domingo, 26 de maio de 2013

Café mudou a realidade do Alto Jequitinhonha

24 de maio – Feliz Dia do Café,  a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros




Pesquisa realizada pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) mostrou que 95% 
dos brasileiros acima dos 15 anos consomem ao menos uma xícara de café diariamente. Seja 
em casa ou em uma cafeteria. Pela manhã, em uma reunião de negócios ou durante um encontro 
entre amigos, o bom e velho café combina com qualquer ambiente e companhia, e é por isso 
que essa iguaria tem o poder de reunir pessoas.
Ainda durante a pesquisa foi constatado que o café é a segunda bebida mais consumida entre
os brasileiros, perdendo somente para a água. São quase 83 litros de café para cada brasileiro
por ano. A bebida contém sais minerais, vitaminas do complexo B, substâncias antioxidantes e
nutrientes que, por exemplo, previnem a depressão.
“Estudos também apontam que mesmo não sendo considerado remédio, o café auxilia na
prevenção de doenças, estimula a atenção, memória, aprendizado e concentração.
Por conta disso, é cada vez mais comum apreciar o cafezinho em qualquer parte do dia ou da
noite”, explica o diretor executivo do café De’Longhi, Antonio Ferraiuolo.
Desde 2005, o dia 24 de maio foi incorporado ao calendário brasileiro como o Dia Nacional do
Café, a data passou a ser festejada por industriais, produtores, exportadores, cooperativas, 
varejo, cafeterias e por todos os apaixonados por essa bebida.
“O objetivo é promover, valorizar e manter viva, junto aos consumidores, a importância histórica,
social e econômica deste produto que é cultivado há 284 anos em terras brasileiras, desde que
as primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para Belém, no Pará, por Francisco Melo 
Palheta, em 1727”, explica o diretor de Tecnologia e Modernização da ABIC, Antonio Paulino 
Martins.
Além disso, ao longo dos anos, o modo como é degustado o café também mudou. Hoje, a bebida
é servida em versões como cappuccino, frio, e em receitas de bolos, sorvetes e tortas. Essa 
mudança na forma de apreciação e harmonização também fez com que a novas empresas de 
máquinas de café entrassem no mercado, bem como cafeterias fossem abertas.
De acordo com estudos norte-americanos, o consumo de café pode diminuir as chances de 
acidentes cardiovasculares (infartos) e cerebrais (“derrame” ou AVC), de diabetes e hipertensão, 
além de diminuir incidência da osteoporose e de crises de asma, nesse caso devido ao efeito 
broncodilatador da cafeína. A bebida melhora ainda a capacidade de atenção, memória e 
aprendizado.
Os aromas do café proporcionam benefícios.
O café é um alimento funcional e nutracêutico. Essa máxima já é aceita pela comunidade médico-
científica por estar relacionado à prevenção de doenças físicas, mentais e degenerativas e à
manutenção da saúde.
O médico neurologista Jorge Moll Neto, presidente do Instituto D’Or Pesquisa e Ensino, desenvolve
pesquisa desde 2009 sobre os efeitos do café no cérebro. A etapa inicial da pesquisa, intitulada
“Correlatos neurais da experiência olfativa e gustativa do café”, contou com a participação de 30
voluntários e tem o apoio do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado
pela Embrapa Café. O objetivo é entender os efeitos sensoriais causados pelo aroma do café no
cérebro, especificamente nos mecanismos de recompensa (prazer) e motivação. Moll constatou que
o aroma do café tem um efeito poderoso sobre as regiões do cérebro que regulam a sensação de
prazer, atenção e motivação.
Fonte: Tribuna Regional-SP
Lavoura cafeeira transformou municípios do Alto Jequitinhonha
Na década de 70, o Estado incentivou a produção de café em municípios da microrregião de Capelinha, no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas. 
A experiência da implantação da lavoura cafeeira nos cerrados dos municípios, iniciada em 1.976, por empresários do sul de Minas e São Paulo, foi bem sucedida economicamente. 

Já em 1.979, foi colhida a primeira safra cafeeira. Isto foi suficiente o bastante para que os empresários do setor vissem boas perspectivas, de tal modo, que promovem, no período de 2 a 9 de setembro daquele ano, a Primeira Festa do Café. Já se projetava para a safra do ano seguinte algo em torno de 80 mil sacas beneficiadas.

O apelido de “Cidade do Café” atribuído a Capelinha se disseminou rapidamente, no mesmo ritmo do crescimento e ampliação da cafeicultura no município. Em 1980, já havia 5 milhões de pés produtivos, em uma área plantada de 2.176 hectares.

Houve uma movimentação de emprego de mão de obra na lavoura de café, com agricultores ficando em sua terra, sem precisar migrar para trabalho temporário, assalariado,  em lavouras do interior de São Paulo, fenômeno que vinha se acentuando.

A cafeicultura foi anteriormente ocupada por agricultores familiares, que mantinham sua família ocupada na produção, mas pouco a pouco, com a saída dos filhos para estudarem nas cidades, a difícil adaptação às tecnologias adotadas e a competição de mercado, se viram abandonando a atividade cafeeira, cedendo espaço aos médios e grandes fazendeiros que se adaptam mais facilmente ao processo de produção modernizadora do campo.

Esta cultura se concentrou nos municípios de Capelinha, Novo Cruzeiro, Angelândia, Itamarandiba, Malacacheta, Minas Novas e Turmalina, no Alto Jequitinhonha/Mucuri, no nordeste de Minas, com uma área plantada de 20.200 hectares com uma produção média de 300 mil sacas/60kg/ano (Emater, 2011).
Somente Capelinha possui cerca de 5.650 hectares (IBGE, 2010) plantados e produção média anual de 120 mil sacas.
Há cerca de 40 pequenas torrefações. A produção cafeeira é vendida em grãos para exportação.
Esta atividade econômica movimentou e transformou o município de Capelinha que vem sendo um dos maiores pólos de desenvolvimento regional. Toda a produção vizinha é referenciada na cidade. A cafeicultura alterou economicamente toda a microrregião. As 300 mil sacas de café movimentaram, em 2010, R$ 135 milhões, ou, R$ 10,2 milhões/mês.  É o setor que mais gera emprego e esquenta a economia da região de todo o Vale do Jequitinhonha.
Município    -     Área plantada/hectares (IBGE/2010)   
Capelinha     -     5.650     
Novo Cruzeiro – 4.000
Angelândia   -     3.500      
Malacacheta -    1.200
Minas Novas –     550
Itamarandiba –   480
Carbonita –         460
Turmalina        - 350

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