terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Seis cafeicultores do Alto Jequitinhonha são premiados pela produção de café de qualidade

Seis produtores de Capelinha, Angelândia, José Gonçalves de Minas, Diamantina e Minas Novas, são premiados no 13º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais.







Produtores foram premiados nesta segunda-feira, 19.12.16 (Foto: Manoel Marques/Imprensa MG)

Destaques de cafeicultores do Vale
Dois cafeicultores se destacaram nesta premiação: Cláudio Fujio Nakamura, de José Gonçalves de Minas, conhecido como Japonês, obteve o primeiro lugar na categoria Natural, no café de nível 1, desbancando fortes concorrentes do sul de Minas. 
Na categoria Cereja Descascado, quem brilhou foi a fazenda da CBI Agropecuária, no município de Minas Novas, ficando em segundo lugar, perdendo apenas para um produtor de Patos Minas, na classificação do melhor café de Minas, no nível 1.  
Capelinha teve o destaque de Arlindo Domingues de Oliveira que, na categoria Natural, o café classificado em segundo lugar, o cafeicultor ficou em segundo lugar. De Diamantina, Dailton Antônio de Oliveira, na categoria Cereja Descascado, classificou-se em segundo lugar, no café classificado de nível 3.     
A Fazenda Primavera Agronegócios, de Angelândia, se classificou em segundo lugar, na categoria do Cereja Descascado, de nível 2. 
Gilson Pereira da Silva, de José Gonçalves de Minas, foi outro premiado, na categoria Natural, porém como segundo lugar na classificação do café de nível 3.  
Governador destaca a importância do café na economia mineira     
Após entregar os prêmios para os produtores dos melhores cafés do estado, o governador Fernando Pimentel ressaltou a importância do café para a economia brasileira.
“O agronegócio é uma força no mundo inteiro, mas no Brasil em especial temos a felicidade de ter recursos naturais que nos propiciam ter no setor agrícola uma das mais altas produtividades do mundo. Esse ano só Minas Gerais vai render para a balança comercial brasileira mais de 3 bilhões de dólares de café. Dos 49 milhões de sacas que o Brasil vai produzir, 28 milhões serão de Minas Gerais. Temos que ter um orgulho muito grande de estar à frente de um setor que está gerando essa prosperidade ainda que em um tempo difícil, de crise. Nós mineiros não desanimamos”, afirmou.
Ainda de acordo com Pimentel, o café é um setor de ponta no estado e que envolve investimento em tecnologia de ponta. “Vejo aqui hoje a Minas Gerais que a gente gosta, que a gente ama e aposta. A Minas que trabalha no campo, que dá emprego, gera renda, não se abate com as crises e que faz a gente ter orgulho do nosso estado. Já foi o tempo que se dizia que plantar café era atraso. A agricultura e o café hoje são um setor de ponta, que envolve conhecimento cientifico avançado, que envolve crescimento tecnológico, e que faz também inclusão social. É o que estamos fazendo em Minas Gerais”, completou.
Neste ano, na categoria Natural, o primeiro lugar e que ficou com o prêmio de campeão estadual foi o café do produtor André Souza Lima Campos, do município de Presidente Olegário, no Cerrado Mineiro. Já na categoria Cereja Descascado o troféu de campeão estadual foi entregue a Aarão Ferreira, de Lajinha, na região Sul de Minas Gerais.
O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Glênio Martins, ressaltou que o setor agropecuário mineiro tem recebido grande atenção da atual gestão. “Temos certeza que vamos continuar a fazer de Minas Gerais um Estado com muitas oportunidades”, disse.
Compreenda a avaliação
O concurso é dividido em duas categorias.
1- A primeira é a Café Natural, que trata do grão recém-colhido que, após passar por um processo de lavagem, é levado para secar. 
2 - A outra categoria é a do Café Cereja Descascado, Despolpado ou Desmucilado. 
