Minas 247 - O PSB lançará candidatura própria ao governo de Minas e o escolhido é o deputado federal Júlio Delgado. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (20) durante reunião da direção da legenda em Minas Gerias. No entanto, o ambientalista Apolo Heringer já havia registrado a sua pré-candidatura ao Executivo mineiro e, portanto, apesar de o parlamentar ter a preferência do presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, Heringer continua reivindicando sua candidatura. Dessa forma, a disputa pode ser definida apenas na convenção partidária, em junho.
Reportagem do jornal Estado de Minas informa que o pai de Júlio Delgado, Tarcísio Delgado, disputará uma vaga na Câmara Federal no lugar do filho. Delgado afirma que "há um sentimento maior pela candidatura própria dentro do partido" e disse estar disposto "a sair da zona de conforto para ir para a luta" para disputar o cargo de governador.
O lançamento de uma candidatura própria ao governo de Minas é considerado um rompimento de um acordo que teria feito entre Campos e o presidenciável pelo PSDB, senador Aécio Neves, de não lançarem postulante a governador na base estadual do adversário. Pelo que teria sido acordado, o PSDB se comprometeria em apoiar o pré-candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, e os socialistas apoiariam o ex-ministro Pimenta da Veiga em Minas.
Nesta segunda-feira (19), durante evento em Belo Horizonte (MG), onde integrantes do PSDB, dente eles o senador Aécio Neves, lançaram Veiga como pré-candidato ao governo de Minas, o presidenciável falou sobre o suposto acordo. "Meu objetivo é encerrar esse ciclo de governo que aí está e iniciar outro com competência, com resultados. Tudo o que falta para o atual governo. Eu não mudarei a minha estratégia e tampouco os entendimentos e acordos. Pelo menos da minha parte eles serão honrados", disse.
Cessar-fogo
Além de representar uma "vitória" para a ex-ministra Marina Silva (PSB), vice de Campos, que começa a demonstrar o seu "peso" dentro da legenda socialista, o lançamento de postulação própria em Minas por parte do PSB tende fazer um debate eleitoral mais quente em consequência da quebra de um suposto acordo entre Campos e Aécio, o que vai gerar mais críticas por parte dos dois presidenciáveis ao seu adversário.
Além de ser contrária à aliança com tucanos, a posição de Marina foi reforçada pela declaração de Aécio, no Fórum Empresarial de Comandatuba (BA), no dia 2 de maio. Logo após a exposição de Campos, o presidenciável pelo PSDB afirmou: "Sinceramente, ouvindo o Eduardo falar, não o vejo como adversário".
No dia 7, em evento no Tocantins, a ex-ministra já havia dito que o PSDB "cheira a derrota", declaração confirmada por Campos, também no início do mês. "A análise de Marina é a visão de muitas pessoas", disse o socialista na Expozebu, feira pecuária em Uberaba (MG). "É um fato das últimas três eleições", acrescentou Campos, remetendo às três últimas eleições presidenciais, quando o PSDB perdeu para o PT no segundo turno.
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