quarta-feira, 15 de maio de 2013

Reclamações contra Cemig crescem 63% em cinco anos


Interrupção no fornecimento e erro na leitura da conta são as maiores queixas dos consumidores


Além de cara, os serviços de energia da CEMIG tem sofrido de interrupções constantes

O consumidor está mais insatisfeito com o serviço de energia elétrica e tem reclamado mais. No ano passado, foram quase 85 mil queixas contra as distribuidoras de todo o país, sendo 5.945 relativas à Cemig.

Em 2012, o volume de reclamações contra a estatal mineira subiu 63% em relação a 2007, mas, em comparação com 2011, quando foram registradas 5.937 queixas, o índice ficou praticamente estável.

Os dados são do relatório “Ouvidoria Setorial em Números”, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os dados mostram que a interrupção de energia é o que mais incomoda o consumidor mineiro, seguido por erro na leitura e ressarcimento de danos. A falta de luz – programada ou acidental – também é a queixa que mais cresceu na comparação com 2011, ao lado da alteração da carga.

Foi essa variação da energia recebida que fez o aposentado Péricles Mesquita registrar sua reclamação. “Acionei a Cemig e ficou comprovada a oscilação”. Eles colocaram um transformador para resolver o problema”, conta.

Ele também reclama das manutenções na rede e das constantes interrupções no fornecimento da energia. “Eles vivem do defeito, não é da prevenção”, avalia.

O ouvidor da Cemig, Raimundo Benoni, reconhece que os consumidores têm razão em reclamar das interrupções no fornecimento de energia. “É um fato, não tem como falar que não tenha aumentado”, diz. Mas ele acredita que essas queixas serão reduzidas neste ano, graças a investimentos que a empresa vem fazendo. “Esse problema é o vilão da Cemig na Aneel, mas a empresa tem investido forte na melhoria da rede e o resultado será percebido ainda em 2013”, afirma.
Ele ressalta que os índices de reclamação por cobranças indevidas e por irregularidades tiveram reduções significativas na comparação com 2011 e acredita que o mesmo deve acontecer com a interrupção de energia. Benoni também diz que em casos como ressarcimento de danos ou dúvidas relativas a cobranças, a Cemig induz o consumidor a procurar a ouvidoria, para que não fiquem dúvidas em caso de uma negativa no primeiro atendimento, por exemplo.
Queixas

A capital mineira é a quarta cidade do país com maior número de queixas, de acordo com a Aneel. A primeira é o Rio de Janeiro, onde a concessionária é a Light, pertencente à Cemig.

De acordo com o ouvidor Raimundo Benoni, o grande volume de queixas se explica pelo número de consumidores em Belo Horizonte e também pela proximidade física desses consumidores com a empresa, o que facilita o registro das reclamações.

Fonte: O Tempo

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