Brasileiro é eleito diretor-geral da OMC, derrotando a Europa e os Estados Unidos juntos.
A Organização Mundial do Comércio, o FMI e o Banco Mundial formam o trio de ferro da política mundial
Roberto Azevedo, engenheiro elétrico baiano, é diplomata respeitado nos acordos comerciais entre os países, representando o bloco do BRICS - Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul é convidada especial.
É a primeira grande vitória internacional do governo Dilma Rousseff. Não há como minimizar a vitória de Roberto Azevêdo, escolhido para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio. A OMC, juntamente com o FMI e Banco Mundial, compõe o trio de ferro da política internacional do planeta.
Matéria do G1 destaca que Azevêdo tem vasta experiência em comércio global e conhece a OMC a fundo. Desde 2008, ele é o representante permanente do Brasil na organização e esteve à frente do contencioso vencido pelo Brasil contra os Estados Unidos pelos subsídios do algodão e da vitória brasileira sobre a União Europeia pelos subsídios à exportação de açúcar.
Azevêdo substituirá o francês Pascal Lamy na direção-geral do órgão e terá um mandato de quatro anos. Lamy, no cargo desde 2005, termina o mandato em setembro. Afirma, ainda, que o diplomata brasileiro tem perfil conciliador e hábil negociador.
O que impressiona é a maneira como venceu a disputa com o mexicano Hermínio Blanco. Blanco era o preferido da Europa e EUA. A Europa, inclusive, fechou questão e votou em bloco. Uma daquelas jogadas de força que, na derrota, se revela um erro político grosseiro porque agora demarcou mais uma peça na mudança do eixo político e econômico no mundo.
O brasileiro, em toda imprensa internacional, está sendo identificado como a primeira vitória significativa dos BRICS.
Baiano, engenheiro elétrico formado na UnB, tem 55 anos. Terá como missão espinhosa retomar as negociações da Rodada de Doha (no momento de impasse em função da Europa e EUA se recusarem a discutir os subsídios à agricultura de seus países).
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