segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Outro Olhar: "Vale do Jequitinhonha, uma terra em desenvolvimento"

 Pesquisadores afirmam que indicadores oficiais demonstram desigualdade, mas não captam a riqueza produzida na região

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
 
Há valores não monetários no Vale do Jequitinhonha que enriquecem a economia local, a relação comercial entre regiões e a qualidade de vida
Há valores não monetários no Vale do Jequitinhonha que enriquecem a economia local, a relação comercial entre regiões e a qualidade de vida - Foto: Maurício Gomes/Idene

Variedades de peixes, frutos diversos, rica vegetação, terras férteis, música de reconhecimento internacional, cultura tradicional, e um povo forte, criativo e trabalhador. Esse é o Vale do Jequitinhonha, uma região de desenvolvimento crescente.

A afirmação pode parecer controversa, já que o Vale é conhecido pela sua pobreza e falta de investimentos, mas diversos estudos e estudiosos apontam o contrário. “Historicamente o desenvolvimento tem a ver com trabalho assalariado, renda por habitante, melhoria no padrão de vida, acumulação de capital, investimento produtivo, consumo. Ou seja, é um fenômeno do capitalismo”, explica Davidson Afonso de Ramos, doutor em Sociologia, professor da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e pesquisador do Projeto Veredas Sol e Lares. Ele defende que a ideia de desenvolvimento está ligada, de forma geral, ao crescimento, que pode ser medido por indicadores como PIB, IDH e outros.

O Vale do Jequitinhonha é tido como região empobrecida se olhado por estes indicadores oficias. O PIB, por exemplo, representa apenas 1,4% do estado de Minas Gerais, segundo dados do IBGE de 2014. A antropóloga e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Flávia Maria Galizoni afirma que diversas relações econômicas do Vale do Jequitinhonha não são consideradas para a elaboração deste indicador. 

“Essa visão do ‘Vale da Miséria’ é uma perspectiva, mas é feita a partir de situações que usam índices e medições que dizem muito pouco sobre a realidade local, que é principalmente de agricultura familiar e pesca”, afirma.

Para ela, há desenvolvimento no Vale e potencial para crescer ainda mais. Segundo a pesquisadora, há valores não monetários produzidos no Vale do Jequitinhonha que enriquecem a economia local, a relação comercial entre regiões e a qualidade de vida da população, como as feiras livres.

Produção de alimentos e indústria doméstica

Foto: Maurício Gomes/Idene

Um estudo realizado por Flávia em parceira com o também professor da UFMG Eduardo Magalhães Ribeiro aponta que no Jequitinhonha as feiras respondem por parte importante do abastecimento com produtos locais, que atende entre 16,70% e 44,22% da população total.

O que é chamado pelos especialistas de indústria doméstica no Jequitinhonha fortalece uma rede de comércio na região que fica de fora dos índices oficias de economia, como os intermediários, a venda direta ao consumidor e o autoconsumo.

O estudo, intitulado “Programas sociais, mudanças e condições de vida na agricultura familiar do Vale do Jequitinhonha Mineiro”, aponta que entre as famílias de produtores rurais, de 45% e 81% se alimentam do que plantam, ou seja, praticam o autoconsumo. Se fosse definido o preço desses alimentos produzidos e consumidos pela própria família, isso corresponderia a entre 26% e 40% de um salário mínimo mensal.

“Quando em 2002 se falava em garantir o direito a todo brasileiro de ter no mínimo três refeições por dia, a população do Jequitinhonha já comia quatro vezes ao dia, porque produz seu próprio alimento. Isso faz do Vale uma região rica”, conclui a antropóloga.

História de exploração e resistência


Foto: Duarth Fernandes/Arquivo CAV
Geralda Chaves Soares, conhecida como Gera, é filha do Vale do Jequitinhonha e pedagoga. Ela é ativista da causa indígena e atua na região há mais de 20 anos. Gera afirma que é impossível entender o Vale do Jequitinhonha sem olhar para a história de perseguição e exploração na região.

