Programa investe em pesquisa e integração com comunidades
Programa Peixe Vivo, da Cemig, completa cinco anos no mês de junho
Estudantes de Berilo, no Médio Jequitinhonha, fazem soltura de peixes no rio Araçuaí. Eles participaram do projeto em 2010
O Programa Peixe Vivo, criado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para preservar as espécies nativas de
peixes das bacias hidrográficas onde a empresa tem usinas, completa cinco anos
no mês de junho. Nesse período, o programa tem desenvolvido soluções e
tecnologias de manejo para a preservação das espécies nativas de peixes,
beneficiando as comunidades que utilizam os recursos hídricos como fator de
desenvolvimento.
Ao longo dos anos, os resultados alcançados pelo Peixe Vivo
expressam os estudos, pesquisas e ações desenvolvidas com os diversos públicos,
entre eles, pesquisadores e a comunidade. A partir de 2007, ano de implantação
do programa, foi observada redução de 87% na mortandade de peixes nas usinas da
Cemig. Os impactos reduziram a quase zero, principalmente durante as operações
de manutenção das hidrelétricas.
De acordo com João de Magalhães Lopes, analista de Meio Ambiente
da Cemig, uma das maiores destaques do Peixe Vivo é a colaboração. “As
parcerias firmadas com diversos setores interessados na preservação dos peixes
em Minas Gerais são fundamentais para o fortalecimento das ações e projetos
desenvolvidos”, considera.
Pescadores de Berilo denunciam que muitas pessoas não esperam os alevinos crescerem e pescam com rede antes dos peixes se tornarem adultos
Atuação
O Peixe Vivo divide sua atuação em três frentes: os programas de
conservação da ictiofauna e bacias hidrográficas, a produção de conhecimento
científico para subsidiar esses programas e a promoção do envolvimento da
comunidade nas atividades previstas.
Os programas de conservação prevêem ações voltadas à conservação
das bacias hidrográficas, como a implantação de sistemas de transposição de
peixes, o repovoamento com espécies nativas, restauração de habitats críticos,
ações preventivas na operação de usinas e reflorestamento.
Atualmente, na produção de conhecimento científico, estão em
andamento mais de 12 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e outros
quatro em fase de contratação. Para Newton Prado, gerente de Ictiofauna e
Programas Especiais da Cemig, o Peixe Vivo conseguiu integrar o conhecimento
adquirido junto aos pesquisadores com os procedimentos de geração de energia,
criando inclusive dispositivos de preservação.
“Os resultados obtidos até hoje dão segurança na operação e
manutenção das usinas em relação ao manejo da ictiofauna, além de reduzir,
consideravelmente, o risco ambiental. A participação da comunidade também tem
sido essencial nesse processo, dando respaldo nos esforços realizados pelo
programa.”
A comunidade também tem papel fundamental nas ações do Peixe
Vivo. A Cemig divulga os resultados gerados e estabelece canais de comunicação
com a população local, garantindo a transparência das atividades. Também são
realizadas atividades de educação ambiental em todo o Estado. Ao longo desses
cinco anos, mais de 8.800 crianças e adolescentes participaram das atividades
promovidas pelo Peixe Vivo.
Denúncia de pescadora
A pescadora Ailza, de Berilo, denunciou ao Blog que muitas pessoas estão pescando com rede no rio Araçuaí e não permitem o crescimento dos alevinos, prejudicando o projeto de peixamento do rio como propõe o Peixe Vivo.
A Polícia Florestal de Minas Novas proibiu a pesca de rede, por 3 anos, para permitir que haja um repovoamento da bacia. Aílza informa que a pescaria só poderá ser feita através de anzol, neste período.
Conheça as ações do Peixe Vivo em Berilo:
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