sábado, 17 de novembro de 2012

Diretora de escola estadual do Vale do Jequitinhonha traz dos EUA novas ideias

Instituição ganhou a viagem de intercâmbio em premiação do MEC, por se destacar em práticas de gestão participativa
Divulgação/ Educação
Ivonilde (2ª da esq. para dir.) visita escola nos EUA e troca experiências com colegas norte-americanos
Ivonilde (2ª da esq. para dir.) visita escola nos EUA e troca experiências com colegas norte-americanos
Depois de participar de um intercâmbio em território norte-americano durante 26 dias, a diretora da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves, do Vale do Jequitinhonha, Ivonilde Rodrigues de Souza Costa está de volta ao município de Taiobeiras com novas impressões e perspectivas no campo educacional.
A gestora, que passou por um processo de imersão na cultura norte-americana, contou que seus trabalhos se concentraram no estado da Califórnia, além de Washington. “Vivenciamos basicamente a vida em uma escola norte-americana. O anfitrião nos levou a oito escolas públicas da cidade de Belmont, uma particular, além da Universidade de Stanford. Assistimos a aulas, tivemos acesso às metodologias de ensino, participamos de reuniões, discutimos os programas de ensino e conhecemos as formas de financiamento da educação. A maior parte dos recursos das instituições vem dos impostos. São os distritos que mantêm as escolas”, explicou.
A experiência foi resultado do Prêmio Gestão Escolar, do Ministério da Educação (MEC) que, em pareceria com a embaixada dos Estados Unidos, concedeu as bolsas de intercâmbio para as escolas do Brasil que se destacaram regionalmente por desenvolver práticas de gestão participativa voltada para o monitoramento e avaliação de professores.
Escolas são da comunidade
Segundo Ivonilde, algumas realidades observadas no trabalho de campo  na capital norte-americana, Washington D.C, e no estado da Califórnia foram determinantes para implementação de novas ideias á curto prazo. “A questão do patriotismo, da disciplina, da ética e da responsabilidade dos alunos desde cedo me chamaram a atenção. As parcerias entre escolas, empresas, organizações não-governamentais foram outro ponto crucial que pretendo repensar e buscar. As parcerias com a comunidade fortalecem em grandes medida a escola. A mentalidade que as pessoas possuem é a de que a escola não é do governo, e sim, da comunidade”, contou Ivonilde.
 A diretora contou ainda que as Associações de Pais nas escolas norte-americanas são entidades atuantes. “Aqui temos o colegiado escolar, mas lá os pais participam da vida escolar de forma efetiva. A família e os responsáveis vão para as salas de aulas, buscam recursos de forma independente, fazem acompanhamento pedagógico. Os pais de alunos se sentem realmente como parte da escola e isto valoriza, fortalece o ambiente. Precisamos ultrapassar mais os quatro muros da escola”, refletiu.
 Ivonilde frisou ainda que o intercâmbio deve continuar. “A ideia é manter contato com as escolas de lá, trocar experiências através de vídeo conferencias e montar seminários aqui. Os sistemas educacionais brasileiros e norte-americanos possuem semelhanças, como o foco na leitura e na escrita, que se aproxima do nosso projeto de alfabetização em tempo certo, mas outras estratégias devem trocadas”, observou.

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