Ela conta que a região era povoada por indígenas de diversas etnias, com vasto conhecimento do território e suas riquezas. Mas a colonização do Brasil trouxe a guerra e a destruição. “Ao longo de toda a nossa história, o povo do Vale do Jequitinhonha era indígena, donos das terras, altivos e autônomos. Depois se tornaram inimigos do Estado, passaram ser caçados e foram feitos escravos. Tiverem que se esconder na mata e se tornaram posseiros, e em seguida moradores das periferias das fazendas”, destaca a pedagoga.

Gera sustenta que a história de luta do povo de Jequitinhonha se estende até os dias de hoje, na resistência em comunidades quilombolas, indígenas, movimentos sociais e organizações do povo. “É uma população atingida pelo discurso do progresso”, resume.

Assim como Geralda, o professor Mateus de Moares Servilha, educador e escritor, aponta a necessidade de se entender a história para falar de desenvolvimento no Jequitinhonha. Ele explica que a ideia de desenvolvimento regional tem origem no fim da década de 1950, com a criação da Sudam, Sudene, IBGE e outros órgãos.

Eles tinham o papel realizar pesquisas e criar índices nos estados brasileiros, apontando a melhor forma de exploração das regiões para o que era chamado de desenvolvimento no país. A partir dos estudos, se pensava qual papel a área iria cumprir na divisão da produção nacional. Nasce aí a “vocação do Vale do Jequitinhonha”, como justificativa para os muitos empreendimentos de exploração da terra implantados desde então.

“De lá pra cá temos o primeiro grande projeto de desenvolvimento do Jequitinhonha, apoiado pela Codevale com isenção fiscal, que foi a monocultura de eucalipto. O projeto chega com o discurso do ‘Vale da Miséria’, que vai gerar a salvação do povo do Vale. Suas consequências são muito graves, pois é um projeto que amplia significativamente a concentração de terras”, denuncia Mateus. Ele lembra que esse foi só o início dos muitos empreendimentos que estão no Vale atualmente, como a exploração de minérios diversos, criação de bovinos, e pequenas e grandes hidrelétricas.

Desenvolvimento: só é possível com o povo

“Aqui ninguém foi consultado se queria eucalipto, veio de cima pra baixo. Se estamos tendo problemas hoje com as águas e outras questões é por causa desse tal desenvolvimento. Devia era ter mais envolvimento, o povo poder dizer a sua palavra”, indigna-se Geralda.

Para os especialistas entrevistados, a construção do plano de desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha deve ser elaborada pelos próprios moradores do local, buscando-se compreender suas potencialidades e as melhores formas de realizá-las.

“Existem cadeias produtivas e outras alternativas possíveis que não esses megaprojetos desenvolvimentistas, que empregam pouco e ainda trazem impactos negativos do ponto de vista ambiental e social. Eles trazem mais danos do que desenvolvimento. O projeto Veredas Sol e Lares, por exemplo, não se baseia nos planos clássicos de desenvolvimento, pois busca uma construção de baixo pra cima, com participação popular em todos os pontos”, exemplifica Davidson.

As grandes potencialidades do Vale do Jequitinhonha são também exaltadas pela antropóloga Flávia Maria. “Há uma perspectiva que vê o Jequitinhonha como região de desigualdade, mas isso poderia ser visto como potências de desenvolvimento. Dentro da diversidade do Vale, vemos um conjunto de comunidades que constroem iniciativas muito ricas”, completa.

Bons exemplo de uma destas iniciativas é o Programa de Aquisição de Alimentos, gerido pela Conab/Mapa, que compra de camponeses para distribuir entre organizações sociais da região, além do programa Um Milhão de Cisternas, gerido pela rede de organizações da sociedade civil Articulação do Semiárido (ASA), que descentraliza a oferta de água por meio de cisternas construídas com força de trabalho das próprias localidades.

