Artesanato mineiro é mais criativo e variado do país
Minas Gerais possui um dos mais variados e ricos acervos do artesanato brasileiro.
Para conhecer melhor a realidade do artesão mineiro, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) fez um estudo com 1.112 pessoas de 426 municípios que atuam na área.
A pesquisa acaba de ser divulgada e revela dados importantes sobre o setor como a renda dos artesãos que em cerca de 70% dos casos é de até R$ 300 por mês. Quarenta por cento dos entrevistados afirmaram ter no artesanato sua principal fonte de renda. A pesquisa traz ainda informações sobre nível de escolaridade, faixa etária dos artesãos, forma de comercialização de produtos, local de trabalho, entre outros dados.
Artesã e agricultora familiar
O levantamento foi feito, no período de junho a setembro de 2008, por meio de questionários aplicados por extensionistas rurais. Do total de artesãos pesquisados, 55,8% deles são agricultores familiares.
Segundo o presidente da Emater-MG, José Silva, a empresa apoia o trabalho artesanal por ser um instrumento de desenvolvimento local sustentável e promoção do resgate das tradições e da história de vida das famílias, contribuindo para a preservação da cultura local. “Essa pesquisa é importante porque descreve a realidade do artesanato mineiro produzido pela agricultura familiar e orienta as políticas públicas voltadas para a categoria”.
81% de mulheres
A grande presença feminina no setor foi comprovada na pesquisa: 81,4% dos artesãos são mulheres e apenas 18,6% de homens. Quanto a idade, as principais faixas etárias são de 39 a 51 anos (37%) e 25 a 38 anos (29%). Com relação ao nível de instrução, 34,3% dos artesãos têm ensino fundamental de 1ª a 4ª série, 25,9% ensino fundamental de 5ª a 8ª série e 30,3% ensino médio. Apenas 2,2% não são alfabetizados.
Aprendendendo na família
A aprendizagem da técnica artesanal em 41,8% dos casos ocorreu no núcleo familiar e os artesãos já trabalham com o método há vários anos (29,2% de 1 a 5 anos atrás; 27,2% há mais de 20 anos; 19,5%, de 6 a 10 anos; 14,8% entre 11 a 20 anos e 9,3% há menos de um ano). “A experiência que eles têm e a cultura da produção artesanal são pontos fortes que constatamos. O mercado está cada vez exigente e os artesãos mineiros têm um produto que agrada esse mercado, então é só trabalhar essa vocação para potencializar a atividade”, comenta a coordenadora técnica da Emater-MG e gestora do programa Agregaminas, Cristina Linhares.
Trabalho caseiro
O estudo revela ainda que o artesanato geralmente é feito em casa e sem local definido (65,2%). Apenas 21,2% dos pesquisados tem oficina em casa. Os materiais mais utilizados são têxteis (40,5%), fibras (20,2%), madeira (11,3%) e argila (11%). 75,3% dos artesãos costumam adquirir a matéria-prima de forma individual e apenas 24,6% de forma coletiva.
A maioria dos artesãos comercializa seus produtos no mercado local de maneira informal. “Precisamos trabalhar com os artesãos a gestão da atividade. Fazer que ele compreenda a realidade do mercado e veja a sua atividade como um negócio”, salienta a coordenadora da Emater-MG.
Com infomações da Agência Minas
2 comentários:
Meu nome é Marcelo, sou de BH e sou apaixonado pelo artesanato de Minas e gostaria de fazer gratuitamente um portal para divulgar esta arte e se possível ajuda-los a comercializar ja que o mãos de minas tem essa função mas os custos são bem altos. Você saberia como conseguir uma lista destes artesãos?
No Facebook Marcelo, lá você encontra muitos e muitos artesões.
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