produzidas em Salinas são exportadas para Portugal e Estados Unidos. Entre as marcas de destaque, a mais conhecida e valorizada é a Havana, fabricada, desde os anos 50, por Anísio Santiago. Graças a cachaça, só no ano passado o Estado arrecadou do setor, em ICMS, quase um milhão e meio de reais. Agora, a bebida, tipicamente mineira, vai ganhar um museu. No projeto do governo de Minas junto com a Prefeitura da cidade, serão investidos quatro milhões de reais. O Museu da Cachaça será construído numa praça da Salinas e vai ter um espaço também para a realização de negócios entre produtores.
POLÍGONO DA CACHAÇA
A região de Salinas composto pelos municípios de Taiobeiras, Rio Pardo de Minas, Santa Cruz de Salinas, Curral de Dentro, Fruta de Leite, Novo Horizonte, Padre Carvalho, Rubelita, Comercinho e Coronel Murta é considerado como Polígono da Cachaça. Quase todas as aguardentes produzidas na microrregião primam pela qualidade do produto.
Além das condições do solo e do clima, uma tecnologia desenvolvida por Anísio Santiago, fabricante da Havana, se espalhou pro toda a região, construindo um conhecimento popular que o saber acadêmico da agroindústria tenta desvendar. A ex- Escola Agrotécnica Federal de Salinas, hoje unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais, abriga o primeiro curso de Tecnologia em Cachaça de Alambique, desde 2005.
Com informações do
Diário do Jequi e do Ministério da Educação

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