A ativista Geralda destaca as inúmeras experiências de resistências contra os grandes projetos no Vale do Jequitinhonha e também experiências de produção, como a tecelagem, sementes crioulas, agroecologia. “Pra mim, pobreza é outra coisa. Nós somos ricos, temos cultura, um conhecimento enorme das nossas águas e nossas terras, temos uma herança cultural, tradições religiosas. Isso é vida” conclui.

Veredas

O projeto Veredas Sol e Lares, em andamento na região há mais de um ano, prevê a construção de uma usina fotovoltaica em Grão Mogol que deve ser gerida pela população do Vale do Jequitinhonha. O Veredas chega à região com a proposta de construir um plano de desenvolvimento, mas desta vez, em conjunto com a população, buscando a potencialidade do Vale e suas múltiplas formas de realização. Conheça mais aqui.

Edição: Joana Tavares

Fonte: https://www.brasildefatomg.com.br/2019/07/25/vale-do-jequitinhonha-uma-terra-em-desenvolvimento


quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Reitor da UFVJM assume golpismo e tenta bloquear a BR 367, em Diamantina.

Reitor pediu ajuda à PMMG para bloquear 

rodovia.

Estudantes, professores e outros servidores 

denunciam e exigem fim da intervenção                       

 

Janir Alves Soares confessa que integra grupo de 

golpistas contra a posse de Lula

Reportagem de Aloisio Morais, no jornalistaslivres.org, em 02/11/2022.

Janir Soares, golpista e reitor da Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - 
Foto de Redes Sociais.

Acredite se quiser: desesperado ao vislumbrar a perda do  cargo em breve,  

o reitor da Universidade Federal dos Vales    do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), 

Janir Alves Soares, de 51 anos, protocolou ontem documento encaminhado ao 

comandante do 3° Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais pedindo apoio 

para o bloqueio de rodovia no Alto Vale do Jequitinhonha. Teve ainda a cara 

de pau de afirmar que tratava-se de um movimento “pacífico” contra o presidente 

eleito    Luiz Inácio Lula da Silva, que criou a universidade em Diamantina, onde, 

por sinal, Janir recebeu o diploma de dentista.                                                 

“Eu sou Janir Alves Soares, membro de um grupo de pessoas diamantinenses e 

apoiadores do movimento nacional pela   INTERVENÇÃO FEDERAL, contra a posse

 de um LADRÃO, DESCONDENADO e CORRUPTO que pretende assumir a 

presidência do nosso país”, escreveu o reitor. E continuou: “Nosso grupo está 

representado por trabalhadores, cidadãos ordeiros e patriotas, razão  pela qual 

manifestamos nossa reprovação ao resultado desta eleição presidencial ocorrida 

neste mês de outubro de 2022. Além disso,    estamos bastante temerosos à pauta 

econômica, da educação, da liberdade de imprensa (censura), da liberdade de   

expressão, da agenda de costumes, da intolerância religiosa,  enfim, do regime de 

governo comunista defendido pelo ex-presidente Lula”, acrescentou o cidadão 

“ordeiro” ao pretender  bloquear o direito de ir e vir.


      




                                                      




Reitor Janir Soares, de blusa cinza e manga comprida, à beira da BR 367, em Diamantina, 

no Alto Jequitinhonha. Ele conseguiu atrair poucos manifestantes golpistas do Movimento 

Direita Minas, do qual faz parte . Foto: DCE-UFVJM                                                                       

O reitor informou ainda que o bloqueio seria feito na BR-367, em Diamantina. 

