quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Prefeitos e vereadores dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri cobram melhorias nos serviços da Copanor

Presidente da Copanor anuncia obras prioritárias para 2017
Na foto, da esquerda pra direita: Deputado estadual Jean Freire; Alonso Reis, Presidente da COPANOR; deputados estaduais Carlos Pimenta (PDT), Arlen Santiago (PTB), Antônio Jorge (PPS) e Dr Pimenta (PC do B).
A Audiência Pública da Comissão de Saúde da ALMG, nesta quarta-feira, (19.10.16), foi palco de cobranças de prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias e sindicais que exigem melhorias nos serviços da Copanor, nos Vale do Jequitinhonha e Mucuri. As lideranças políticas registraram que as comunidades mais pobres e de mais dificuldades de acesso têm sido penalizadas com a falta de água tratada e ausência de esgotamento sanitário, acarretando muitos impactos negativos na saúde da população. Eles pediram providências urgentes à Copanor, empresa pública subsidiária da Copasa, criada pelo Governo de Minas em 2007, para atender pequenas comunidades das regiões Norte e Nordeste do Estado.
Durante a reunião, para debater o impacto da falta de água na saúde da população local, alguns convidados, como o prefeito eleito de Itamarandiba, Luiz Fernando Alves, defenderam a união de todos os prefeitos e comunidades da região com o objetivo de pressionar o governo a apresentar soluções rápidas. Luiz Fernando chegou a manifestar a disposição de recorrer à Justiça, caso o governo não atenda às necessidades da população. E ameaçou pedir revisão do contrato do município com a empresa, que data de 2008.
Na foto, da esquerda para a direita: Senhor Reis, vereador de Itaobim, Arlete Azevedo, Prefeita de Aricanduva; Zezinho da Vitalina, prefeito de Capelinha; Jumar Oliveira, vereador de Itamarandiba; Erilson Gomes, prefeito de Itamarandiba; Luiz Fernando, prefeito eleito de Itamarandiba; Gedalvo Fernandes, vereador de Capelinha.
A prefeita de Aricanduva, Maria Arlete dos Santos Azevedo, referiu-se ao rio São Lourenço, afirmando que “há 20 anos recebe todo o esgoto da cidade, prejudicando as comunidades ribeirinhas”. E reivindicou urgência na conclusão da Unidade de Tratamento de Esgoto.
O deputado estadual Jean Freire afirmou que a Copanor foi criada para atender os serviços de água e esgoto nos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e norte de Minas. Porém, desde sua fundação em 2007, o governo anterior não se preocupou em estruturar a autarquia, em verdadeiro desprezo pela população da nossa região. 
“Tenho trazido em todas as semanas demandas das pequenas comunidades do Jequitinhonha e Mucuri que querem e têm direito de acesso à água e esgoto tratado. Sou testemunha do empenho da gestão da Diretoria e dos servidores da Copanor em procurar atender a estas reivindicações, principalmente do seu presidente Alonso Reis. O Governo Pimentel está estruturando a Copano para servir e bem às nossas comunidades”, frisou do deputado.
Diretores do SINDÁGUA participaram da Audiência Pública sobre a COPANOR.
Presidente da Copanor anuncia reestrutura da empresa e prioriza obras para 2017
A comissão ouviu também o diretor-presidente da Copanor, Alonso Reis da Silva, que expôs as dificuldades enfrentadas pela empresa. Segundo afirmou, têm sido muito grandes os desafios a serem superados, desde carência de recursos para implantação e finalização de projetos e programas a dificuldades de logística, uma vez que alguns distritos e povoados distam até 300 quilômetros da sede.
Atualmente, disse, a Copanor atende a uma população de 300 mil pessoas, das quais 120 mil são beneficiadas pelo serviço de esgotamento sanitário. O projeto inicial da empresa é atingir 488 localidades, em 92 municípios. Destes, 83 têm contrato com a Copanor. Hoje, apenas 238 (48,8% do total da região) contam com abastecimento de água tratada. Quanto ao tratamento de esgoto, os números são bem menores: apenas 74 (15,2% do total). Esses dados correspondem à execução da primeira etapa do programa de atendimento da região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, abrangendo 89 mil quilômetros quadrados, “uma área maior do que o Estado do Rio de Janeiro e de alguns países da Europa”, frisou o presidente da Copanor.
Alonso Reis ressaltou que a prioridade, no momento, é o abastecimento de água. E disse que em dezenas de casos as obras não foram adiante devido a problemas na desapropriação de terrenos e licença ambiental.
O presidente da Copanor anunciou o aumento de capital de R$ 1.000,00, desde a fundação, para R$ 40 milhões, em junho de 2016, e aumentado para R$ 80 milhões, neste mês de outubro, permitindo que fosse paga uma dívida de R$ 22 milhões com a própria COPASA e de muitos fornecedores. O capital da empresa foi integralizado em R$ 80 milhões, obtendo um equilíbrio financeiro, pois a receita sempre foi menor do que a arrecadação. Ele afirmou que com o Termo de Cooperação Técnica entre Copasa e Copanor, houve quitação de R$ 22,25 milhões de dívidas, acumulada durante 9 anos.
A Copanor dispõe, hoje, de R$ 8,5 milhões em caixa para substituir equipamentos e fazer reparos em muitos serviços de abastecimento de água e esgoto que necessitam de poucas intervenções para resolver problemas de anos.
Alonso Reis anunciou que 14 obras serão priorizadas para serem executadas no ano de 2017, com um total de R$ 14,5 milhões a serem gastos. Estas obras estão localizadas em 11 municípios.
As obras previstas são nos seguintes municípios: Almenara, Bandeira, Jenipapo de Minas, Olhos D´Água, Ponto dos Volantes e Veredinha (distrito de Mendanha), no Vale do Jequitinhonha. No Vale do Mucuri, os municípios de Catuji, Fronteira dos Vales e Novo Oriente de Minas (povoado de Frei Gonzaga). Do Rio Doce, estão previstas obras em  Água Boa ( Palmeira do Resplendor) e em São João do Manteninha. 
Participaram da Audiência Pública os deputados estaduais Jean Freire (PT), Carlos Pimenta (PDT, Arlen Santiago (PTB) e Dr Pimenta (PC do B). Os prefeitos de Aricanduva, Arlete Azevedo; Zezinho da Vitalina, de Capelinha; e Erildo Gomes, de Itamarandiba; Vereadores de Aricanduva, Capelinha, Itaobim e Itamarandiba; Secretário Municipal de Saúde de Santa Cruz de Salinas; além de diretores do SINDÁGUA.

Um comentário:

AS CRÔNICAS DE WASHINGTON BRASIL disse...

Só muda as coleiras pois os cachorros são os mesmos, e ma arte de cobrar o esgoto,lesa a gente do mesmo jeito!!!!!

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