quarta-feira, 4 de julho de 2018

Minas Novas: Chico Meio Quilo e a história de seu apelido


por Carlos Mota *


Assim que desembarcou na Estação da Luz, em São Paulo, uma vontade incontrolável de cagar se apossou do fanadeiro Chico Meio Quilo e ele se escondeu num ermo e obrou em folhas de jornal e que serviram de embalagem para a sua obra.

Ao sair com aquele embrulho e descartá-lo em algum lugar, Chico topou com uma fila de pessoas com embrulhos debaixo do braço e nela entrou.

Ele não sabia que aquilo era um concurso da Fábrica de Balanças Filizolla, onde o peso correto daqueles pacotes seria aferido.

Ao pesarem o embrulho de Chico, ele foi perguntado antes e afirmou que o seu peso era um quilo.
Não era, pois o ponteiro parou nas quinhentas gramas.


De repente, a confusão, pois abriram o pacote de Chico, viram que era bosta, chamaram a polícia e Chico foi mandado de volta para Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas.

Perguntado sobre o porquê de ter retornado täo rápido, Chico explicou:

⁃ Povo doido o de São Paulo, pois vai preso e deportado quem não cagar um quilo certo.

E Chico morreu com o apelido de CHICO MEIO QUILO!

*Carlos Mota é de Minas Novas- MG.
 Poeta, escritor, contador de causos. 
É Bacharel em Direito, pela UFMG, Procurador da República aposentado, na área da Previdência Social, ex-deputado federal (2003-20017), autor do projeto de lei de criação da UFVJM - Universidade Fderal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. 
Mora em Brasília - DF, há 29 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário