Migração da região tem mais de 130 anos
A migração de trabalhadores rurais sempre foi uma constante na vida das famílias do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas. Segundo o professor e pesquisador, Eduardo Ribeiro, da Universidade Federal de Lavras, a migração acontece desde os anos de 1880. Portanto, há quase 130 anos. Segundo o professor, no seu belo livro “Lembranças da Terra, Histórias do Mucuri e Jequitinhonha”, os lavradores saíam, pois o período de março a setembro a terra carecia de pouco trabalho.
No seu livro, ele afirma que os lavradores, “desde 1880, começaram a procurar serviço fora, peregrinar temporariamente por outras regiões agrícolas. Primeiro no próprio nordeste de Minas, depois mais longe, até São Paulo, Paraná, Goiás. Saíam Há 100 anos atrás para colher café na “Mata de Ponte Nova” a atual Zona da Mata mineira. Depois iam em grupo colher o café na “Mata de Teófilo Otoni”, onde eram chamados de “chapadeiros”. Foram depois para São Paulo, também colher café nos anos de 1930 a 1950, levados pelo Serviço de Migração, que lhes pagava passagens. Foram ainda ao Paraná, e depois Goiás, e de novo São Paulo, para a colheita da cana. Nessa viagens , os trabalhadores iam para trabalhar uns tempos ou para ficar de vez; muitos ficaram, outros voltaram; nas viagens muitos parentes se espalharam, outros perderam-se para sempre.”
Pesquisa e compromisso
Eduardo Ribeiro é um dos maiores conhecedores do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, não só como pesquisador como nativo de Carlos Chagas. Sua mãe é de Araçuaí. É economista, pela UFMG, com mestrado e doutorado pela Unicamp. Sua tese de doutorado é sobre a contribuição dos tropeiros na construção e povoamento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Eduardo continua pesquisando e trabalhando com a organização de feiras de agricultores familiares do Vale. As feiras de Turmalina, Minas Novas, Chapada do Norte, Berilo e Araçuaí já mereceram profundos estudos deste professor e militante das causas populares do Vale. Seus estudos são retornados para os pesquisados para estes fazerem seus usos devidos e descobrirem alternativas de viverem melhor.
Que outros estudiosos da nossa região se mirem no seu exemplo.
No seu livro, ele afirma que os lavradores, “desde 1880, começaram a procurar serviço fora, peregrinar temporariamente por outras regiões agrícolas. Primeiro no próprio nordeste de Minas, depois mais longe, até São Paulo, Paraná, Goiás. Saíam Há 100 anos atrás para colher café na “Mata de Ponte Nova” a atual Zona da Mata mineira. Depois iam em grupo colher o café na “Mata de Teófilo Otoni”, onde eram chamados de “chapadeiros”. Foram depois para São Paulo, também colher café nos anos de 1930 a 1950, levados pelo Serviço de Migração, que lhes pagava passagens. Foram ainda ao Paraná, e depois Goiás, e de novo São Paulo, para a colheita da cana. Nessa viagens , os trabalhadores iam para trabalhar uns tempos ou para ficar de vez; muitos ficaram, outros voltaram; nas viagens muitos parentes se espalharam, outros perderam-se para sempre.”
Pesquisa e compromisso
Eduardo Ribeiro é um dos maiores conhecedores do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, não só como pesquisador como nativo de Carlos Chagas. Sua mãe é de Araçuaí. É economista, pela UFMG, com mestrado e doutorado pela Unicamp. Sua tese de doutorado é sobre a contribuição dos tropeiros na construção e povoamento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Eduardo continua pesquisando e trabalhando com a organização de feiras de agricultores familiares do Vale. As feiras de Turmalina, Minas Novas, Chapada do Norte, Berilo e Araçuaí já mereceram profundos estudos deste professor e militante das causas populares do Vale. Seus estudos são retornados para os pesquisados para estes fazerem seus usos devidos e descobrirem alternativas de viverem melhor.
Que outros estudiosos da nossa região se mirem no seu exemplo.
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