Estes tipos de café são lavados e há uma separação dos frutos verdes e secos dos frutos maduros. Depois, eles passam por um descascador para só depois seguir para secagem.
Entre os finalistas foram selecionados os três melhores cafés em cada uma das duas categorias, levando em conta cada uma das quatro regiões produtoras: Sul de Minas, Chapadas de Minas, Cerrado Mineiro e Matas de Minas. 
O concurso é promovido pela Emater-MG, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Universidade Federal de Lavras (Ufla), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).
A seleção dos finalistas foi feita por especialistas de empresas públicas e privadas com base em análises físicas e sensoriais. As provas foram realizadas no Centro de Excelência do Café, em Machado, no Sul de Minas Gerais. Neste ano, a novidade no critério de avaliação foi a inclusão da avaliação socioambiental na etapa final das análises
Premiação
Todos os cafés finalistas já possuem comprador garantido. Conforme licitação promovida pela Faepe, a empresa Atlântica Exportação e Importação Ltda irá comprar, no mínimo, dez sacas (60kg) de cada um dos finalistas, com preços que variam de acordo com a pontuação obtida no concurso. Cada saca dos campeões será adquirida por US$ 800.
Os produtores que obtiveram a maior pontuação em cada região também ganham uma viagem à Guatemala ou Costa Rica para conhecer o sistema de produção de café de qualidade.
Também participaram da entrega secretários de Estado, representantes de empresas parceiras, deputados federais e produtores de café de todo o Estado.
Lista de premiados
Categoria: Natural 
Terceiro Lugar
1. Região Cerrado Mineiro (município Varjão de Minas) – Empresa Agrícola Santa Rita Ltda, representada pelo presidente João Annes Guimarães;
2. Região Chapada de Minas (município José Gonçalves de Minas) – Gilson Pereira da Silva;
3. Região Matas de Minas (município Alto Caparaó) – Sebastião Luiz Robadel;
4. Região Sul de Minas (município São Sebastião do Paraíso) – Antônio Adolfo de Souza.
Segundo Lugar
1. Região Cerrado Mineiro (município Patrocínio) – Flávio Ruiz Pequini;
2. Região Chapada de Minas (município Capelinha) – Arlindo Domingues de Oliveira;
3. Região Matas de Minas (município Alto Caparaó) – Rafael Lopes Louzada;
4. Região Sul de Minas (município Andradas) – Fábio Roberto Menegon.
Primeiro Lugar
1. Região Chapada de Minas (município José Gonçalves de Minas) – Claudio Fujio Nakamura;
2. Região Matas de Minas (município Manhuaçu) – Celso Antônio de Oliveira;
3. Região Sul de Minas (município Divisa Nova) – Dimas Figueiredo Lopes.
4. Região Cerrado Mineiro (município Presidente Olegário) – André Souza Lima Campos;
Categoria: Cereja Descascado
Terceiro Lugar
1. Região Cerrado Mineiro (município Serra do Salitre) – Luiz Alberto Rossi;
2. Região Chapada de Minas (município Diamantina) – Dailton Antonio Ribeiro;
3. Região Matas de Minas (município Alto Jequtibá) – Ari de Oliveira Filho;
4. Região Sul de Minas (município São Pedro da União) – João Onofre da Silva.
Segundo Lugar
1. Região Cerrado Mineiro (município Patos de Minas) – Versi Crivelenti Ferrero;
2. Região Chapada de Minas (município Angelândia) – Primavera Agronegócios Ltda, representada pelo Gerente-Geral Ronaldo Morais Pena Filho;
3. Região Matas de Minas (município Manhuaçu) – José Rocha;
4. Região Sul de Minas (município Campestre) – Hélio José Lopes Júnior.
Primeiro Lugar
1. Região Chapada de Minas (município Patos de Minas) – Wagner Crivelenti Ferrero;
2. Região Matas de Minas (município Minas Novas) – CBI Agropecuária Ltda, representada pelo diretor Tancredo Pisa Simonini Spadas;
3. Cerrado Mineiro (município Santo Antônio do Amparo) – Henrique Dias Cambraia;
4. Região Sul de Minas (município Lajinha) – Aarão Ferreira.
Fonte: Agência Minas

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