Fernando Pimentel vê arrogância de tucanos e avisa: "Minas não tem dono" .
Declaração é resposta ao candidato
tucano Pimenta da Veiga que disse que
terá 4 milhões a mais, em outubro.
Em resposta ao PSDB, pré-candidato pelo PT a governador Fernando Pimentel critica a arrogância dos adversários e lembra que os mineiros é quem decidirão as eleições.
"Minas não tem dono, não tem imperador. Nós somos um Estado libertário, é a nossa tradição", afirma.
Percorrendo o estado para ouvir a população, ex-ministro promete melhor programa de governo que Minas já viu.E parte para o ataque: "inépcia administrativa" da gestão tucana atrasa obras do metrô e do Anel Rodoviário
5 DE MAIO DE 2014 ÀS 12:06
Minas 247 – Em entrevista ao jornal O Tempo desta segunda-feira, o pré-candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, criticou a "arrogância" dos adversários – que já falam em vitória sem consultar a população – e lembrou aos tucanos que "o voto, em Minas, é dos mineiros". "Minas não tem dono, não tem imperador. Nós somos um Estado libertário, é a nossa tradição. Essa história de dizer que 'o projeto de Minas é o meu projeto', de tratar 'os votos de Minas' como se fossem 'nossos', eu acho isso arrogante", condenou.
A declaração foi dada em resposta a Pimenta da Veiga, possível candidato do PSDB ao governo estadual. Pimenta disse ao jornal que terá 4 milhões de votos a mais em outubro. "Não tenho essa pretensão. Tenho uma certa cautela com essa coisa. Os mineiros vão votar, vão escolher o melhor candidato para Minas e o melhor candidato para o Brasil. Eu sempre vou respeitar a decisão deles. E seria bom que o lado de lá pensasse nisso", completou Pimentel.
O ex-ministro tratou de marcar posição citando a Caravana da Participação, que está percorrendo o estado reunindo contribuições da população para o programa de governo do PT. "O que elas querem, as demandas, as reivindicações, os sonhos, as esperanças [...]. Aí, nós vamos ter condições de apresentar para Minas um belo programa de governo. Eu diria até que será o melhor programa de governo que Minas já viu, porque ele não será o nosso programa de governo, e sim o programa de governo dos mineiros e das mineiras", assegurou.
O pré-candidato do PT culpou o governo estadual pelo atraso em obras importantes para Minas como o metrô de Belo Horizonte e o Anel Rodoviário. Segundo ele, há "falta de interesse e capacidade administrativa" do estado para apresentar os projetos de executivos das duas obras. Sobre o metrô, os recursos, conforme Pimentel, são federais e estão disponíveis, mas até hoje a Metrominas, que é controlada pelo governo estadual e é responsável pelas obras, não apresentou o projeto.
Caso semelhante acontece com o Anel Rodoviário de Belo Horizonte, cuja última grande intervenção foi feita há dez anos quando Pimentel era prefeito da cidade. No início do governo Dilma, o governo federal repassou para o estado as obras do Anel, com os recursos equivalentes, mas até hoje elas não saíram do papel. "Isso já tem três anos e até hoje não foi feito. Por quê? Porque não tem projeto. O governo não fez projeto. [...] Então há, claramente, uma inépcia administrativa no tocante dessas obras", apontou.