UFVJM precisaria de R$ 5 milhões para atender estudantes pobres no programa de assistência estudantil (alimentação, moradia e transporte)
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Publicado no Jornal Estado de Minas – 19/09/2012
As
universidades federais ainda nem receberam os primeiros alunos
beneficiados pela Lei das Cotas e já lutam contra a evasão. Sem mexer em
méritos e capacidade, a questão é financeira. Diante de um déficit de
R$ 1,5 bilhão para custear os programas de assistência estudantil,
reitores e pró-reitores temem que, sem suporte dentro das instituições,
muitos estudantes de baixa renda acabem abandonando os cursos. Para
2013, estão previstos investimentos de R$ 525 milhões, mas o Fórum
Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis
(Fonaprace), vinculado à Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), estima serem
necessários pelo menos R$ 2 bilhões.
[…]
A
diretora de Assistência Estudantil da Pró-Reitoria de Assuntos
Comunitários da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
(UFVJM), Crislaine Borges, considera que é preciso garantir a
permanência com qualidade, a conclusão do curso e ainda a inserção do
estudante. O critério de concessão dos benefícios exige análises sociais
e econômicas e a verba para projetos assistenciais é integralmente
custeada pelo MEC. Há auxílio alimentação, moradia transporte e
material, além de creche para as mães.
“Sem
considerar a nova lei, já precisávamos triplicar esse recurso para
atender a todos os alunos carentes de acordo com a necessidade que
apresentam. Só favorecer o acesso não é suficiente para alcançar o
resultado social e diminuir as desigualdades no país. É preciso garantir
a permanência dos estudantes e as bolsas são fundamentais”, avalia
Crislaine, lembrando que a UFVJM precisaria de pelo menos R$ 5 milhões
para dar conta da situação atual.
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