terça-feira, 5 de julho de 2016

Sonho de Jequi, game sobre seca no Jequitinhonha, é finalista de competição mundial da Microsoft


Jogo brasileiro vai para a final de competição da Microsoft.

Game mostra um menino em busca de água no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas.

O jogo mobile Sonho de Jequi foi selecionado para representar o Brasil na categoria Games da competição Imagine Cup, promovida pela Microsoft e que tem o objetivo de incentivar o uso de tecnologia por jovens talentos.

Sonho de Jequi foi desenvolvido por alunos da PUC de Minas Gerais e retrata a escassez de recursos hídricos no Vale do Jequitinhonha. No jogo, o personagem Jequi precisa vencer vários desafios para conseguir água para sua família.

Além de chamar a atenção para os problemas da região, o game também tem um fator social e, pelo próprio jogo, é possível fazer uma doação em benefício das comunidades do Vale do Jequitinhonha. Sonho de Jequi também pode ser baixado no Google Play, com versão para iOS chegando em breve.

Na final da Imagine Cup, o time brasileiro vai competir com jogos feitos por alunos da África do Sul, Espanha, Reino Unido, Coreia, Tailândia e Indonésia. 

O vencedor vai levar um prêmio de US$ 50 mil. A final da Imagine Cup vai acontecer entre os dias 26 e 29 de julho.


Baixe ou atualize e divirta-se: 
https://play.google.com/store/apps/details…… 

O menino Jequi e a luta pela água
Com uma capa vermelha amarrada nas costas e um sonho, o menino Jequi se transforma em super-herói do Vale do Jequitinhonha. 

Na busca incessante por água, a criança corre descalça pelo chão rachado do semiárido e enfrenta outras adversidades de uma das regiões mais carentes do Estado. 

A história serve de pano de fundo para um game desenvolvido por alunos recém-formados da PUC Minas.

Chamado de “Sonho de Jequi”, o jogo de aventura vai além do entretenimento. O principal objetivo é a conscientização. A proposta inédita concorre nesta semana a uma vaga para representar o país na etapa mundial da maior copa do mundo de tecnologia, a Imagine Cup.

Promovida pela Microsoft, a etapa nacional da competição aconteceu, neste ano, em Belo Horizonte, por meio de uma parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectes).

Na disputa, nove projetos de estudantes, professores e outros profissionais brasileiros. Todos de olho no cheque de US$ 50 mil a ser entregue ao trabalho mais inovador do planeta, eleito pela empresa norte-americana. Essa é a 14ª edição do torneio internacional.




Sonho de Jequi

Alessandra Faria de Castro, de 45 anos, Ramon Coelho, de 34, Érico Grasso, 26, e Daniel Sanabria, 33, integram a equipe mineira Tower Up Studios. O quarteto conta que o protótipo do Sonho de Jequi levou mais de um ano para ficar pronto. 

“É um jogo cultural e cidadão”, resume Ramon Coelho, que nasceu em Araçuaí. 

Cenários característicos do Jequitinhonha podem ser vistos enquanto o personagem Jequi tenta coletar o máximo de água possível, desviando dos obstáculos do sertão mineiro.

Na tela do computador, tablet ou smartphone, o jogador vê a palma (uma espécie de cacto), gado, aves e construções de adobe (pequenos blocos semelhantes ao tijolo, mas preparados com uma mistura de argila e barro secos ao sol).

Érico Grasso, Alessandra Faria e Ramon Coelho, da equipe mineira Tower Up Studios, estão na expectativa de chegarem à grande final

Anúncio do vencedor aconteceu em evento aberto ao público, em 28 de abril, às 13h, no auditório da Cidade Administrativa.

“Uma ampla pesquisa foi necessária. Tentamos reproduzir tudo e ser bem fiéis ao que as pessoas encontram na região”, disse Érico Grasso. Ele e Alessandra fizeram os desenhos que, em seguida, foram escaneados e transformados em 3D no computador.

Outro diferencial do game é a trilha sonora, composta pelo violeiro, cantador e compositor da região, Rubinho do Vale.

“Quando o procurei, ele ficou muito empolgado com a ideia. Pedi para ele assinar um termo de autorização e, como um típico sertanejo da região, o Rubinho falou: ‘já disse que sim. A minha palavra é o que vale’”, conta Ramon.




Downloads do jogo serão revertidos em projetos sociais

Além de levar a cultura e o nome do Vale do Jequitinhonha para o mundo, a equipe mineira Tower Up Studios pretende desenvolver um trabalho social para a região. 

Uma parceria foi firmada com a organização humanitária Caritas e, em um futuro próximo, quando o jogo estiver disponível no mercado, parte da renda dos downloads será revertida em projetos que busquem reduzir os impactos da falta de água. “É uma forma de ajudar quem precisa. A região é bastante carente”, reforça Ramon Coelho.

Uma parceria entre a Microsoft e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais (Sectes) possibilitou que a etapa brasileira da competição fosse realizada em Belo Horizonte. Para o secretário adjunto da Sectes, Vinícius Rezende, o potencial mineiro no ambiente de inovação foi decisivo para a escolha.

Segundo ele, o evento coloca Minas em evidência mundial. “Tivemos concorrência de outros estados, mas conseguimos demonstrar que temos grandes ideias, pensadores e startups. Nosso Estado é o que tem o maior número de universidades públicas do país e tudo isso contou a nosso favor”. Ainda conforme o secretário adjunto, apesar do momento de crise na economia, investimentos têm sido feitos na área.

O Dia D para a eleição dos melhores em cada categoria – games, inovação e cidadania – aconteceu dia 28 de abril. 

Os competidores brasileiros participaram de apresentações em outros espaços da capital mineira, como no Museu de Ciências Naturais da PUC, além de visitas para a divulgação dos trabalhos em cartões-postais da metrópole.

BEM DA HUMANIDADE
A Imagine Cup foi criada pela Microsoft para caçar talentos que desenvolvam softwares e games voltados para o bem da humanidade. Neste ano, 245 projetos foram inscritos no Brasil. Todos foram avaliados por uma equipe de especialistas, que escolheu os três melhores em cada categoria.

Fontes: Com informações do Facebook, Hoje em Dia  e Ramon Coelho. 

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