terça-feira, 2 de abril de 2013

Frota de veículos em Itamarandiba aumenta 11, 6% em um ano.


Frota passou de 9.678 para 10.807 veículos 

automotores.


Diário do JequiAumento aponta para problemas e desafios na cidade
ITAMARANDIBA-MG:
O novo censo do IBGE sobre a frota de veículos no Brasil, em 2012, apontou o aumento de 1.129 novos veículos automotores na cidade, o que representa um crescimento de 11,6% em relação a frota de 2011 que era de 9.678 veículos.  De acordo com IBGE, em 2012 a frota passou para 10.807 veículos e, sendo assim, a relação veículo/habitante é de praticamente 1 veículo a cada 3 três habitantes na cidade. Já o aumento da frota registrado de 2005 a 2012 superou a 130% no período. O bom desempenho da economia do município, o incremento das atividades agrosilvopastoris no campo e o acesso facilitado ao crédito nos últimos anos podem ser fatores que contribuíram ao significativo aumento. Com o crescimento da frota cresce-se também o mercado local e novas lojas de veículos já apostam no desenvolvimento do setor na cidade. Mas de outro lado, são os problemas que preocupam a população.
Sem faixas de pedestres e sinalização semafórica pedestres se arriscam na Padre João Afonso. 
Aumento na frota denúncia a urgência da atuação do Poder Público no trânsito da cidade. Fotos: Arquivo.
 
O desafio para uma cidade sustentável.
O crescimento da frota de veículos  revela deficiências na infraestrutura urbana da cidade, que ainda não possui um departamento especial de trânsito. A ausência de sinalização de trânsito eficaz e a inconclusão das obras de pavimentação de seu anel rodoviário são alguns dos entraves à mobilidade urbana no município. O fato é que o Poder Público não tem logrado acompanhar o ritmo de crescimento da localidade.
Há cerca de 20 anos foi instalada sinalização semafórica em pontos estratégicos do centro, mas há mais de 10 anos se encontra inoperante e depredada. O fluxo de veículos pesados da região reflorestadora de Itamarandiba segue a ocupar as principais vias da cidade, vez que os 4,5 km da rodovia do anel rodoviário ainda não receberam cobertura asfáltica e com a falta de pavimentação, principalmente em períodos chuvosos, o local fica quase que intransitável.
Além da falta de pavimentação, o anel não possibilitou a interligação, até o momento, com todas as estradas viscinais utilizadas para o escoamento da abundante produção de bio-redutor de energia (carvão vegetal) e madeira de eucalipto do município e a de municípios vizinhos, o que contribui para que veículos pesados continuem a trafegar pela região central da cidade. Fato que tem ganhado a reprovação de motoristas e comerciantes.
O crescente fluxo de veículos nas ruas também aponta que a cidade vai na contramão do desenvolvimento sustentável, já que a tendência do mundo todo é a utilização do transporte público que desafoga o trafego e  soma para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa e de doenças respiratórias.
A população que já contou com transporte público urbano de passageiros, ainda no ínicio da década passada, convive agora com o alargamento de distâncias na sede municipal e a falta desta modalidade de transporte público.
A inexistência de eficaz planejamento do trafego urbano da cidade afeta a mobilidade e a população já sofre os efeitos. "Se não há semáforos, a presença de um guarda de trânsito aos sábados e em horários de maior movimentação durante a semana, por volta das 17:00 e 18:00 hs, é mais do que necessária. Sabemos que o movimento no centro aumenta com a feira municipal no sábado e, por isso, acredito que o estacionamento naquela região deveria ser rotativo, ao menos, em dias de feira e dias festivos.", aponta o acadêmico Hebert Ferreira.
Estacionar também tem sido um dos problemas para os condutores, sobretudo para os idosos, que pela legislação especial (Estatuto do Idoso) deveriam de contar com a reserva de uso exclusivo de 5% das vagas dos estacionamentos regulamentados de uso público, o que na cidade não é observável.
 Mas não são apenas os condutores que reclamam, a principal reclamação dos pedestres é a ocupação desordenada das calçadas por comerciantes e vendedores informais. O problema é comum principalmente na Praça dos Agricultores e Rua Diamantina. O que acontece é praticamente a privatização da coisa pública, em prejuízo da locomoção e segurança dos pedestres que são forçados a caminhar fora do passeio aumentando o risco de acidentes.
A sinalização indicativa, a exemplo, de bairros, logradouros, localidades e órgãos públicos também é deficiente e denota a urgência da atenção do Poder Público do Município. 

Ao fundo, anel rodoviário da cidade ainda aguarda pavimentação. Foto: Reproduzida. 

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