sexta-feira, 2 de julho de 2010

Futebol, um arte latinoamericana

Futebol, um arte latinoamericana
O futebol se diferencia de outros esportes. Joga-se com os pés e é o mais coletivo de todos. É jogado em terra ou gramado, longe das quadras frias de sinteco, cimento ou tábuas como o basquete, voleibol ou tênis.
O futebol pode ter escolinhas com ensinamentos de regras, fundamentos como controle de bola, chutes, corrida com bola, cabeceio, dribles, passes, desarmes, organizações táticas e estratégias de disputa esportiva.
Isto tudo pode organizar os jogos, mas a criatividade, a beleza plástica das jogadas e os malabarismos individuais são moldados em peladas, rachões de campos de várzea, nas pequenas faixas de areia e lama dos rios e riachos, nos campos de terra dos bairros e de comunidades rurais. Muitas vezes estas peladas são jogadas com os pés descalços, sem uniforme e sem bola oficial. As bolas podem ser de bexiga de porco, de mangaba, de borracha ou de capotão.
O futebol-arte como deveria ser jogado em toda partida está mais presente em países da América do Sul, tendo o Brasil pentacampeão como o destaque mundial. Revelou atletas-artistas como Pelé, Tostão, Rivelino, Reinaldo, Zico, Romário, Ronaldinho e muitos outros.
A Argentina vem se destacando nos últimos 32 anos, tendo conquistado a Copa do Mundo em 78 e 86, e chegado à final em 90. Revelou craques como Maradona e Messi. Destaca-se também por seus times terem conquistado muitas Taças Libertadores da América e campeonatos mundiais.
O Uruguai conquistou as copas de 1930 e 1950. O Paraguai está nas quartas-de-final da Copa de 2010.
A África poderia ser o segundo grande celeiro de craques, caso seguisse a escola latino-americana, principalmente a brasileira e a argentina. Porém, têm-se guiado pela influência de suas matrizes coloniais, de origem européia.
A força física, característica dos esportes de rendimento da Europa e EUA, nunca foi a principal característica do futebol, embora de uns 20 anos pra cá, os países ricos queiram insistir nesta linha, substituindo os malabarismos de Robinho, Ronaldinho e Messi, pelos espetáculos monótonos com pouca criatividade e de resultados previsíveis.
São os países ricos que mais compram “naturalização” de jogadores para formarem suas seleções quando não os recolhem em suas colônias e os formam na matriz nacional com promessas de sucesso e enriquecimento individual.
Se a FIFA impuser a norma de limite ou proibições de naturalizações fará grandes desfalques na Alemanha, Portugal, Japão e EUA.
Não se vê jogador naturalizado em seleção de país com baixo PIB. Nestes, até mesmo os técnicos são nativos, o que transforma os escretes em verdadeiras representações patrióticas.
Não é a toa que a maior manifestação de amor à pátria destas nações têm-se dado na Copa do Mundo. As nações latino-americanas mostram ao mundo o que elas têm de melhor e se torna o orgulho da pátria. A derrota de uma Seleção da América do Sul tem significado da perda de uma batalha ou de uma guerra.

Como torcedor e apaixonado pela América Latina quero ver nossas quatro seleções na semifinal: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Para coroar, o mundo entrará em êxtase, assistindo ao futebol-arte de uma final histórica entre Brasil e Argentina.
A África merece este espetáculo, os amantes do bom futebol de todo o mundo também.
Que vença o melhor, e que seja o Brasil!

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