“Com antecipadas escusas pela demora desta    comunicação, esclareço a 

Vossa Senhoria que nesta data, como    já frisei, estamos realizando uma 

movimentação pacífica, com    bloqueio na BR-367, nas mediações do 

Restaurante Pau de Fruta. O movimento iniciou-se hoje, às 12 horas e deve 

estender-se por 48   horas”, disse.    Janir detalhou ainda que “a pista está 

sendo sinalizada por cones e  pneus; as pessoas da nossa equipe estarão 

bloqueando apenas uma   pista e impedindo a passagem apenas de caminhões, 

desde que estes não estejam transportando alimentos e outros itens      

considerados de uso essencial, a exemplo de carga de remédios,     veículos da 

Cemig, Copasa, carga viva e similares. Os demais  veículos seguirão seu curso 

normal. Aos caminhoneiros serão providos apoio como água, alimentos, café.”      

E, pra terminar, o reitor pediu o apoio da PM: “Nesta oportunidade, se ainda 

possível, solicito o apoio da polícia militar, no sentido da manutenção da 

normalidade perante possíveis atos de provocação         por parte de pessoas 

contrárias à esta manifestação pacífica”,  concluiu, sem deixar dúvida de que 

não é bom de português.

Reitor é interventor bolsonarista                                                          

A direção do DCE Diretório Central dos Estudantes da UFVJM denuncia    

Janir Soares como um interventor bolsonarista.  Ele foi candidato a Reitor, 

sendo nomeado em agosto de 2019. Ele ficou em quarto lugar. Negociou a 

renúncia do terceiro  lugar para ele entrar na lista tríplice.  Fez  o 

compromisso de nomear para cargos de assessoria e Pró-Reitoria  

quem o governo bolsonarista indicasse.  Não recebeu nem 6% dos votos.  

Ele tem como assessor especial da reitoria Bruno Gomides, de 25 anos, 

seguidor do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.           

Gomides aparece nas redes sociais exercendo um forte ativismo            

em grupos de extrema direita e seria estudante de Economia na Universidade 

de Brasília (UnB).






                                                                                                      



Janir ao lado do ex-Ministro da Educação Abraham Weintraub, que hoje odeia Bolsonaro.

Foto:Redes Sociais

A gestão de Janir é caracterizada por grande parte do corpo de docentes 

e discentes como autoritária e chegou a ser denunciada em nota pelo Diretório 

Central dos Estudantes, pelo Sindicato dos Docentes e pela Associação de 

Pós-Graduandos da instituição.             

"As diretorias do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal dos Vales 

do Jequitinhonha e Mucuri (ADUFVJM/Seção Sindical do ANDES-SN), do 

Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (SINDIFES) 

e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFVJM vêm a público 

repudiar veementemente a PARTICIPAÇÃO DO REITOR INTERVENTOR DA 

UFVJM, JANIR ALVES SOARES, EM AÇÕES ANTIDEMOCRÁTICAS E 

ILEGAIS EM DIAMANTINA, MINAS GERAIS, assumindo iniciativas golpistas 

e criminosas perpetradas pela extrema direita fascista no Brasil, na 

tentativa de desestabilizar o país", afirma o documento.                                                                                                   

Na segunda-feira, 31.10,  estudantes, professores e servidores 

administrativos fizeram manifestação denunciando 3 anos de intervenção, 

com exigência de  "Fora Jair e Janir!".











Manifestação da comunidade universitária no campus da UFVJM, dia 31.10,                                                         em    Diamantina,  exigindo o fim da intervenção na universidade . Foto: DCE-UFVJM.

Para    Bruno Araújo, professor da Universidade Federal de Mato Grosso   

 (UFMT) e pesquisador de mídia e política do grupo internacional  de 

pesquisa Observatório do Populismo do Século 21, trata-se de um 

posicionamento lamentável e intolerável.

“O dirigente de uma instituição pública de ensino federal como  uma 

universidade estaria impedido por princípio de apoiar atos de 

natureza antidemocrática porque a universidade é o espaço  da 

democracia, do diálogo. É uma das instituições republicanas mais 

importantes de qualquer Estado. Elas só existem no contexto  de uma 

sociedade livre e democrática”, afirmou o pesquisador ao site PNB On Line. 

