Dilma defende PAC e acusa oposição
Ministra diz que oposição planeja fim de programas
Jenipapo de Minas, Médio Jequitinhonha
Nesta terça-feira, 19/01, na festa de inauguração da barragem do rio Setúbal, no Vale do Jequitinhonha, ao lado Presidente Lula, a Ministra Dilma Roussef se soltou, agradeceu a "recepção calorosa", assumiu com a voz embargada sua origem mineira e partiu para o confronto com a oposição, a quem acusou de planejar o fim do PAC.
"Muitas pessoas tem dito nos últimos dias, aliás o próprio presidente do partido de oposição disse que acabaria com o PAC porque o PAC não existe e ele acabaria com essa história do PAC", disse a ministra.
"É muito grave", ela insistiu. "Porque nós estamos aqui justamente inaugurando uma obra concreta e real que todos vocês sabem que existe e que está aqui ao lado".
Embalada, a ministra falou grosso e insistiu no cerco aos oponentes.
Fim de programas do Governo Lula
"Vira e mexe querem acabar com algum programa do governo Lula. Em 2006, foi a época que eles queriam acabar com o Bolsa-Família. Agora o objetivo é acabar com obras como essa que estamos inaugurando".
Chamou os adversários para a briga, mas a Aécio dirigiu afagos.
"Os prefeitos aqui de Minas e o governador Aécio Neves tem sido parceiros exemplares e republicanos do governo federal. Conosco eles têm enfrentado esse desafio que é mudar o Brasil. A barragem é uma obra do PAC com uma parceria muito produtiva e muito bem sucedida com o governo de Minas, com o governador Aécio Neves”.
Raízes: "saí de Minas, mas Minas não saiu da nossa alma e coração"
Dilma rebateu provocações de correntes do próprio PT, que dela exige assumir que é de Minas, e se emocionou.
"Tem uma coisa muito estranha acontecendo com o lugar onde eu nasci. Eu nasci em Belo Horizonte. Eu passei a minha infância inteira em Belo Horizonte. Eu me formei no colégio Santa Dorothea em Belo Horizonte. Entrei na Universidade Federal em Belo Horizonte, fiz economia. Depois, por razões políticas, fui obrigada a sair de Minas, pela perseguição política que naquela época ocorria no Brasil. Agora, eu não vou concordar que haja uma discussão para saber se eu sou mineira ou não sou. Eu não tenho a menor dúvida que eu sou mineira. Em que pese eu ter saído de Minas, passado uma parte da minha vida no Rio Grande do Sul, eu quero dizer a vocês: a gente pode sair do estado onde nasce, mas ele não sai da nossa alma e do nosso coração”.
Veja e ouça o desabafo da Ministra Dilma: aqui
Com informações do Portal UAI e Agência Brasil
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