Poesias sobre o Amor
Um rio
Amar talvez seja uma viagem!
Saudável em alguns momentos;
Descobertas, tropeços mil,
Aconchegos e atropelos.
O acalanto soa em prantos
Quando o viajar parece longe.
A saudade pode satisfazer
Ou enlouquecer
Um coração que foge ou luta,
Na imensidão de uma estrada,
Em um caminho novo a seguir
A cada dia
E a cada encontro
Que o dia-a-dia não propicia.
Nossos rios são longos
Largos, infinitos;
Estreitas são as embarcações em que navegamos,
As estradas que cruzamos,
As curvas que encontramos.
Infindos são os caminhos que imaginamos.
Serenas são as atitudes pelas quais optamos.
Uma recusa apagaria uma emoção
Que está por vir...
Se isso não é amar,
Tenho que procurar outra forma de sentir...
Olhando assim
Como um cometa,
Forte e de vez em quando.
Como náufragos
Ao beijarem a terra.
Alegria e espanto,
Viagem sem rumo
Ao sabor da pele.
Contempla miragens
No deserto que reflete a alma.
Aquece e acalma,
Arde, queima
A longa caminhada.
Forte e de vez em quando.
Como náufragos
Ao beijarem a terra.
Alegria e espanto,
Viagem sem rumo
Ao sabor da pele.
Contempla miragens
No deserto que reflete a alma.
Aquece e acalma,
Arde, queima
A longa caminhada.
DISTANTE MONNA LISA
Monna Lisa, ser distante.
É tão pouco
Ter o universo a teus pés
E infinitamente distante das minhas mãos?
Monna Lisa, ser distante.
Paixão é mergulhar num rio
Sem saber nadar.
Qualquer desatenção é fatal.
Transforma-se em amor.
Monna Lisa, ser distante.
Quero ser pleno,
Quero o amor profundo,
Agarrar-te pelas raízes.
Não me importa
A profundidade do rio.
Luiz Carlos Prates
Virgem da Lapa - Médio Jequitinhonha
Contribuição poética para o Dia dos Namorados.
São poesias das diversas faces do Amor que estão em dois livros meus: "Um Rio (1997) e Mãos e Poesias (2007)".
Nenhum comentário:
Postar um comentário