Na avaliação de Araújo, a atitude de Janir é incompatível com a  liturgia do 

cargo e com os princípios que devem reger uma  instituição de Estado como 

é a Universidade. “Na medida em que o dirigente sente-se autorizado a apoiar

 direta ou indiretamente   de atos que afrontam a vontade soberana da 

população manifestada    nas urnas o que ele faz é tomar uma atitude que 

fere de morte os princípios mais básicos do regime republicano, que é o 

único  no qual as universidades podem funcionar de forma livre”. 

O FORIPES-MG, forum que congrega universidades federais, institutos 

federais, o CEFET-MG e as universidades estaduais      divulgaram 

ontem um documento em defesa do resultado  eleitoral  e da normalidade 

democrática. Dezessete reitores  assinaram o documento, apenas Janir Alves 

Soares recusou a  deixar sua assinatura.

Fontes: jornalistaslivres.org,  DCE UFVJM, ADUFVJM/Seção Sindical do 

ANDES-SN) e SINDIFES.

Confira aqui no link abaixo informações sobre a posse e nomeação         

do Janir Soares como Reitor da UFVJM, em 2019, numa verdadeira intervenção:                                                    http://blogdobanu.blogspot.com/2019/08/balburdia-na-ufvjm-bolsonaro-nomeia.html


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Lula deve vitória ao norte de Minas, Vales do Jequitinhonha e Mucuri


O norte e nordeste de Minas seguiram na mesma linha do nordeste brasileiro. Majoritariamente, votaram em Lula. Foram 407.173 votos de frente nas duas macrorregiões.

O presidente Lula venceu a eleição com 2.139.645 votos de frente de Bolsonaro. Essa diferença contou com 949.246 votos dados a Lula, nas regiões norte e nordeste de Minas, com uma frente de 407.173 votos. Bolsonaro conseguiu 542.773 votos.

No norte de Minas, Lula obteve  596.376 votos ou 62,46%; contra 358.444 votos de Bolsonaro ou 37,54 %. Uma frente pro petista de 237.932 votos.

No Vale do Jequitinhonha/Mucuri, Lula obteve 65,69 % dos votos ou 352.870. Já Bolsonaro obteve 184.329  votos ou 34,31 % do total de válidos. Na região, a diferença pro petista foi de 168.541 votos ou 31,38 % de frente.

Portanto, o norte de Minas e o Jequitinhonha/Mucuri juntos, com 407.173 votos de frente pró-Lula, contribuíram com 19,03% do total da frente que levou o petista à vitória.

Outra região de Minas Gerais em que Lula ganhou foi a Zona da Mata. Lá Lula obteve 803.845 votos contra 587.239 votos dados a Bolsonaro. A frente do petista foi de 216.606 votos.

As três macrorregiões de Minas juntas totalizam 623.779 votos de frente de Lula. Ou seja, 29,16 % do total nacional que deu a vitória ao ex-presidente.

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 – SEGUNDO TURNO

RESULTADOS ELEITORAIS

Estado/País

Lula

%

Bolsonaro

%

MINAS GERAIS

6.190.960

50,20

6.141.310

49,60

BRASIL

60.345.999

50,90

58.206.354

49,10

Fonte: TSE – Tribunal Superior Eleitoral

NORTE DE MINAS

Candidato

1º Turno

   %

2º Turno

  %

Lula

566.021

60,80

596.376

62,46%

Bolsonaro

307.968

33,08

358.444

37,54%

Diferença

258.053

27,72

237.932

24,92

Fonte: TSE – Tribunal Superior Eleitoral

VALE DO JEQUITINHONHA/MUCURI

Candidato

1º Turno

   %

2º Turno

  %

Lula

332.501

63,65

352.870

65,69%

Bolsonaro

160.817

30,93

184.329

34,31%

Diferença

171.684

32,72

168.541

31,38

Fonte: TSE – Tribunal Superior Eleitoral

 

