quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Audiência Pública debate Fronteira Mineral no Vale do Jequitinhonha e norte de Minas


Projeto Vale do Rio Pardo para extração de minério de ferro é analisado na Assembléia Legislativa



Empresa implantará unidade de beneficiamento, mineroduto, duas barragens e sistema de irrigação para 950 hectares. 
Investimento será de R$ 6 bilhões, com atividades durante 25 anos 



A Assembleia Legislativa (ALMG) realizou nesta quarta-feira (05.12) Audiência Pública conjunta das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Trabalho, da Previdência e da Ação Social, com o objetivo de debater a construção de mineroduto previsto no Projeto Vale do Rio Pardo, a ser implantado pela Sul Americana de Metais S/A  (SAM), do grupo Votorantim, para exploração de minério de ferro nos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho, na região do Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas.



A reunião foi sugerida pelo vice-presidente da Comissão de Trabalho, da Previdência e da Ação Social, deputado Carlos Pimenta, que expressou a sua preocupação quanto à necessidade de ser ampliada a infraestrutura regional em termos de transporte, saúde, capacitação profissional, meio ambiente e outros itens, diante do grande número de novos projetos empresariais e do Governo do Estado anunciados para serem implantados no Norte de Minas.



O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Trabalho, da Previdência e da Ação Social, deputado Célio Moreira, destacou ser preciso reduzir tecnicamente os impactos ambientais previstos no Projeto Vale do Rio Pardo, incluindo o consumo de água pelo mineroduto, que ligará ao Porto Sul (Ilhéus/BA), a fim de que a população da região, que apresenta baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), possa ser beneficiada pelo investimento em mineração de ferro.



Geração de 11 mil empregos diretos e indiretos 

O secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira, ressaltou alguns dos impactos positivos do projeto em fase de licenciamento ambiental, como a geração de 9 mil empregos diretos durante a sua implantação, além de 2 mil empregos diretos e 9 mil indiretos na operação do complexo.



“Antiga reivindicação regional será atendida com a retomada do projeto da Barragem do Rio Vacaria, que estava adormecido no Denocs. A sustentabilidade global do projeto minerário já está sendo demonstrada no licenciamento ambiental. Cerca de 40% da água envolvida será usada pela comunidade. O rigor no processo foi determinado pelo governador Antonio Anastasia, que ficou interessado no seu aspecto social, por causa do perímetro de irrigação a ser implantado para atender quase 500 famílias (950 hectares)”, observou Gil Pereira.



De acordo com o diretor de relações institucionais da Sul Americana de Metais (SAM), Geraldo Magela Gomes, a expectativa é de que as operações sejam iniciadas no segundo semestre de 2015. “As estimativas apontam 25 anos de atividades, com produção de 25 toneladas/ano (primeiro bloco). O investimento total deverá chegar a R$ 6 bilhões, o que retornará em postos de trabalho, riquezas e tributos para os municípios, o Estado e a União”, disse o técnico.

A Barragem do Rio Vacaria está em fase de licenciamento ambiental e custará R$ 46 milhões, enquanto o projeto de irrigação relacionado exigirá investimento de R$ 8,5 milhões. A Barragem do Córrego do Vale (R$ 6 milhões) beneficiará a comunidade do Vale das Cancelas.


Também participaram da reunião o prefeito de Grão Mogol, Jeferson Figueiredo; a gerente de Comunicação e Relações Institucionais da Mineração Riacho dos Machados, Christiane Alam; a Subsecretária de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Beatriz Morais de Sá Rabelo Correa; e o ambientalista e coordenador da Organização Vida Verde, Soter Magno Carmo.

 Fonte: Assessoria de Comunicação da SEDVAN

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