Além da Prefeitura Municipal, os mandados foram cumpridos nas casas do prefeito, do vereador e de servidores
Foto: Alex Sandro Mendes
Ministério Público e Receita Estadual chegaram cedo à prefeitura de Ninheiras
O prefeito Gilmar Ferraz (DEM), de Ninheiras, no Norte de Minas, foi afastado do cargo, na sexta-feira (31), acusado de causar um rombo de R$ 10 milhões aos cofres públicos municipais, com fraudes na aquisição de combustível e também em leilão de veiculos da frota municipal.
A operação, realizada pelo Ministério Público, Polícia Militar e Receita Estadual, mobilizou a pequena cidade, que fica na divisa de Minas Gerais com a Bahia.
Desde o dia 22 de agosto que os mandados haviam sido emitidos pela juíza Aline Martins, da comarca de São João do Paraíso.
A vice-prefeita Marinalva Bandeira Rocha (PDT), que é candidata a prefeita na eleição deste ano e adversária de Gilmar Ferraz, deverá ser empossada na segunda-feira (3). Porém, Gilmar Ferraz não pode mais responder pelo município.
A vice-prefeita Marinalva Bandeira Rocha (PDT), que é candidata a prefeita na eleição deste ano e adversária de Gilmar Ferraz, deverá ser empossada na segunda-feira (3). Porém, Gilmar Ferraz não pode mais responder pelo município.
O vereador e ex-secretário municipal de Educação, William Ferraz, que é seu primo e está disputando o cargo de vice-prefeito na chapa do petista Nardes Rocha, também foi afastado das suas funções.
Ele é acusado de ter se beneficiado da compra de um carro no leilão realizado pela Prefeitura Municipal. Outros dez servidores, principalmente da Comissão de Licitação, também foram afastados.
Pela manhã, a pequena cidade de Ninheira foi surpreendida com a chegada das equipes que vieram de Montes Claros.
Além da Prefeitura Municipal, os mandados foram cumpridos nas casas do prefeito, do vereador e de servidores. O promotor Daniel Castro coordenou a operação. Os rumores é que existem outros seis processos de irregularidades em Ninheira.
Afastamento
Também nesta sexta-feira, o prefeito Marcus Penalva Costa, de Indaiabira, retomou o cargo.
Ele foi afastado na semana passada, acusado de ter construído um Centro de Educação Infantil e casas populares em terras griladas
Porém, ele conseguiu derrubar a decisão judicial, por meio de despacho do desembargador Edgar Amorim.
No momento da posse, chegou o fax com a decisão. Marcus Penalva é um dos acusados na "Operação Grilo", realizada no ano passado, que investiga uma organização criminosa que vem atuando há vários anos, principalmente na região Norte de Minas, patrocinando grilagem de terras públicas, posteriormente vendidas a mineradoras com o objetivo de explorar jazidas de minério de ferro recentemente descobertas.
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