MACRORREGIÃO

 

LULA

 

 

BOLSONARO

 

 

Votos

%

Votos

%

Jequitinhonha/Mucuri

352.870

65,69

184.329

34,31

Norte de Minas

596.376

62,46

358.444

37,54

Zona da Mata

803.845

57,79

587.239

42,21

Central

2.228.985

49,35

2.287.495

50,65

Triângulo Mineiro

459.168

48,10

495.540

51,90

Rio Doce

446.136

46,92

504.644

53,08

Noroeste de Minas

105.899

46,96

119.741

53,07

Sul de Minas

715.586

43,38

933.879

56,62

Centro-Oeste de Minas

305.937

41,90

424.208

58,10

Alto Paranaíba

176.158

41,75

245.791

58,25

Fonte: TSE – Tribunal Superior Eleitoral

MUNICIPIOS DE MAIOR CONTIGENTE ELEITORAL

REGIÃO NORTE E NORDESTE DE MINAS

Município

LULA

BOLSONARO

 

 

Votos

%

Votos

%

Almenara

15.440

72,10

5.975

27,90

Araçuaí

12.340

66,06

6.339

33,94

Bocaiúva

19.692

70,65

8.182

29,35

Capelinha

12.197

57,22

9.118

42,78

Diamantina

19.045

68,73

8.664

31,27

Itamarandiba

11.656

62,58

6.969

37,42

Janaúba

22.182

55,60

17.712

44,40

Januária

26.063

75,62

8.405

24,38

Minas Novas

10.680

78,81

2.871

21,19

Montes Claros

111.080

48,75

116.755

51,25

Novo Cruzeiro

11.217

76,70

3.407

23,30

Nanuque

10.129

50,00

10.130

50,00

Pirapora

13.515

44,80

16.654

55,20

Porteirinha

14.983

63,91

8.462

36,09

Salinas

14.737

62,00

9.031

38,00

São Francisco

19.259

68,32

8.931

31,68

Taiobeiras

8.214

42,20

11.252

57,80

Teófilo Otoni

37.952

50,18

37.683

49,82

Fonte: TSE – Tribunal Superior Eleitoral

MAIORES VOTAÇÕES PROPORCIONAIS

NORTE DE MINAS E VALE DO JEQUITINHONHA

Municipio

LULA

BOLSONARO

 

 

