quarta-feira, 6 de junho de 2012

Peixe Vivo comemora cinco anos com bons resultados


Programa investe em pesquisa e integração com comunidades

Programa Peixe Vivo, da Cemig, completa cinco anos no mês de junho

Estudantes de Berilo, no Médio Jequitinhonha, fazem soltura de peixes no rio Araçuaí. Eles  participaram do projeto em 2010
O Programa Peixe Vivo, criado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para preservar as espécies nativas de peixes das bacias hidrográficas onde a empresa tem usinas, completa cinco anos no mês de junho. Nesse período, o programa tem desenvolvido soluções e tecnologias de manejo para a preservação das espécies nativas de peixes, beneficiando as comunidades que utilizam os recursos hídricos como fator de desenvolvimento.
Ao longo dos anos, os resultados alcançados pelo Peixe Vivo expressam os estudos, pesquisas e ações desenvolvidas com os diversos públicos, entre eles, pesquisadores e a comunidade. A partir de 2007, ano de implantação do programa, foi observada redução de 87% na mortandade de peixes nas usinas da Cemig. Os impactos reduziram a quase zero, principalmente durante as operações de manutenção das hidrelétricas.
De acordo com João de Magalhães Lopes, analista de Meio Ambiente da Cemig, uma das maiores destaques do Peixe Vivo é a colaboração. “As parcerias firmadas com diversos setores interessados na preservação dos peixes em Minas Gerais são fundamentais para o fortalecimento das ações e projetos desenvolvidos”, considera.
Pescadores de Berilo denunciam que muitas pessoas não esperam os alevinos crescerem e pescam com rede antes dos peixes se tornarem adultos
Atuação
O Peixe Vivo divide sua atuação em três frentes: os programas de conservação da ictiofauna e bacias hidrográficas, a produção de conhecimento científico para subsidiar esses programas e a promoção do envolvimento da comunidade nas atividades previstas.
Os programas de conservação prevêem ações voltadas à conservação das bacias hidrográficas, como a implantação de sistemas de transposição de peixes, o repovoamento com espécies nativas, restauração de habitats críticos, ações preventivas na operação de usinas e reflorestamento.
Atualmente, na produção de conhecimento científico, estão em andamento mais de 12 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e outros quatro em fase de contratação. Para Newton Prado, gerente de Ictiofauna e Programas Especiais da Cemig, o Peixe Vivo conseguiu integrar o conhecimento adquirido junto aos pesquisadores com os procedimentos de geração de energia, criando inclusive dispositivos de preservação.
“Os resultados obtidos até hoje dão segurança na operação e manutenção das usinas em relação ao manejo da ictiofauna, além de reduzir, consideravelmente, o risco ambiental. A participação da comunidade também tem sido essencial nesse processo, dando respaldo nos esforços realizados pelo programa.”
A comunidade também tem papel fundamental nas ações do Peixe Vivo. A Cemig divulga os resultados gerados e estabelece canais de comunicação com a população local, garantindo a transparência das atividades. Também são realizadas atividades de educação ambiental em todo o Estado. Ao longo desses cinco anos, mais de 8.800 crianças e adolescentes participaram das atividades promovidas pelo Peixe Vivo.
Denúncia de pescadora
A pescadora Ailza, de Berilo, denunciou ao Blog que muitas pessoas estão pescando com rede no rio Araçuaí e não permitem o crescimento dos alevinos, prejudicando o projeto de peixamento do rio como propõe o Peixe Vivo.
A Polícia Florestal de Minas Novas proibiu a pesca de rede, por 3 anos, para permitir que haja um repovoamento da bacia. Aílza informa que a pescaria só poderá ser feita através de anzol, neste período.
Conheça as ações do Peixe Vivo em Berilo:

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