Tadeu Leite, ex-prefeito de Montes Claros, é procurado pela Interpol, em Miam (EUA)
Operação Violência Invísivel indica que rombo nas prefeituras de Minas chega a R$ 70 milhões
O mundo político norte-mineiro voltou a ser sacudido com a força de terremoto na manhã desta terça-feira (02.07).
A Polícia Federal realiza desde as primeiras horas da manhã a operação ‘Violência Invisível', que tem objetivo de desarticular algumas quadrilhas que supostamente desviavam recursos públicos de mais de uma centena de cidades dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Sergipe, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Bahia.
Os esquemas envolvem fraudes em processos licitatórios destinados à aquisição de precatórios judiciais. A megaoperação seria uma resposta da Polícia Federal às cobranças pelo fim da corrupção que marcaram as manifestações durante o mês de junho no Brasil.
A Polícia Federal realiza desde as primeiras horas da manhã a operação ‘Violência Invisível', que tem objetivo de desarticular algumas quadrilhas que supostamente desviavam recursos públicos de mais de uma centena de cidades dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Sergipe, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Bahia.
Os esquemas envolvem fraudes em processos licitatórios destinados à aquisição de precatórios judiciais. A megaoperação seria uma resposta da Polícia Federal às cobranças pelo fim da corrupção que marcaram as manifestações durante o mês de junho no Brasil.
O ex-prefeito de Pirapora, no Norte de Minas, Warmillon Fonseca Braga, é dos dos detidos. Ele foi preso em casa na manhã de hoje e conduzido para a Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros. Candidato declarado a deputado federal nas próximas eleições, Warmillon sofre agora revés que pode tirá-lo da vida pública. Prefeito itinerante na região do norte-mineiro, ele é suspeito de ter desviado dinheiro público das prefeituras onde foi eleito e de ter feito fortuna incompatível com os rendimentos, em 16 anos de vida pública.
Um dos dos nomes alvo da operação 'Violência Invisível', o ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite (PMDB), não foi preso porque estaria em viagem internacional aos Estados Unidos. Tadeu teria comprado um apartamento em Miami, onde passa seu dolce far niente - que ninguém é de ferro. Um mandado internacional de prisão foi expedido e a Interpol, que já estaria no encalço do ex-prefeito - que desistiu de concorrer à reeleição no ano passado após sua administração ter sido envolvida em vários escândalos de suspeita de desvio de verbas públicas.
A Polícia Federal não confirma os nomes dos detidos, mas pelo que se sabe até aqui o ex-prefeito de Janaúba, José Benedito Nunes, também está detido em Montes Claros. Há ainda indícios de que o advogado e professor universitário Farley Menezes também teria sido preso por envolvimento no esquema.
Em Minas, a operação ‘Violência invisível’ é realizada em parceria com o Ministério Público Estadual (PME) e a suspeita é de que tenham sido desviados cerca R$ 70 milhões, em 10 municípios.
Outro peixe grande atrás da grades, por enquanto, é o Sebastião Vieira Filho, advogado e ex-procurador da Prefeitura de Montes Claros.
Uma coletiva de imprensa foi marcada para às 11h 00, quando a Polícia Federal deve dar mais detalhes da operação e os nomes das pessoas investigadas e as prisões efetuadas.
Uma coletiva de imprensa foi marcada para às 11h 00, quando a Polícia Federal deve dar mais detalhes da operação e os nomes das pessoas investigadas e as prisões efetuadas.
Mais de 100 policiais estão envolvidos na ação que realiza buscas nas cidades mineiras de Águas Vermelhas, Capelinha, Caratinga, Ipatinga, Itambacuri/MG, Janaúba, Montes Claros, Pirapora, Rio Pardo de Minas, Várzea da Palma, Varzelândia, além do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun).
Novo esquema envolve precatórios
A Polícia Federal antecipou que organizações criminosas formadas por empresas fornecedoras de prefeituras e pessoas físicas, contavam com a ajuda de servidores públicos e ex-prefeitos para fraudar licitações nas prefeituras. A fraude, que de tão manjada já vai se tornando cansativa, consistia em direcionar os contratos da administração.
A diferença em relação a esquemas já conhecidos, é que essas empresas tinham o compromisso de fazer a compensação entre precatórios judiciais e as dívidas das prefeituras, sob o argumento de uma economia de até 30% sobre os valores devidos ao INSS, prática proibida expressamente pela lei.
Agentes federais e promotores cumprem 53 mandados judiciais de busca e apreensão (20), sequestro de valores, bens móveis e imóveis (21), três mandados de condução coercitiva e nove mandados de prisão temporária.
Agentes federais e promotores cumprem 53 mandados judiciais de busca e apreensão (20), sequestro de valores, bens móveis e imóveis (21), três mandados de condução coercitiva e nove mandados de prisão temporária.
Fonte: Jornal Daqui, de Montes Claros; Blog de Luiz Cláudio Guedes, de Manga; Blog Oliveira Júnior, de Janaúba, ambos no norte de Minas e Folha de S. Paulo.
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