Votos

%

Votos

%

Águas Vermelhas

4.657

70,11

1.985

29,89

Almenara

15.440

72,10

5.975

27,90

Aricanduva

2.308

70,43

969

29,57

Bandeira

2.578

81,80

573

18,18

Berilo

4.308

76,78

1.303

23,22

Berizal

2.162

71,54

860

28,46

Bocaiúva

19.692

70,65

8.182

29,35

Bonito de Minas

4.523

82,64

950

17,36

Botumirim

2.870

78,07

806

21,93

Brasilia de Minas

13.432

70,57

5.601

29,43

Campo Azul

2.137

79,00

568

21,00

Capitão Enéas

6.533

71,48

2.607

28,52

Caraí

7.228

77,72

2.084

22,38

Catuji

4.196

76,77

1.270

23,23

Catuti

2.369

73,66

847

26,34

Chapada do Norte

4.735

84,52

867

15,48

Comercinho

3.594

79,16

946

20,84

Cônego Marinho

3.635

84,42

671

15,58

Coração de Jesus

11.355

74,68

3.850

25,32

Coronel Murta

4.007

76,57

1.226

23,43

Couto Magalhães de Minas

2.043

78,40

563

21,60

Cristália

2.589

75,26

851

24,74

Crisólita

2.441

74,67

828

25,33

Datas

2.774

76,88

834

23,12

Engenheiro Navarro

3.222

72,86

1.200

27,14

Felisburgo

2.701

72,47

1.026

27,53

Francisco Badaró

3.201

71,82

1.256

28,18

Francisco Sá

10.303

72,72

3.865

27,28

Franciscópolis

2.352

71,14

954

28,86

Fruta de Leite

2.500

80,75

596

19,25

Glaucilândia

2.167

71,90

847

28,10

Gouveia

5.279

70,11

2.251

29,89

Grão Mogol

6.057

74,17

2.109

25,83

Guaraciama

3.312

83,45

657

16,55

Ibiaí

3.327

76,25

1.036

23,75

Ibiracatu

2.913

77,85

829

22,15

Icaraí de Minas

4.406

71,64

1.744

28,36

Itacambira

2.644

79,88

666

20,12

Itacarambi

6.405

70,83

2.638

29.17

Itinga

5.944

78,09

1.668

21,91

Januária

26.063

75,62

8.405

24,38

Japonvar

4.639

79,65

1.185

20,35

Jenipapo de Minas

2.744

75,47

892

24,53

Jequitaí

3.059                                                                                                                                                                                                      

70,48

1.281

29,52

Jequitinhonha

9.219

76,44

2.842

23,56

Joaíma

5.412

76,31

1.680

23,69

José Gonçalves de Minas

1.765

72,74

668

27,46

Josenópolis

1.618

75,33

530

24,67

Ladainha

5.661

74,75

1.912

25,25

Leme do Prado

2.083

73,14

765

26,86

Lontra

4.266

73,56

1.533

26,44

Luislândia

3.724

82,87

775

17,23

Matias Cardoso

3.556

72,10

1.376

27,90

Minas Novas

10.680

78,81

2.871

21,19

Mirabela

6.033

72,22

2.321

27,78

Miravânia

1.952

76,16

611

23,84

Monte Formoso

2.136

77,67

614

22,33

Novo Cruzeiro

11.217

76,70

3.407

23,30

Novo Oriente de Minas

4.168

73,50

1.503

26,50

Olhos D’Água

2.939

76,48

904

23,52

Padre Carvalho

2.205

70,97

902

29,03

Pai Pedro

2.881

75,52

934

24,48

Palmópolis

3.008

74,92

1.007

25,08

Patis

2.958

80,08

736

19,91

Pedras de Maria da Cruz

4.075

77,27

1.199

22,73

Pintópolis

3.145

73,36

1.142

26,64

Ponto Chique

2.001

79,03

531

20,97

Ponto dos Volantes

4.355

70,42

1.829

29,58

Presidente Kubistchek

1.864

84,54

341

15,46

Riacho dos Machados

3.878

71,89

1.516

28,11

Rio do Prado

2.341

79,76

594

20,24

Rubelita

3.895

82,31

837

17,69

Rubim

3.431

72,69

1.289

27,31

Santa Helena de Minas

2.859

74,73

967

25,27

Santa Cruz de Salinas

2.435

84,11

460

15,89

Santa Fé de Minas

1.734

75,79

554

24,21

Santo Antônio do Retiro

3.109

71,60

1.233

28,40

São Gonçalo do Rio Preto

1.613

77,59

466

22,41

São João da Lagoa

2.698

73,08

958

26,20

São João da Ponte

12.030

81,05

2.813

18,95

São João das Missões

5.239

71,75

1.678

24,26

São João do Pacuí

2.207

77,49

641

22,51

Senador Modestino Gonçalves

2.132

71,04

869

28,96

Serranópolis de Minas

2.149

71,87

841

28,13

Serro

8.281

73,85

2.933

26,15

Setubinha

4.499

79,91

1.131

20,09

Turmalina

8.423

70,76

3.481

29,24

Ubaí

4.987

76,38

1.542

23,62

Umburatiba

1.285

72,11

497

27,89

Varzelândia

8.075

75,33

2.644

24,67

Verdelândia

3.498

74,25

1.213

25,75

Veredinha

2.692

73,63

964

26,37

Virgem da Lapa

4.622

71,25

1.865

28,75


Fonte: TSE Tribunal Superior Eleitoral