De acordo com a Polícia Militar, o soldado e um outro militar estavam de folga e em trajes civis quando houve os disparos.
Foto: redes sociais
Garoto tinha 17 anos e foi morto após sair de uma igreja
A população de Santo Antonio do Jacinto, no Vale do Jequitinhonha,
nordeste de Minas, na divisa com o sul da Bahia, realizou, nesta
terça-feira (12), um protesto contra a morte de um adolescente
de 17 anos, após disparos de um soldado da Polícia Militar (PM).
nordeste de Minas, na divisa com o sul da Bahia, realizou, nesta
terça-feira (12), um protesto contra a morte de um adolescente
de 17 anos, após disparos de um soldado da Polícia Militar (PM).
O policial está preso em Almenara, desde domingo (10) quando ocorreu
o crime. De acordo com a PM, o soldado e um outro militar estavam de
folga e em trajes civis quando houve os disparos.
Na versão da corporação, Alessandro Viana, estava em atitude
suspeita, já familiares e amigos da vítima alegam que o menino voltava
da igreja quando foi morto.
Ainda de acordo com a polícia, o soldado e o colega também policial
estavam em uma lanchonete, por volta das 22h30, quando foram
avisados que havia duas pessoas em atitude suspeitas em um lote
vago próximo a lanchonete. O soldado que atirou contou que viu o
adolescente em uma motocicleta e deu ordem de parada, porém ele
não acatou e seguiu em direção ao policial, que disse ter se assustado
e ter feito um disparo acidental.
A versão é bem diferente da dos moradores da cidade. Segundo eles,
o policial estava bebendo em um bar e soube de uma briga em uma
praça da cidade. O policial teria abordado o adolescente que
não teria envolvimento na confusão e estava saindo de uma igreja.
O menino subia na moto quando foi dada a voz de parada, mas ele
seguiu por não ter ouvido e o policial atirou contra ele.
De acordo com a Polícia Militar, o adolescente chegou a ser socorrido
pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não
resistiu e morreu a caminho do hospital. Cerca de 200 pessoas, entre
familiares e amigos da vítima fizeram um protesto pedindo Justiça.
Eles alegam que o adolescente era trabalhador e não estava envolvido
com a criminalidade.
“Esse policial já deu vários problemas aqui na cidade. Não é a primeira
vez, só que agora ele matou um adolescente que nada tinha a
ver com a confusão. Nós queremos que a Justiça seja feita. Esse policial
não pode continuar na ativa”, reclamou um morador da cidade, que
preferiu não se identificar.
Ainda segundo a Polícia Militar, o soldado foi preso em flagrante e
encaminhado para o batalhão em Almenara, onde está à disposição da
Justiça. Ele teve a arma recolhida e passou por teste de alcoolemia,
sendo que não foi constatada a presença de álcool no sangue do
policial. O adolescente não podia dirigir a motocicleta por não ter
18 anos. Um processo interno também será instaurado para apurar o
caso.
encaminhado para o batalhão em Almenara, onde está à disposição da
Justiça. Ele teve a arma recolhida e passou por teste de alcoolemia,
sendo que não foi constatada a presença de álcool no sangue do
policial. O adolescente não podia dirigir a motocicleta por não ter
18 anos. Um processo interno também será instaurado para apurar o
caso.
SEPULTAMENTO E PROTESTO
O corpo do rapaz foi velado e depois o caixão foi transportado à pé
por dois quilômetros pela cidade. Segundo testemunhas, colegas de
escola se revezaram para carregar o caixão, que foi levado aberto
durante todo o tempo.
O cortejo passou por uma igreja católica, onde houve celebração, e
depois pela porta do batalhão da Polícia Militar, onde a população
fez novos pedidos de justiça. Após os protestos, o grupo seguiu para
o cemitério da cidade, onde o adolescente foi enterrado.
O vendedor José Carlos Gonçalves participou do protesto e diz que
conhecia o adolescente e o considerava um bom rapaz. “Era um
menino de família humilde e trabalhadora; só se via ele ir da escola
para o trabalho, do trabalho para a igreja. Não era de bagunça”.
Fonte: OTEMPO
conhecia o adolescente e o considerava um bom rapaz. “Era um
menino de família humilde e trabalhadora; só se via ele ir da escola
para o trabalho, do trabalho para a igreja. Não era de bagunça”.
Fonte: OTEMPO
Nenhum comentário:
Postar um comentário