Pequenas barragens beneficiam 4 mil famílias do Vale do Jequitinhonha
O objetivo é reduzir as ações emergenciais, aumentar a oferta permanente de água Foto: Barragem em Ponto dos Volantes, no Médio Jequitinhonha
Água disponível para o abastecimento das famílias, garantindo a sobrevivência; viabilização da irrigação de pequenas lavouras; água disponível para cuidar das criações, valorização da terra. Estes são alguns dos resultados imediatos proporcionados pela implantação do Programa Convivência com a Seca e Inclusão Produtiva.
Água disponível para o abastecimento das famílias, garantindo a sobrevivência; viabilização da irrigação de pequenas lavouras; água disponível para cuidar das criações, valorização da terra. Estes são alguns dos resultados imediatos proporcionados pela implantação do Programa Convivência com a Seca e Inclusão Produtiva.
“Eu nunca esperava de ter uma água de qualidade como esta, na minha propriedade. Melhor do que isso, só quando eu morrer e for pro céu.” Com esse depoimento, o produtor Ilário Pinto de Oliveira, da Fazenda Capitólio, em Teófilo Otoni, fala dos benefícios trazidos pela barragem de terra construída na comunidade.
Visando reduzir as ações emergenciais, aumentar a oferta permanente de água e assegurar o desenvolvimento econômico do Norte do Estado e dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, o Governo de Minas instituiu, em 2008, o Comitê Gestor de Convivência com a Seca e Inclusão Produtiva para coordenar as ações no semiárido mineiro.
Visando reduzir as ações emergenciais, aumentar a oferta permanente de água e assegurar o desenvolvimento econômico do Norte do Estado e dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, o Governo de Minas instituiu, em 2008, o Comitê Gestor de Convivência com a Seca e Inclusão Produtiva para coordenar as ações no semiárido mineiro.
A Fundação Rural Mineira (Ruralminas), dentre outros órgãos que fazem parte do Comitê, é a responsável pela execução de pequenas barragens nos municípios da região.
A metodologia consiste na construção de pequenos barramentos de terra para o armazenamento de água, com o objetivo de recuperar as áreas degradadas pelas chuvas, perenizar mananciais com água de boa qualidade e amenizar as consequências dos períodos de estiagem. Também são construídas bacias de captação, visando permitir a infiltração das águas de chuva nos lençóis subterrâneos, abastecendo as nascentes e criando um círculo virtuoso.
Do início do ano passado, quando os projetos começaram a ser implantados, até junho deste ano, já foram investidos R$ 5,8 milhões de recursos estaduais, beneficiando diretamente mais de quatro mil famílias na zona rural de 24 municípios. De acordo com o balanço da Ruralminas, 62 barramentos já estão implantados, além da construção de 621 bacias de captação, e da conservação de 319 km de estradas vicinais.
Nova realidade
As prefeituras, por meio dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, fazem a indicação dos locais para a construção dos barramentos, e os técnicos da Ruralminas analisam a sua viabilidade técnica. A escolha dos pontos leva em consideração, também, o maior número de famílias que podem ser beneficiadas. Como na comunidade Liberdade, em Teófilo Otoni, considerada o maior polo de produtores da agricultura familiar do Vale do Mucuri.
Segundo o técnico Leonardo Machado Natalino, responsável pela implantação dos trabalhos nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, a Ruralminas tem know-how na construção de barramentos, com índice máximo de eficiência em relação ao que é investido. “Saber como posicionar o equipamento, escolher as máquinas mais adequadas para cada trabalho, orientar os operadores, tudo isso são detalhes que fazem a diferença”, explica.
De acordo com o produtor rural João Carlos Nunes Coelho, de Teófilo Otoni, “todo o ano víamos a água de beber diminuir. Nesta época, já começávamos a economizar água. Agora não tem mais isso”, afirma João. Ari Esteves do Carmo, produtor do município de Novo Cruzeiro, também relembra as dificuldades que a comunidade já enfrentou. “Vocês precisavam ver a água que as pessoas eram obrigadas a beber, vermelha, cheia de lodo”.
As águas que vêm se multiplicando nas propriedades do semiárido garantem não apenas a sobrevivência do dia a dia, como também acendem a esperança no futuro, a possibilidade de sonhar com novos projetos para o futuro dos filhos, na terra onde nasceram e foram criados. “Com a água que corre hoje nas minhas terras, tenho como imaginar um meio de meu filho investir na propriedade, gerar renda e emprego na região, sem precisar sair pra longe, e ter um começo bem mais fácil do que eu tive”, conclui o produtor Ilário de Oliveira.
A metodologia consiste na construção de pequenos barramentos de terra para o armazenamento de água, com o objetivo de recuperar as áreas degradadas pelas chuvas, perenizar mananciais com água de boa qualidade e amenizar as consequências dos períodos de estiagem. Também são construídas bacias de captação, visando permitir a infiltração das águas de chuva nos lençóis subterrâneos, abastecendo as nascentes e criando um círculo virtuoso.
Do início do ano passado, quando os projetos começaram a ser implantados, até junho deste ano, já foram investidos R$ 5,8 milhões de recursos estaduais, beneficiando diretamente mais de quatro mil famílias na zona rural de 24 municípios. De acordo com o balanço da Ruralminas, 62 barramentos já estão implantados, além da construção de 621 bacias de captação, e da conservação de 319 km de estradas vicinais.
Nova realidade
As prefeituras, por meio dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, fazem a indicação dos locais para a construção dos barramentos, e os técnicos da Ruralminas analisam a sua viabilidade técnica. A escolha dos pontos leva em consideração, também, o maior número de famílias que podem ser beneficiadas. Como na comunidade Liberdade, em Teófilo Otoni, considerada o maior polo de produtores da agricultura familiar do Vale do Mucuri.
Segundo o técnico Leonardo Machado Natalino, responsável pela implantação dos trabalhos nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, a Ruralminas tem know-how na construção de barramentos, com índice máximo de eficiência em relação ao que é investido. “Saber como posicionar o equipamento, escolher as máquinas mais adequadas para cada trabalho, orientar os operadores, tudo isso são detalhes que fazem a diferença”, explica.
De acordo com o produtor rural João Carlos Nunes Coelho, de Teófilo Otoni, “todo o ano víamos a água de beber diminuir. Nesta época, já começávamos a economizar água. Agora não tem mais isso”, afirma João. Ari Esteves do Carmo, produtor do município de Novo Cruzeiro, também relembra as dificuldades que a comunidade já enfrentou. “Vocês precisavam ver a água que as pessoas eram obrigadas a beber, vermelha, cheia de lodo”.
As águas que vêm se multiplicando nas propriedades do semiárido garantem não apenas a sobrevivência do dia a dia, como também acendem a esperança no futuro, a possibilidade de sonhar com novos projetos para o futuro dos filhos, na terra onde nasceram e foram criados. “Com a água que corre hoje nas minhas terras, tenho como imaginar um meio de meu filho investir na propriedade, gerar renda e emprego na região, sem precisar sair pra longe, e ter um começo bem mais fácil do que eu tive”, conclui o produtor Ilário de Oliveira.
Fonte: Agência Minas
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